tonítruo
Nimbostratus
Obrigado pelo esclarecimento!Tem a ver com a latitude do nosso país... À nossa latitude, temos um período bem curto de pouca radiação, intercalado com meses e meses de radiação solar elevada, o que faz com que o período quente seja mais prolongado (e, por isso, que demore mais tempo a aquecer até se atingir o pico de calor anual) e o período frio mais curto. A maior proximidade ao trópico de Câncer do que ao Círculo Polar Ártico também ajuda a que os verões sejam mais prolongados e os invernos mais curtos. Isto, contudo, tem uma enorme divergência entre regiões. Em Trás-os-Montes, o período frio é bem maior porque, devido ao clima continental, a temperatura demora muito mais tempo a aquecer (ou pelo menos no caso das mínimas).
Para além de tudo isto, a latitudes acima dos 42ºN, o mês mais quente deixa de ser agosto e passa a ser julho, essencialmente porque a radiação solar diminui bastante mais depressa que a sul. Isso explica o porquê de algumas zonas do extremo norte do país terem como mês mais quente julho e não a regra geral, que seria agosto. Acima do paralelo 50ºN, o mês mais quente é junho, essencialmente por ser o mês com maior radiação solar. É por esta razão que se convencionou que o verão meteorológico no Hemisfério Norte vai de junho a agosto, apesar de, na prática, não ser isso que acontece cá no burgo. Um pouco mais abaixo da latitude de Portugal, ali no paralelo 30ºN, o conceito de "mês mais frio" e "mês mais quente" começa a ser um bocadinho mais impreciso...
Então é análogo ao facto de se levar mais tempo a atingir a temperatura mínima do dia do que se leva a atingir a temperatura máxima (porque durante a noite são horas e horas de radiação solar nula o que faz com que o período frio seja mais prolongado)...