Sistemas de aviso e alerta
Os sistemas de aviso e alerta constituem um meio de comunicação privilegiado que pode salvar muitas vidas e reduzir consideravelmente danos materiais. Em Portugal, os sistemas baseados em sirenes têm constituído o principal meio de difusão utilizado para avisar o público da ocorrência de uma emergência.
Todavia, muitos incidentes têm mostrado que estes meios nem sempre são eficazes (Smeets e Sillem, 2005). Os alarmes não são ouvidos por uma parte significativa da população e nem todas as pessoas que escutam as sirenes as levam a sério. Por exemplo, em três testes efectuados nos Países
Baixos em 2004, Sillem e Wiersma (2006) mostra que, em média, cerca de 37% da população não tinham ouvido as sirenes. Outra limitação significativa das sirenes prende-se com o facto de estas possuírem uma capacidade muito limitada de informarem o público do tipo de emergência que ocorreu.
As sirenes apenas avisam a população da ocorrência de uma emergência, exigindo que as pessoas afectadas se recordem dos procedimentos a executar quando expostas à emergência. As comunicações fixas, como o fax ou o telefone fixo têm também as suas limitações porque são baseadas em infra-estruturas de rede que podem ficar danificadas, e as comunicações via rádio ou televisão nem sempre são escutadas nas situações mais críticas. As motivações atrás expostas justificam o desenvolvimento de sistemas de aviso e alerta baseados em novas tecnologias de difusão mais eficientes.
Em Portugal, a taxa de penetração de comunicações móveis superior a 100% (ANACOM, 2006), a boa cobertura proporcionada pelas redes dos operadores móveis, a disponibilidade do serviço de mensagens e o seu uso corrente justificam que se equacione a utilização das redes móveis telefónicas
como um potencial meio de difusão de alertas em situações de emergências. No entanto, algumas limitações desta tecnologia, como sejam a capacidade reduzida das baterias dos telemóveis ou a possibilidade das pessoas da área afectada pelo incidente não transportarem o seu telemóvel, indicam que esta tecnologia deve ser complementada com outro meio de difusão.
Um dos serviços mais populares das redes telefónicas móveis é o serviço de mensagens curtas (Short Message Service – SMS). O SMS é um serviço, particularmente popular entre os adolescentes, que permite enviar mensagens de texto entre telemóveis. Tirando partido desta tecnologia, o NTI vai
desenvolver um sistema de aviso e alerta baseado no serviço de mensagens curtas a aplicar no vale a jusante duma barragem. Este sistema vai ser composto por uma base de dados (com informações sobre a localização das células e centrais telefónicas dos vários operadores e a área abrangida por
estes elementos da rede telefónica), que será combinada com uma plataforma de comunicações de envio de alertas.
Após a autenticação, as autoridades do plano de emergência terão acesso a uma ou várias aplicações, que permitirão o envio das mensagens às populações abrangidas pela emergência.
Algumas mensagens (que se espera que sejam mais comuns) serão definidas antecipadamente, de forma a evitar o envio de mensagens pouco claras, durante os momentos iniciais e confusos da ocorrência da emergência.
Pretende-se que este sistema envie mensagens SMS urgentes (classe 0) para as células e centrais telefónicas de todos os operadores que cubram a área abrangida pela emergência.
Contrariamente às mensagens SMS correntes, as mensagens SMS urgentes aparecerão directamente no visor do telefone, o que as torna mais adequadas à situação de emergência.
Através deste sistema, as populações que possuam telefones (quer sejam móveis ou fixos) nas diversas zonas de risco serão contactadas, podendo receber mensagens distintas consoante as zonas de risco em que se encontrem.
O sistema de aviso e alerta com as características atrás referidas permitirá atingir uma cobertura da população superior à atingida pelos sistemas de aviso e alerta tradicionais.
Fonte: http://www.dha.lnec.pt/nti/pdf/TICeGA_RH_v...nal_revista.pdf
Os sistemas de aviso e alerta constituem um meio de comunicação privilegiado que pode salvar muitas vidas e reduzir consideravelmente danos materiais. Em Portugal, os sistemas baseados em sirenes têm constituído o principal meio de difusão utilizado para avisar o público da ocorrência de uma emergência.
Todavia, muitos incidentes têm mostrado que estes meios nem sempre são eficazes (Smeets e Sillem, 2005). Os alarmes não são ouvidos por uma parte significativa da população e nem todas as pessoas que escutam as sirenes as levam a sério. Por exemplo, em três testes efectuados nos Países
Baixos em 2004, Sillem e Wiersma (2006) mostra que, em média, cerca de 37% da população não tinham ouvido as sirenes. Outra limitação significativa das sirenes prende-se com o facto de estas possuírem uma capacidade muito limitada de informarem o público do tipo de emergência que ocorreu.
As sirenes apenas avisam a população da ocorrência de uma emergência, exigindo que as pessoas afectadas se recordem dos procedimentos a executar quando expostas à emergência. As comunicações fixas, como o fax ou o telefone fixo têm também as suas limitações porque são baseadas em infra-estruturas de rede que podem ficar danificadas, e as comunicações via rádio ou televisão nem sempre são escutadas nas situações mais críticas. As motivações atrás expostas justificam o desenvolvimento de sistemas de aviso e alerta baseados em novas tecnologias de difusão mais eficientes.
Em Portugal, a taxa de penetração de comunicações móveis superior a 100% (ANACOM, 2006), a boa cobertura proporcionada pelas redes dos operadores móveis, a disponibilidade do serviço de mensagens e o seu uso corrente justificam que se equacione a utilização das redes móveis telefónicas
como um potencial meio de difusão de alertas em situações de emergências. No entanto, algumas limitações desta tecnologia, como sejam a capacidade reduzida das baterias dos telemóveis ou a possibilidade das pessoas da área afectada pelo incidente não transportarem o seu telemóvel, indicam que esta tecnologia deve ser complementada com outro meio de difusão.
Um dos serviços mais populares das redes telefónicas móveis é o serviço de mensagens curtas (Short Message Service – SMS). O SMS é um serviço, particularmente popular entre os adolescentes, que permite enviar mensagens de texto entre telemóveis. Tirando partido desta tecnologia, o NTI vai
desenvolver um sistema de aviso e alerta baseado no serviço de mensagens curtas a aplicar no vale a jusante duma barragem. Este sistema vai ser composto por uma base de dados (com informações sobre a localização das células e centrais telefónicas dos vários operadores e a área abrangida por
estes elementos da rede telefónica), que será combinada com uma plataforma de comunicações de envio de alertas.
Após a autenticação, as autoridades do plano de emergência terão acesso a uma ou várias aplicações, que permitirão o envio das mensagens às populações abrangidas pela emergência.
Algumas mensagens (que se espera que sejam mais comuns) serão definidas antecipadamente, de forma a evitar o envio de mensagens pouco claras, durante os momentos iniciais e confusos da ocorrência da emergência.
Pretende-se que este sistema envie mensagens SMS urgentes (classe 0) para as células e centrais telefónicas de todos os operadores que cubram a área abrangida pela emergência.
Contrariamente às mensagens SMS correntes, as mensagens SMS urgentes aparecerão directamente no visor do telefone, o que as torna mais adequadas à situação de emergência.
Através deste sistema, as populações que possuam telefones (quer sejam móveis ou fixos) nas diversas zonas de risco serão contactadas, podendo receber mensagens distintas consoante as zonas de risco em que se encontrem.
O sistema de aviso e alerta com as características atrás referidas permitirá atingir uma cobertura da população superior à atingida pelos sistemas de aviso e alerta tradicionais.
Fonte: http://www.dha.lnec.pt/nti/pdf/TICeGA_RH_v...nal_revista.pdf