Retomando este tópico queria que vcs todos comenta-se a seguinte imagem da corrente do golfo, nomeadamente no seu troço inicial.
Reparem nas zonas 1 e 2 e vejam como em 2003 (mais à esquerda) a corrente tinha uma largura quase 30 a 40% maior do que na presente data. Vejam como a sua largura diminui ao longo de tão só 3 anos. Oportunamente tentarei fazer a analise ao sector do 62w para Este.
A diminuição da largura no troço inicial é bastante clara, o que implica que o volume de água transportada é muito menor (uma vez que em profundidade os dados são escassos, mas esta é uma corrente superficial, não corrente profunda) os efeitos deste abrandamento começam a fazer-se sentir desde já nas anormalias positivas no trajecto da corrente de S para N e negativas de N para S. Parece-me que isto deveria ser estudado mais em profundidade por pessoas com mais conhecimentos do que eu e com acesso a mais dados, uma vez que a confrmar-se isto, dentro de alguns anos a corrente poderá ter virado a Sul, e aí será tarde para tomar medidas de minimização dos efeitos.
Bem relacionado Luper!, eu acho que se tivesses mais dados eras a pessoa certa para efectuar uma investigação
De facto se esta situaçõe se vire a confirmar, adeus ao clima actual e venha o frio ea secura....
Gronelândia: Recuo dos glaciares não é fenómeno recente
O recuo dos glaciares da Gronelândia, provocado pela fusão dos gelos, tem vindo a ocorrer ao longo dos últimos cem anos, não sendo por isso um fenómeno recente, indica um estudo divulgado esta segunda-feira.
Neste trabalho, investigadores da Universidade de Aarhus (centro da Dinamarca) estudaram o movimento dos glaciares da ilha de Disko, no oeste da Gronelândia, desde o fim do século XIX até à actualidade.
«O estudo, baseado em 247 dos 350 glaciares de Disko, é o mais extenso feito até agora sobre os movimentos dos glaciares da Gronelândia», afirmou o glaciologista Jacob Clement Yde, co-autor da investigação com o colega Niels Tvis Knudsen.
O estudo foi apresentado em Cambridge (Reino Unido), na abertura de um simpósio internacional sobre a influência do aquecimento climático nos glaciares do mundo.
«Examinámos 95 por cento da zona coberta pelos glaciares em Disko, e tudo indica que os nossos resultados são também válidos para os situados perto das costas no resto da Gronelândia», acrescentou.
Com a ajuda de «mapas da época e de observações actuais de satélites», os cientistas «constataram que 70% dos glaciares recuaram regularmente desde finais dos anos 1880, à velocidade de cerca de oito metros por ano», segundo Yde.
O maior recuo foi constatado entre 1964 e 1985.
Na sua perspectiva, «o aquecimento climático da Gronelândia de 3 a 4 graus entre 1920 e 1930, e o registado depois de 1995 contribuíram para manter e acelerar a fusão dos gelos».
O efeito da subida das temperaturas nos anos 1920-30 «foi visível dezenas de anos depois, e o dos anos 90 sê-lo-á dentro de 10 a 20 anos», estima este investigador, que espera «uma fusão mais importante dos glaciares da Gronelândia no futuro».
O recuo dos glaciares desde o século XIX é «o resultados do aquecimento natural da atmosfera, devido a erupções vulcânicas, por exemplo, e ao efeito de estufa criado pelas actividades humanas, que agravou a situação», segundo este perito.
O estudo mostrou também «novos resultados de investigação sobre os glaciares chamados »galopantes«, que avançam muito rapidamente em poucos anos, até 50 metros por dia, recuando depois lentamente, a uma velocidade de 20 metros por ano», acrescentou.
«Identificámos, graças a novas análises de fotografias aéreas e imagens de satélite, quatro vezes mais glaciares galopantes do que as estimativas anteriores, ou seja 75 em vez de apenas 20», explicou.
Em Fevereiro, um estudo publicado nos Estados Unidos revelou que o volume de gelo derramado no Atlântico pelos glaciares da Gronelândia quase duplicou nos últimos cinco anos, fazendo prever uma subida mais rápida do que previsto do nível dos oceanos.
Segundo os seus autores, o fenómeno resultaria ao mesmo tempo de uma fusão mais importante dos gelos e de uma aceleração do movimento dos glaciares por efeito do aquecimento climático.
Diário Digital / Lusa
22-08-2006 10:36:00
A comparação entre dois dias não é mt significativa!!
O que seria interessante fazer era por exemplo o fluxo de calor médio mensal em 2 ou 3 secções da corrente de golfo e ver o seu comportamento numa série temporal com vários anos...
A partir dai talvez se consigam tirar mais conclusões ( tendencias...variablidade inter e intra anual)
O que acham??
É com este degelo que nos temos que preocupar e não com o do Artico...pelo menos em termos de aumento do nivel das aguas
O que me preocupa é o Ártico, visto que a concentração de gelo é maior, o que pode avcontecer é que cada vez mais o Ártico não consiga absorver a água doce das áreas circundante que vão perdendo (visto que cada vez menos o gelo no Ártico é espesso ) e este aumento da % de água doce é o factor mais importante para influenciar a força da corrente do Golfo, nomedamente o seu enfraquecimento...
É algo que irei tentar fazer com os dados que se têm deste site de onde retirei os mapas. Não será nada facil, mas irei tentar colocar os meus escassos conhecimentos de informática ao serviço desta causa. Irei tentar ver se consigo medir as áreas de cada cor, de forma a tentar arranjar velocidade médias por latitudes e longitudes, bem como tentar ver o sentido médio das setas de direcção. É que a olho nú tenho a sensação que a corrente está a rumar a sul, cada vez mais.
Epá...isso é um bocadinho impossivel de fazer Luper...O mais facil era ter acesso a dados de reanalise por exemplo (de fluxo de calor no oceano por exemplo) e a partir daí efectuar os calculos em vários dominios(caixas por exemplo)...
Por acaso é um trabalho bastante interessante...Será que já nao foi feito????
http://kkelly.apl.washington.edu/preprints/hbudgGS.pdf#search="heat fluxes gulfstream"
Em Portugal ainda não