Unicef leva água e comida para crianças afetadas pelo Félix
O Unicef começou nesta sexta-feira a distribuição de água e comida para as crianças nicaragüenses desabrigadas pela passagem do furacão Félix, informou a entidade em comunicado. Após atingir o litoral caribenho da Nicarágua como tempestade de categoria 5, dia 4, o Félix foi diminuindo de intensidade até se transformar em uma depressão tropical.
Segundo as autoridades do país centro-americano, cerca de 50 mil pessoas foram deslocadas e 10 mil casas ficaram destruídas. O Unicef pretende garantir a distribuição de água, material de higiene e alimentos para as crianças desabrigadas, e de fato, já mandaram cobertores e material de primeira necessidade no valor de US$ 33 mil.
O primeiro envio urgente de ajuda incluiu quatro unidades de tratamento com cloro, com capacidade para purificar água para 1.600 pessoas por dia. Além disso, a agência da ONU está coordenando com o ministério da Educação a organização dos abrigos para implementar salas de aula e assim evitar a interrupção do ano letivo.
Calcula-se que 80% das escolas perderam os tetos. Segundo as últimas estimativas, 100 pessoas morreram e há outras 200 desaparecidas.
Fonte:
Folhaonline
Médicos cubanos atendem a danificados do furacão Félix na Nicarágua
Os médicos cubanos desta cidade do nordeste da Nicarágua continuam atendendo aos danificados do furacão Félix, que também atingiu o hospital local. As precárias condições de trabalho não enfraquecem a vontade destes médicos que atendem aos pacientes nas salas de cirurgias e nos pronto-socorros habilitados de improviso na filial do Instituto Tecnológico Nacional (Inatec), nesta cidade.
O cooredenador da brigada médica cubana na Região Autônoma do Atlântico Norte (RAAN), o doutor Osmar Martínez, declarou à Prensa Latina que desde que o ciclone açoitou o país na madrugada da terça-feira passada, dia 4, atenderam a mais de 300 pessoas. “Aqui fizemos até cesarianas”, afirmou Martínez, que depois apontou para uma sala de aula do Inatec convertida em sala de partos, onde, no momento da entrevista, um radiólogo nicaragüense fazia um ultra-som a uma grávida de origem misquita.
Além dos médicos cubanos e do pessoal da saúde da localidade, trabalha nessas instalações improvisadas um grupo de estudantes nicaragüenses do quinto ano da Escola Latino-Americana de Medicina. O grupo faz parte dos 59 alunos que há umas semanas realiza seu internado comunitário em zonas de difícil acesso da Nicarágua, sob a supervisão docente dos membros da brigada médica cubana.
Segundo estimativas preliminares, o fenômeno natural que açoitou a costa nordeste da Nicarágua, com categoria cinco, da escala Saffir-Simpson, deixou um saldo de 40 óbitos, 10 mil moradias desvastadas e 50 mil danificados. “Nós somos também danificados”, disse o doutor Martínez, ao referir que os ventos de 260 quilômetros por hora do Félix destruíram o teto da casa onde ele e outros estavam alojados desde sua chegada à RAAN, em 25 de abril passado.
Salientou que, apesar das adversidades, a moral dos médicos que prestam serviços em Puerto Cabezas é alta. Além disso, eles são estimulados pelos telefonemas que recebem do Ministério das Relações Exteriores e do Conselho de Estado.
Fonte:
Gramma
Mortes causadas pelo furacão Félix na Nicarágua chegam a 130
O total de mortes causadas pelo furacão Félix, que atingiu a região fronteiriça entre Nicarágua e Honduras nesta semana, saltou para cerca de 130, disseram na sexta-feira autoridades nicaraguenses envolvidas no resgate das vítimas. Ainda se acredita que cerca de 70 pessoas estejam desaparecidas depois que enormes ondas afogaram pescadores e causaram destruição em vilas costeiras, disse Fabio Benedic, da defesa civil.
O maior número de mortos são de índios nicaraguenses Miskito, incluindo alguns pescadores cujos corpos acabaram sendo levados para Honduras. Centenas de pessoas não puderam sair dos locais atingidos pela tempestade antes que ela chegasse e tiveram apenas suas simples cabanas como abrigo. Alguns se amarraram a árvores ou barcos em um esforço para resistir à fúria dos ventos de 256 quilômetros por hora do Félix, disseram pescadores locais.
Fomte:
Reuters
Helicópteros americanos avistam "muitos" corpos boiando no Caribe
Dois helicópteros dos Estados Unidos que participam dos trabalhos de resgate após a passagem do furacão Félix pela Nicarágua avistaram "muitos corpos flutuando" no mar do Caribe, informou uma fonte militar. "Avistaram muitos corpos flutuando na região de Cabo Gracias a Dios" nos vôos de reconhecimento que fazem desde a quinta-feira", disse à AFP o adido militar dos Estados Unidos em Manágua, tenente-coronel Robert Gaddif.
O oficial não informou exatamente quantos corpos foram vistos no mar, mas destacou que a Força Naval do Exército da Nicarágua foi acionada para resgatar os cadáveres.
Fonte:
AFP