Extinto o Sandy é hora de fazer a contability do evento climatérico.
O Sandy começou na zona das Caraíbas a 19 de Outubro, tendo evoluído, em apenas 6 horas, de uma depressão tropical para uma tempestade tropical.
A 24 de Outubro foi categorizada como furacão, numa altura em que a velocidade dos ventos rondava os 119km/h.
Os estragos começaram no dia 24, quando fez landfall na Jamaica, mas foi depois desta passagem que, em alto mar, ganhou força passando a categoria 2
A 25 de Outubro fez landfall em Cuba tendo enfraquecido para uma cat. 1.
A 26 de Outubro, varreu as Bahamas, tendo enfraquecido para uma tempestade tropical no dia 27.
Novamente em mar alto voltou a ganhar força tendo passado a Cat. 1. É na subida do Atlântico que o furacão ganha força e forma, virando à esquerda em direcção à costa americana.
O furacão Sandy faz landfall nos EUA por volta das 20h00 do dia 29, chegando a New Jersey com ventos na ordem dos 120km/h.
Uma lua cheia criou marés 20% mais altas, tendo amplificado o efeito do furacão inundando ruas e túneis.
No dia 1 de Novembro o Sandy estava oficialmente dissipada, ainda que tenham havido registos de múltiplas células a circular na região dos Grandes Lagos.
Entretanto as marés baixaram 50cm abaixo do normal.
Os ventos mais fortes gerados pelo Sandy extenderam-se por uma área de 280 km desde o centro, tendo os mais "fracos" (de velocidade inferior a 70km/h) se extendido por uma área de 780 km.
Ainda assim, o Sandy foi considerado como a segunda maior tempestade tropical do Atlântico.
É o Furacão Olga que, em 2001, mantém o recorde de gerar ventos de força tropical por uma área de 965 km.
Mas o Sandy assumiu outros recordes. Como furacão, teve uma pressão central de 940 millibars, sendo a leitura mais baixa alguma vez registada num furacão do Atlântico que tenha atingido a costa Leste dos EUA.
O recorde anterior era do Furacão Long Island Express que, em 1938, apresentou valores de 946 millibars.
A força e ângulo de aproximação do Sandy, combinados, produziram uma tempestade que elevou a água em Nova Iorque a níveis recordes. 4,20m ultrapassaram os 3,20 registados com o Furacão Donna em 1960.
Fica uma foto do ponto épico do Furacão, bem como uma explicação gráfica de como estes monstros surgem.