Biodiversidade

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Zygaena rhadamanthus esta manhã.

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Estas fotos do Berberomeloe castuo fizeram-me lembrar que tinha aqui umas fotos, tiradas em agosto do ano passado, de uma lagarta que nunca tinha visto.

Com algum trabalho de detetive lá consegui descobrir de que espécie se trata :)
É uma lagarta da borboleta-de-cauda-amarela (Euproctis similis).

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Há umas semanas também vi um exemplar perto de Coruche. Esta espécie tem um curioso nome vernáculo, o Arrebenta-bois! :D
Pode parecer estranho, mas aqui na minha zona sempre ouvi chamar a esta espécie de Vaca Loura. Não sei dizer o motivo porque pelos vistos Vaca Loura é um escaravelho que nada tem a ver com esta espécie. :lol:

Espécie muito comum, agora nesta altura e durante o verão vejo várias na estrada quando faço caminhadas.
 
Última edição:
Pode parecer estranho, mas aqui na minha zona sempre ouvi chamar a esta espécie de Vaca Loura. Não sei dizer o motivo porque pelos vistos Vaca Loura é um escaravelho que nada tem a ver com esta espécie. :lol:

Espécie muito comum, agora nesta altura e durante o verão vejo várias na estrada quando faço caminhadas.

Sempre associei o nome "Vaca-loura" ao Lucanus cervus, o enorme escaravelho dos carvalhais, que infelizmente nunca tive a oportunidade de ver. Mas os nomes vernáculos têm sempre muito que se lhes diga, é comum variarem muito de região para região, então nos cogumelos é um confusão tremenda. :D

É sempre melhor ir pelo nome cientifico :hehe:
 
Última edição:
Por aqui os arrebenta-bois são muito comuns agora em abril e maio. Lucanus cervus, nunca vi por aqui, mas já vi um num bosque mais para o litoral. Um escaravelho que é relativamente comum por estas bandas é o escravelho-rinoceronte, mas mais para o mês de junho.

O Lucanus cervus prefere carvalhais maduros de Q. Robur, portanto mais comuns no Minho, Douro Litoral, Norte da Beira Litoral e Oeste da Beira Alta. Mas também habitam em bosques de carvalho-negral e já foi registada a sua presença na zona de Bragança. O Escaravelho-rinoceronte é relativamente comum no Sul do Ribatejo onde já vi muitas vezes.
 
Desastre ambiental de proporções únicas no país. Zona protegida, só para rir. Nem o sudoeste vamos conseguir deixar aos nossos filhos e netos.
Destruição de habitats, envenenamento de solos e linhas de água, perda irreparável de biodiversidade.
E por último, todo aquele plástico vai degradar-se, fragmentar-se e acabar no oceano.

 
Desastre ambiental de proporções únicas no país. Zona protegida, só para rir. Nem o sudoeste vamos conseguir deixar aos nossos filhos e netos.
Destruição de habitats, envenenamento de solos e linhas de água, perda irreparável de biodiversidade.
E por último, todo aquele plástico vai degradar-se, fragmentar-se e acabar no oceano.

Frases como: "vi um pomar de laranjeiras de 100 hectares que foi todo arrancado sabe-se lá para fazer o quê" ou "Onde antes se semeava milho, onde cresciam prados e se produziam silagens" é mesmo de quem vive alienado da quebra de precipitação no sudoeste na última década, e não vive nem depende da agricultura.

Mas o presidente da Câmara, fim do artigo , resume a situação bastante bem. Tem é que ser cumprido! Cito:

Ninguém neste território tem objecção àquilo que é a actividade agrícola. São produtos altamente rentáveis, exportáveis, que contribuem muito para a riqueza do país, mas que obrigam o Estado a ter uma atitude de cautela, de acompanhamento e de fiscalização. Se existe aqui um parque natural é porque existem bens naturais. Não podemos dizer que onde estão Plantago almogravensis [uma planta endémica do litoral Sudoeste] pode estar uma estufa de framboesas. De facto, não pode estar. Temos de ser todos vigilantes.

Só citar mais isto:

Para o autarca de Odemira, é urgente fazer um investimento “na eficiência do transporte da água”. “Estamos a falar de perdas entre os 35% e os 40%. A Direcção-Geral da Agricultura comprometeu-se a fazer estes investimentos de 30 milhões de euros na redução das perdas da água durante os próximos três anos”, explica o autarca. E ainda a redimensionar a área do Perímetro de Rega do Mira. “Por um lado, porque existem valores naturais que devemos preservar. Não deve haver Perímetro de Rega do Mira em áreas do POOC. Os principais ecossistemas do território também não devem ser parte do perímetro”, diz o autarca.

Numa altura em que se fala tanto em eficiência, quebras de 35-40% no transporte de água no sudoeste, é absurdo!!