Como fotografar Raios

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boas malta a minha maquina e uma sony cibershot dsc-w120 mas nao sei como a configurar.para tirar fotos a raios.se alguem puder ajudar,agradeço.

Lamento informar mas com essa maquina só mesmo e mesmo assim tenho algumas duvidas é colocares a filmar e depois sacares algum frame onde esteja o raio;)
 
As minhas 1ªs fotos de trovoada foram com uma Sony Cybershot P100 (ou a P200, não me lembro com qual das 2 é que me estreei), e ainda tirei bastantes. Se essa tiver modo manual (M) e a trovoada for nocturna não é assim tão dificil quanto isso. Basta 1 tripé ou a máquina bem assente, alguns segundos de exposição (se não me engano essa sony deve dar 30segs no máximo) e ir ajustando o tempo conforme a proximidade da trovoada. Por exemplo um relâmpago com a trovoada muito próxima e 30segs de exposição é provável que a foto fique com o relâmpago estoiradoem vez de bem definido ;)
 
As minhas 1ªs fotos de trovoada foram com uma Sony Cybershot P100 (ou a P200, não me lembro com qual das 2 é que me estreei), e ainda tirei bastantes. Se essa tiver modo manual (M) e a trovoada for nocturna não é assim tão dificil quanto isso. Basta 1 tripé ou a máquina bem assente, alguns segundos de exposição (se não me engano essa sony deve dar 30segs no máximo) e ir ajustando o tempo conforme a proximidade da trovoada. Por exemplo um relâmpago com a trovoada muito próxima e 30segs de exposição é provável que a foto fique com o relâmpago estoiradoem vez de bem definido ;)

A velocidade só afecta a luz ambiente, não a do raio pois este dura apenas uma fracção de segundo. Ter obturador aberto durante mais tempo do que essa fracção de segundo de nada serve, pelo contrário, só estraga o registo do raio porque lhe sobrepõe o registo da luz ambiente que pode, se a exposição fôr muito longa, obliterar completamente a imagem do raio. A abertura, número f/, e o ISO são os únicos parâmetros reguláveis na câmara que afectam o registo do raio. Número f/ pequeno, grande abertura do diafragma da lente, para raios longe e pouco brilhantes, f/4 p.ex.; f/ grande para raios próximos e/ou intensos, f/11 p.ex. ISO 100 ou menor em geral é suficiente; ISO 200 ou 400 se os raios estiverem muito longe ou toldados pela chuva, neblina, nebulosidade em frente. Só se recorre a ISO grande, >100, depois de se ter esgotado a possibilidade de abrir mais o diafragma da lente, isto é, de se ter o menor número f/ que a lente permite.
 
A velocidade só afecta a luz ambiente, não a do raio pois este dura apenas uma fracção de segundo. Ter obturador aberto durante mais tempo do que essa fracção de segundo de nada serve, pelo contrário, só estraga o registo do raio porque lhe sobrepõe o registo da luz ambiente que pode, se a exposição fôr muito longa, obliterar completamente a imagem do raio. A abertura, número f/, e o ISO são os únicos parâmetros reguláveis na câmara que afectam o registo do raio. Número f/ pequeno, grande abertura do diafragma da lente, para raios longe e pouco brilhantes, f/4 p.ex.; f/ grande para raios próximos e/ou intensos, f/11 p.ex. ISO 100 ou menor em geral é suficiente; ISO 200 ou 400 se os raios estiverem muito longe ou toldados pela chuva, neblina, nebulosidade em frente. Só se recorre a ISO grande, >100, depois de se ter esgotado a possibilidade de abrir mais o diafragma da lente, isto é, de se ter o menor número f/ que a lente permite.
Devias organizar um workshop de fotografia pra malta eheheheh
Comprei um voucher para um Workshop mas ainda não activei. A ver se trato disso :)
 
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Ter obturador aberto durante mais tempo do que essa fracção de segundo de nada serve, pelo contrário, só estraga o registo do raio porque lhe sobrepõe o registo da luz ambiente que pode, se a exposição fôr muito longa, obliterar completamente a imagem do raio.

Esta é uma verdade que muita gente desconhece. Ter um longo tempo de exposição aumenta as probabilidades de captar um raio, é verdade, mas tal como dizes, a sobreposição do meio ambiente* irá enfraquecer imenso, senão anular mesmo, o registo do raio.

*Quem não ainda entendeu a coisa, pense assim: a cada segundo que passa é tirada uma foto. Se tiverem uma exposição de 30 segundos, terão 30 fotos, em que apenas contém o raio. Agora pensem que o resultado final será uma montagem de todas as 30 fotos. Resultado? Algo muito ténue ou mesmo imperceptível.
 
A melhor forma de apanhar os raios é aumentando o tempo de exposição, mas como já foi aqui referido, aumentar o tempo de exposição em ambientes luminosos (como de dia) vai queimar por completo a foto.
Outra dica para fotografar raios de dia é meter a máquina a filmar e no vídeo final ir retirar a frame onde está o raio. É claro que a qualidade é inferior, mas com edição tudo se resolve.
Outra técnica é colocar filtros de densidade. Esta ainda não experimentei porque faltam as trovoadas... Gostava de experimentar esta em concreto porque queria ver até que ponto o filtro consegue deixar passar a luz do raio.

Neste exemplo recorri à técnica do vídeo!
https://500px.com/photo/84855231/lightning-on-horizon-by-josé-ramos?from=user_library
 
Outra técnica é colocar filtros de densidade. Esta ainda não experimentei porque faltam as trovoadas... Gostava de experimentar esta em concreto porque queria ver até que ponto o filtro consegue deixar passar a luz do raio.

O efeito dos filtros é idêntido ao da abertura. Equivalem a poder fechar a abertura para além do maior número f/ que a lente permite. Logo vão afectar por igual a luz ambiente e a do raio e não resolvem o problema.

No entanto penso que será interessante utilizar um filtro ND grad hard ou soft, mas invertido. Este filtro divide a cena horizontalmente diminuindo a luminosidade de uma metade, com valores de por exemplo 3 stops. É normalmente usado para diminuir o brilho do céu e permitir registar melhor uma paisagem. Mas se o invertermos poderemos diminuir a luz de iluminação artificial do horizonte para baixo, mantendo a luminosidade do céu nocturno. Claro que só será eficaz se a composição da cena tiver toda a iluminação abaixo do horizonte. Mas o problema subsiste se a atmosfera tiver neblina, chuva, nuvens baixas, que reflectem a luz artificial e acabam por mascarar a luz própria dos raios.

Ficou boa essa frame de video. :thumbsup:
 
O efeito dos filtros é idêntido ao da abertura. Equivalem a poder fechar a abertura para além do maior número f/ que a lente permite. Logo vão afectar por igual a luz ambiente e a do raio e não resolvem o problema.

No entanto penso que será interessante utilizar um filtro ND grad hard ou soft, mas invertido. Este filtro divide a cena horizontalmente diminuindo a luminosidade de uma metade, com valores de por exemplo 3 stops. É normalmente usado para diminuir o brilho do céu e permitir registar melhor uma paisagem. Mas se o invertermos poderemos diminuir a luz de iluminação artificial do horizonte para baixo, mantendo a luminosidade do céu nocturno. Claro que só será eficaz se a composição da cena tiver toda a iluminação abaixo do horizonte. Mas o problema subsiste se a atmosfera tiver neblina, chuva, nuvens baixas, que reflectem a luz artificial e acabam por mascarar a luz própria dos raios.

Ficou boa essa frame de video. :thumbsup:
A questão dos filtros é apenas para aumentar um pouco o tempo de exposição, de forma a aumentar as probabilidades de apanhar um raio.
 
Mas com uns toques de edição talvez se consiga algo! :P
Eu também estou a especular porque nunca tentei tal coisa!

O que eu quero essencialmente dizer é que não vale a pena usar um filtro antes de se esgotar a capacidade da câmara de fechar o diafragma da lente. Ora, a maior parte das lentes permite pelo menos chegar a f/22 por exemplo e com esta abertura já não há raio que se veja, a não ser que caia a poucas centenas de metros. Logo, colocar um filtro e depois usá-lo com um f/8 por exemplo era a mesma coisa que não pôr filtro algum e simplesmente mudar a abertura para f/11 ou maior.
Há uma única possível vantagem, que reside no efeito de uma abertura do diafragma muito pequena (grande número f/) produzir uma maior difracção no feixe de raios que entra na câmara para impressionar o sensor ou o filme num único ponto. A difracção faz com que os raios periféricos do feixe são desviados, o que vai produzir uma imagem desfocada do que deveria ser um ponto único de convergência de todos os raios. Também é conhecido o efeito em estrela dos pontos muito luminosos fotografados. Esse efeito que aparece por exemplo nas imagens fotográficas dos lâmpadas de iluminação pública, é uma falsa imagem e tanto mais acentuada quanto menor fôr a abertura, quanto maior fôr o número f/. Esse efeito indesejado pode aparecer num raio esbatendo os seus contornos se se usar um f/ muito grande, mas até f/11 é normalmente imperceptível e além de f/11 com ISO 100 já é uma luminosidade muito fraca para apanhar raios que não sejam muito próximos.

Sobre a difracção e a forma como limita o f/ estes artigos são bastante completos:

http://www.earthboundlight.com/phototips/diffraction-small-apertures.html

http://www.cameraneon.com/tecnicas/difracao/
 
Acabo de experimentar um vidro para máscara de soldadura em vez de um filtro de densidade neutra. As imagens surgem ligeiramente desfocadas porque sem querer mexi na objectiva enquanto fixava o vidro com elásticos.

Original (ISO100 F5.6 30''):
BU3kqeW.jpg


Pós-processamento (apenas) do equilíbrio de brancos:
e8Yj5qP.jpg
 
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