Pesquisa diz que galáxia anã cruzou com Via Láctea
Um grupo de astrofísicos encontrou novas evidências observáveis do cruzamento, nas proximidades do Sistema Solar, de uma corrente de estrelas pertencente à galáxia anã de Sagitário com a Via Láctea. A galáxia anã de Sagitário é um sistema estelar que viaja em torno da Via Láctea e que está em processo de completa destruição.
Os resultados desta pesquisa, da qual participaram cientistas do Instituto de Astrofísica da região espanhola da Andaluzia - Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) -, foram publicados na revista The Astrophysical Journal.
O CSIC informou hoje que o estudo fornece provas definitivas dos modelos teóricos, ao encontrar evidências observáveis que a corrente de estrelas cruza o plano galático em uma posição muito próxima ao Sistema Solar.
A pesquisa sobre Sagitário permitiu demonstrar também que o suposto satélite da Via Láctea encontrado em janeiro de 2006 na constelação de Virgem é na realidade parte de Sagitário. Esta descoberta significa que é possível esperar a presença de restos das caudas de Sagitário nas proximidades do Sol.
Suas estrelas podem ser identificadas devido a sua enorme velocidade espacial, movimentando-se em direção quase perpendicular ao plano da Via Láctea. Estas conclusões abrem uma grande oportunidade para a busca de matéria escura no Sistema Solar, já que alguns grupos de pesquisa especulam que o pedaço da corrente estelar de Sagitário que possivelmente cruza a Via Láctea deveria conter consideráveis quantidades desta matéria.
A galáxia anã de Sagitário foi descoberta por acaso, em 1994, por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Posteriormente, pesquisadores do Instituto de Astrofísica das Canárias estudaram a interação desta galáxia com a Via Láctea e demonstraram que Sagitário está em um avançado processo de desintegração.
Este processo se manifesta no desenvolvimento de uma extensa corrente de maré - rios de estrelas que se movimentam ao longo de sua órbita - que envolve a Via Láctea em uma órbita polar. Os modelos teóricos da corrente de maré de Sagitário indicam que sua cauda Norte desenha um anel fechado e se precipita, quase verticalmente, sobre o disco da Via Láctea.
A comparação da posição e estrutura de Virgem com modelos teóricos da corrente de maré de Sagitário mostram, segundo os autores, que a superdensidade de estrelas observada em Virgem é na realidade a projeção no céu da corrente de Sagitário, em sua queda sobre o disco galático e aproximando-se da região onde está o sol.
Esta constatação proporciona uma explicação natural a sua gigantesca extensão. Os autores concluem que Virgem não é uma galáxia satélite girando em torno da Via Láctea, como se anunciou em 2006, mas os restos da maré de Sagitário que se precipitam sobre o Sistema Solar.
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Um grupo de astrofísicos encontrou novas evidências observáveis do cruzamento, nas proximidades do Sistema Solar, de uma corrente de estrelas pertencente à galáxia anã de Sagitário com a Via Láctea. A galáxia anã de Sagitário é um sistema estelar que viaja em torno da Via Láctea e que está em processo de completa destruição.
Os resultados desta pesquisa, da qual participaram cientistas do Instituto de Astrofísica da região espanhola da Andaluzia - Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) -, foram publicados na revista The Astrophysical Journal.
O CSIC informou hoje que o estudo fornece provas definitivas dos modelos teóricos, ao encontrar evidências observáveis que a corrente de estrelas cruza o plano galático em uma posição muito próxima ao Sistema Solar.
A pesquisa sobre Sagitário permitiu demonstrar também que o suposto satélite da Via Láctea encontrado em janeiro de 2006 na constelação de Virgem é na realidade parte de Sagitário. Esta descoberta significa que é possível esperar a presença de restos das caudas de Sagitário nas proximidades do Sol.
Suas estrelas podem ser identificadas devido a sua enorme velocidade espacial, movimentando-se em direção quase perpendicular ao plano da Via Láctea. Estas conclusões abrem uma grande oportunidade para a busca de matéria escura no Sistema Solar, já que alguns grupos de pesquisa especulam que o pedaço da corrente estelar de Sagitário que possivelmente cruza a Via Láctea deveria conter consideráveis quantidades desta matéria.
A galáxia anã de Sagitário foi descoberta por acaso, em 1994, por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Posteriormente, pesquisadores do Instituto de Astrofísica das Canárias estudaram a interação desta galáxia com a Via Láctea e demonstraram que Sagitário está em um avançado processo de desintegração.
Este processo se manifesta no desenvolvimento de uma extensa corrente de maré - rios de estrelas que se movimentam ao longo de sua órbita - que envolve a Via Láctea em uma órbita polar. Os modelos teóricos da corrente de maré de Sagitário indicam que sua cauda Norte desenha um anel fechado e se precipita, quase verticalmente, sobre o disco da Via Láctea.
A comparação da posição e estrutura de Virgem com modelos teóricos da corrente de maré de Sagitário mostram, segundo os autores, que a superdensidade de estrelas observada em Virgem é na realidade a projeção no céu da corrente de Sagitário, em sua queda sobre o disco galático e aproximando-se da região onde está o sol.
Esta constatação proporciona uma explicação natural a sua gigantesca extensão. Os autores concluem que Virgem não é uma galáxia satélite girando em torno da Via Láctea, como se anunciou em 2006, mas os restos da maré de Sagitário que se precipitam sobre o Sistema Solar.
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