A severa vaga de frio que chegou ao leste europeu na última semana já tirou a vida a um total de, pelo menos, 58 pessoas. A Ucrânia, a Polónia, a Roménia e a Rússia são os países mais afectados.
O caso é mais crítico na Ucrânia, onde 21 pessoas, na sua maioria sem-abrigo, foram encontradas congeladas no meio das ruas; cinco morreram de hipotermia já no hospital e outras quatro foram encontradas sem vida nas suas casas.
De acordo com a porta-voz do ministério de Situações de Urgência, Yulia Yershova, mais de 540 pessoas foram internadas na última semana com sintomas de hipotermia.
Com as temperaturas a roçar os 23 graus negativos na capital Kiev, escolas e centros de saúde viram-se obrigados a fechar portas. Também o trânsito tem estado caótico na capital devido às fortes quedas de neve e estradas inteiramente congeladas.
Para atenuar a situação e prevenir mais fatalidades, as autoridades ucranianas montaram tendas aquecidas nas ruas da capital, providas de comida e bebidas quentes para os sem-abrigo.
O presidente da câmara de Kiev, Oleksandr Popov, ordenou esta terça-feira o encerramento de todas as escolas e colégios da cidade devido aos quase 30 graus negativos que se esperam para a próxima quarta-feira. Por precaução, a paragem do ano lectivo deverá manter-se até segunda-feira da semana que vem.
Na Polónia, cinco pessoas morreram devido ao frio nas últimas 24 horas, aumentando o número de mortes para 15, avança a polícia nacional. Para a noite de hoje são esperados 29 graus negativos no sudeste do país.
Em Bucareste, os 20 graus negativos que se fazem sentir já tiraram a vida a oito pessoas, tendo duas delas morrido nas últimas 24 horas.
A Rússia também não escapa ao cenário, com o departamento de saúde de Moscovo a anunciar uma morte devido ao intenso frio que se faz sentir na capital.
AP/SOL