Instabilidade 20-24 Junho 2014

Mais fotos de Carcavelos, noite de 22 para 23. Devo referir que um evento desta intensidade é relativamente raro aqui, uma vez por ano ou menos. Estive a comparar as minhas fotos com as de outro membro (Artur Rebelo Neves) na página do facebook Meteoalerta, tiradas em Linda-a-Velha, e percebi que temos imagens das mesmas descargas. A comparação das imagens permite perceber a estrutura espacial e localizar por triangulação os pontos exactos dos impactos. Só preciso de saber a posição o mais aproximada possível do ponto de vista das obtidas em Linda-a-Velha. Esta ideia desenvolvida para tempo real pode ser útil se se conseguir coordenação em eventos deste tipo.

Mesmo por trás do forte (algumas centenas de metros)
F1V3hDl.jpg



Esta terá sido a mais potente, a intensidade luminosa foi excepcional e confirmada pela foto no MeteoAlerta.
7H7ePW0.jpg


SuSFTN4.jpg
 
Mais para a colecção do evento eléctrico memorável em Carcavelos (captei cerca de 50, fora os relâmpagos em que os raios estavam ocultos nas nuvens)

VXyk3Px.jpg


kEwZzvY.jpg


e para mostrar como a circulação mudou para Noroeste depois de um poente memorável ontem, dia 23:

iQZ9lGf.jpg


nascer do sol completamente descolorido e escuro devido às nuvens que bloquearam o horizonte desde o interior:

RYsWqL5.jpg


e por último um poente com entrada de noroeste húmida:

jdA4Phe.jpg
 
Mais fotos de Carcavelos, noite de 22 para 23. Devo referir que um evento desta intensidade é relativamente raro aqui, uma vez por ano ou menos. Estive a comparar as minhas fotos com as de outro membro (Artur Rebelo Neves) na página do facebook Meteoalerta, tiradas em Linda-a-Velha, e percebi que temos imagens das mesmas descargas. A comparação das imagens permite perceber a estrutura espacial e localizar por triangulação os pontos exactos dos impactos. Só preciso de saber a posição o mais aproximada possível do ponto de vista das obtidas em Linda-a-Velha. Esta ideia desenvolvida para tempo real pode ser útil se se conseguir coordenação em eventos deste tipo.

Mesmo por trás do forte (algumas centenas de metros)
F1V3hDl.jpg



Esta terá sido a mais potente, a intensidade luminosa foi excepcional e confirmada pela foto no MeteoAlerta.
7H7ePW0.jpg


SuSFTN4.jpg

Antes de mais parabéns pelas imagens obtidas. Gostava de saber com que tipo de máquina obteve estas fotos.;)
 
Antes de mais parabéns pelas imagens obtidas. Gostava de saber com que tipo de máquina obteve estas fotos.;)

Sem me querer intrometer, digo apenas que qualquer máquina que tenha modo manual e que consiga fazer longas exposições, perimte a captação de raios. Depois é óbvio, quantos mais MP, mais resolução, etc etc, mais perfeitas ficam as fotos ;)

Se os moderadores considerarem isto off-topic, por favor movam para este tópico -> Como fotografar Raios
 
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Sem me querer intrometer, digo apenas que qualquer máquina que tenha modo manual e que consiga fazer longas exposições, perimte a captação de raios. Depois é óbvio, quantos mais MP, mais resolução, etc etc, mais perfeitas ficam as fotos ;)

Se os moderadores considerarem isto off-topic, por favor movam para este tópico -> Como fotografar Raios

Sim, as máquinas são importantes, mas acrescentaria que mais importante que as máquinas e megapixeis são a técnica e as lentes usadas:thumbsup:

Hoje em dia uma SLR de gama média ou de entrada já é capaz de fazer excelentes fotos, quando em boas mãos e usada com bom vidro.

Primeiro o aperfeicoamento da técnica, depois as lentes, e por fim o corpo da máquina:thumbsup:
 
Sim, as máquinas são importantes, mas acrescentaria que mais importante que as máquinas e megapixeis são a técnica e as lentes usadas:thumbsup:

Hoje em dia uma SLR de gama média ou de entrada já é capaz de fazer excelentes fotos, quando em boas mãos e usada com bom vidro.

Primeiro o aperfeicoamento da técnica, depois as lentes, e por fim o corpo da máquina:thumbsup:

Exacto! E há que ter atenção à distância focal, quanto mais pequena, maior é a possibilidade de captarmos um raio, principalmente se estivermos mesmo à frente do espectáculo, como foi o caso do StormRic.

Nas lentes, eu próprio começo a notar uma decadência da qualidade das minhas próprias fotos, pois uso a 18-55mm... Mas talvez o meu sensor também já precise de uma limpeza, já vai para 2 anos e nem faço ideia da quantidade de disparos que efectuei, adicionando o facto de que já passou por situações atmosféricas complicadas, chuva, poeiras, cinzas... :p
 
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Antes de mais parabéns pelas imagens obtidas. Gostava de saber com que tipo de máquina obteve estas fotos.;)

Obrigado, Filipe. A lente é a ultra grande angular Canon 10-22mm. Presentemente uso-a com a 700D. Apesar das deformações periféricas, especialmente quando a tomada de vista não tem o horizonte a meio da imagem, serem enormes, para apanhar o máximo de céu não há melhor. O ângulo de vista de 97º é essencial. Em 22mm as deformações são muito menores, melhor até que a 18-55mm em 18. É essencial conjugar esta lente com o Digital Lens Optimizer da Canon, integrado no programa de edição de RAW que vem com a câmara, e que corrije a 99% as aberrações cromáticas e melhora espantosamente a definição. Sem esta correcção digital e sem aplicar na própria câmara o Lens aberration correction, o resultado é mau do ponto de vista das aberrações cromáticas.

Foco sempre previamente em modo manual e Live View. Também uso sempre a câmara em manual (para qualquer fotografia). O f/8 é o "sweet point" desta lente, quando o equilíbrio entre a profundidade de campo e a difracção produz a melhor nitidez, o que para a fotografia de raios é óptimo pois é em geral a melhor abertura para as descargas próximas. Tenho sempre a exposição em modo variável (Bulb), controlado por disparador remoto infra-vermelho, RC-6. Conforme a luminosidade ambiente e o brilho esperado para os raios vou expondo por períodos variáveis até 1 minuto, interligados por uma pausa técnica de 1 segundo para nova exposição. Se durante um período de exposição apanho uma descarga termino-o imediatamente e inicio o seguinte. A única "arte" é tão sómente prever, por observação da evolução da proximidade das descargas, a intensidade luminosa que vão ter e assim regular a abertura desde f/3,5 (ou mais aberto conforme a lente) quando estão longe, até f/8 ou às vezes mesmo f/11, quando o acontecimento já está mesmo em cima de nós; também a direcção da tomada de vista em que estamos a apostar é uma "arte", só a experiência de acompanhamento de trovoadas nos dá esse instinto, mas com esta lente isso torna-se muito mais fácil devido ao grande ângulo de vista. O facto de nesta trovoada ter apanhado cerca de 80% dos raios significa que ela foi bastante estável na distribuição espacial das descargas, era muito previsível onde ia produzir-se a descarga seguinte.

Penso que esta conversa já está em off-topic, peço aos moderadores para a colocarem onde o Duarte já sugeriu.
 
Última edição:
O possível apanhado da noite de 22 para 23:

http://youtu.be/uE-e6H1MWLc

Boa montagem de video e reportagem! :thumbsup: Penso que adicionar um relógio do tempo real é importante, assim como coordenadas do ponto de vista e direcção da tomada de vista, mesmo aproximadas. Gostava de comparar os momentos das descargas com as imagens capturadas em fotos, por mim e outros. Os enquadramentos e controlo de luz estão bem feitos. Gosto dos momentos editados em câmara lenta.
 
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Boa montagem de video e reportagem! :thumbsup: Penso que adicionar um relógio do tempo real é importante, assim como coordenadas do ponto de vista e direcção da tomada de vista, mesmo aproximadas. Gostava de comparar os momentos das descargas com as imagens capturadas em fotos, por mim e outros. Os enquadramentos e controlo de luz estão bem feitos. Gosto dos momentos editados em câmara lenta.

Obrigado! :)

Talvez a partir de agora passe a colocar esses elementos também nos vídeos, obrigado pelas sugestões :thumbsup:

--

Entretanto, fiz um time-lapse no dia 23:

 
Editado por um moderador:
Deixo aqui um vídeo de um trovão da trovoada que passou aqui ao início da tarde do dia 24.

http://youtu.be/EhBZMil-m28


Olá
Grande bomba sonora, é pena não conseguir vislumbrar o relâmpago, a que distância terá caído? O registo sonoro dos raios é bastante útil para avaliar a distribuição espacial da descarga, quanto maiores as componentes horizontais dos trajectos dos raios mais prolongado é o ribombar, e isto antes de se começar a ouvir os reflexos orográficos ou urbanos que em geral são sons mais graves. Se o trovão começa com um estoiro principal que depois se arrasta então o ponto de impacto no solo está mais próximo de nós do que a nuvem de proveniência, situação mais perigosa pois o risco é sub-avaliado devido a visualizarmos a nuvem ainda relativamente longe.
 
Obrigado! :)

Talvez a partir de agora passe a colocar esses elementos também nos vídeos, obrigado pelas sugestões :thumbsup:

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Entretanto, fiz um time-lapse no dia 23:

http://youtu.be/Zzraz8STNuo

Muito bom, tenho que voltar a experimentar fazer isto, aceitam-se dicas ;)

Para mim o time-lapse é a mais útil das ferramentas de observação para estudo posterior aprofundado.:thumbsup:
 
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