Fala-se muito em consumos, mas algumas pessoas ignoram um factor preponderante: a pressão utilizada nos pneus.
Outro truque e hábito que tenho, uma vez que tenho pneus ZR no carro, de elevada aderência, embora com as medidas exactamente de origem, é utilizar pressões um pouco elevadas nos pneus.
Para uma lotação de 5 pessoas, o livro sugere que se use 2.3 bar à frente e 2.8 bar atrás. Pessoalmente não me agrada usar uma diferença de pressão tão grande entre os eixos, uma vez que o carro pesa o mesmo à frente e atrás.
Utilizo, por isso, a pressão máxima para o eixo traseiro sugerida pelo livro de recomendações, mas atrás e também à frente, ficando assim 2.8 bar à frente e 2.8 bar atrás. E não é muita pressão, a direcção continua óptima e este é um hábito pessoal.
Senão vejamos:
As pressões recomendadas pelo fabricante originalmente parecem-me muito baixas, os pneus curvam muito junto à base e, principalmente em curvas, torcem demasiado. Gosto de sentir o carro mais sólido, mais firme a reagir à direcção e à tracção, por isso a pressão igual nos dois eixos torna-se óptima, ficando todos os pneus com a mesma aderência, com pressões um pouco mais altas impede-se que aqueçam em demasia e gerem porosidades, duram mais e gastam-se todos por igual, culminando tudo isto num
consumo mais baixo sem afectar visivelmente a estabilidade do carro no que diz respeito à aderência. Uma forma de verificar que o pneu está suficientemente cheio mas não em demasia é colocar ar suficiente até que todo o piso do pneu toque no solo por igual e sem que as bordas laterais comecem a levantar em relação ao centro do pneu. Quando se atingir este ponto, atingiu-se a pressão ideal. Normalmente é o método que utilizo. A pressão a utilizar não depende apenas do recomendado pelo fabricante do carro, mas também,
e bastante, dos pneus que se utilizam.
As viaturas que vemos hoje em dia nos stands já vêm com pressões de pneus muito mais elevadas do que as de carros do mesmo segmento há 10 anos atrás, usando os mesmos pneus. Porque será ?
Muitas pessoas desperdiçam combustível e desgastam travões por usarem pressões demasiado baixas e, para além disso, as distâncias de travagem também se tornam menos eficientes. Pneus insuficientemente cheios dificultam a aceleração do carro, a eficiência das travagens, desgastam muito as bandas laterais dos pneus e impedem as suspensões de reagir correctamente às irregularidades do piso, acabando por as prejudicar precocemente e empenando as jantes ao mínimo descuido. Em suma, anulam parcialmente a manobrabilidade que se pretende do carro.
Uma fotografia dele, recentemente, com os pneus em questão. Apesar de a foto não ser direccionada aos pneus, verifique-se que os pneus, apesar da pressão colocada, não estão com as respectivas paredes completamente rectilíneas ao solo e que todo o piso do pneu assenta correctamente nele:
E venham muitos mais km.