No dia 11 de Julho, ao passar a pé pela estrada na serra de Sintra, desde a Peninha até ao entroncamento com a estrada da Malveira da Serra, cerca de uma hora depois do pôr-do-sol, avistei tantos pirilampos que comecei a contá-los à medida que caminhava. Em média eram cerca de 20 por cada 100 metros, mais do lado esquerdo da estrada (encosta a subir) do que do lado direito ( descer) e dentro da mata. Voavam com luz intermitente e não formavam grupos mas mantinham uma distância entre eles notavelmente regular ao longo do trajecto. Nesta zona o vento era fraco, apesar de ser um dia de nortada intensa, por estar na encosta sul do Monge. Mais adiante, virando e descendo para a Malveira da Serra, o vento recomeçou a sentir-se. Aqui já eram menos, cerca de 5 por cada cem metros, e poucos voavam. Estavam no solo da mata ou na berma da estrada, as luzes não piscavam neste caso. Deixei de vê-los ao começarem a aparecer as luzes da povoação. De referir que no troço onde avistei mais, a escuridão é total, a tal ponto que a orientação se faz olhando para cima para a claridade das nuvens na aberta das árvores ou para as estrelas, mas neste dia estava encoberto. Nunca uso qualquer luz artificial, daí que os olhos vão bem habituados ao escuro e talvez por isso se observe mais pirilampos, mesmo quando estão a meia centena de metros de distância.