Monitorização do Clima de Portugal - 2021

Não percebo porque é que o IPMA considera a estação do aeródromo como sendo a principal para Coimbra, quando a de Bencanta é a que possui normais e a que está mais próxima da cidade em si, torna muito mais difícil analisar este tipo de recordes
Também não percebo. A estação de Bencanta representa muito mais a cidade, e estes dias atingiu valores muito mais baixo de temperatura do que a do Aeródromo. É ridículo apresentarem este valores recorde de -0,3ºC, quando a cidade esteve toda abaixo dos-1ºC, tendo as estação de Bencanta atingido valores de -2,2ºC.

Depois basta ver que a previsão das mínimas nunca bate certo, temos sempre valores muito mais baixos. Parece que se baseiam apenas na estação do aeródromo que fica a 10km do centro da cidade.
 
Também não percebo. A estação de Bencanta representa muito mais a cidade, e estes dias atingiu valores muito mais baixo de temperatura do que a do Aeródromo. É ridículo apresentarem este valores recorde de -0,3ºC, quando a cidade esteve toda abaixo dos-1ºC, tendo as estação de Bencanta atingido valores de -2,2ºC.

Depois basta ver que a previsão das mínimas nunca bate certo, temos sempre valores muito mais baixos. Parece que se baseiam apenas na estação do aeródromo que fica a 10km do centro da cidade.
Acho que foi em 2017, a estação de Bencanta teve 1 onda de frio, quase 2 semanas seguidas de mínimas negativas, e a do aeródromo não teve uma um único valor abaixo de zero...
 
Neste momento os solos estão com uma ótima capacidade de água, melhor que em janeiro de 2020. Praticamente toda a região a norte do Tejo, salvo algumas (poucas) zonas, está em capacidade de campo, e mesmo no sul são muito poucas as zonas com quantidades de água nos solos inferiores a 40%! :palmas:
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Esta grande melhoria nos últimos 10 dias deveu-se à precipitação quase diária em praticamente todo o território continental, e a uma humidade relativa elevada que conserva a humidade dos solos. :w00t:

Dia 19:
Aproximação duma superfície frontal vinda de noroeste. Alguns acumulados na costa ocidental a norte do Cabo Raso:
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Dia 20:
Superfície frontal atravessa todo o país. Infelizmente há muitas estações em falta, sobretudo no Sul:
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Dia 21:
Primeiro dia de rio atmosférico. Bastante precipitação orográfica fruto da humidade:
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Dia 22:
Tempestade Gaetan. Bastante precipitação a norte do Tejo:
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Dia 23:
Tempestade Hortênsia. Mais uma vez, bastante precipitação a norte do Tejo:
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Dia 24:
Continuação do rio atmosférico e alguma precipitação no Alentejo:
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:rain:
 
Acumulados de dia 4. Destaque para toda a região Sul bem beneficiada e também para algumas estações do litoral norte devido a linhas de instabilidade.
  • Elvas: 36.3mm
  • Amareleja: 36mm
  • Castro Verde, N. Corvo: 32.9mm
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Acumulados de dia 5. Choveu um pouco por todo o lado, mas com maior destaque no Interior.
  • Faro: 56.1mm
  • Amareleja: 50.1mm
  • Tavira: 38.8mm
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Choveu de forma significativa onde mais era necessária! :thumbsup:

Evolução da percentagem de água no solo (dia 3, antes destes dias chuvosos e hoje, dia 6):
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Aqueles módicos 2.8 mm registados em Mirandela de certeza absoluta que estão errados, é impossível a estação ter registado um valor tão baixo quando as outras estações situadas nas proximidades (Chaves, Vinhais, Macedo de Cavaleiros) registaram valores acumulados na ordem dos 30 a 40 mm (Carrazeda de Ansiães atingiu os 50 mm). :intrigante: Mirandela é uma cidade conhecida pelos baixos valores de precipitação anuais, situados à volta dos 500/600 mm (não é por acaso que muitos lhe chamam o deserto transmontano) mas mesmo assim aquele acumulado irrisório de precipitação, olhando para as estações das proximidades, é completamente irreal. :nono: Penso que poderá ser o pluviómetro que esteja com problemas.
Tendo em conta o regime pluviométrico de Mirandela e os acumulados nas outras estações à volta, penso que o real acumulado de ontem na EMA deverá andar no mínimo à volta dos 20 mm.
 
Aqueles módicos 2.8 mm registados em Mirandela de certeza absoluta que estão errados, é impossível a estação ter registado um valor tão baixo quando as outras estações situadas nas proximidades (Chaves, Vinhais, Macedo de Cavaleiros) registaram valores acumulados na ordem dos 30 a 40 mm (Carrazeda de Ansiães atingiu os 50 mm). :intrigante: Mirandela é uma cidade conhecida pelos baixos valores de precipitação anuais, situados à volta dos 500/600 mm (não é por acaso que muitos lhe chamam o deserto transmontano) mas mesmo assim aquele acumulado irrisório de precipitação, olhando para as estações das proximidades, é completamente irreal. :nono: Penso que poderá ser o pluviómetro que esteja com problemas.
Tendo em conta o regime pluviométrico de Mirandela e os acumulados nas outras estações à volta, penso que o real acumulado de ontem na EMA deverá andar no mínimo à volta dos 20 mm.

Também duvido daquele valor e não só, desde fim de Janeiro que os valores são sistematicamente inferiores aos de todas as estações à volta.
O pluviómetro já estará a ser consertado, hoje não houve registo desde as 4h.
 
Também duvido daquele valor e não só, desde fim de Janeiro que os valores são sistematicamente inferiores aos de todas as estações à volta.
O pluviómetro já estará a ser consertado, hoje não houve registo desde as 4h.

Sim, também reparei nisso. A EMA está de facto com problemas no pluviómetro. Quanto aos valores acumulados de dias anteriores isso pode dever-se ao facto de ter ocorrido precipitação horizontal, algo muito comum em vales profundos como é o caso de Mirandela e quando isso acontece, na maior parte das vezes o pluviómetro não acumula (em situações de chuva fraca/chuvisco), mesmo que as superfícies à volta estejam encharcadas. :D E é por causa desse fenómeno de precipitação horizontal que muitas vezes os dados das EMAs apresentam erros por defeito nos acumulados diários, mensais e anuais. Isso reflete-se nos boletins climatológicos do IPMA.
 
Última edição:
Já foi publicado o relatório de Janeiro do IPMA. Mês frio mas nada de extraordinário. O Sul voltou a estar em situacão de seca. Dezembro e Janeiro, dois dos meses mais chuvosos do ano, foram muito secos na região. A média para estes meses ronda os 180 mm. Em alguns locais nem 30 mm caíram.

De salientar que no final do mês a estação com menos acumulado para o ano hidrológico era a estação de Tavira, com cerca de 200 mm, muito abaixo da média que ronda os 320 mm. Apesar de ter chovido bem em Outubro e Novembro, houve algumas diferenças grandes nos acumulados devido à lotaria das células. Há estacões próximas de Tavira com acumulados para o ano hidrológico a superar os 300 mm. Ainda assim, o que importa sublinhar é que o Sul continua com muita carência de chuva, tendo em conta a sucessão de anos secos que existe desde sensivelmente 2012. Esta carência é mais notória no sotavento, Baixo Alentejo e Vale do Sado.
 
Ontem houve temperaturas máximas superiores a 20ºC ou próximas disso um pouco por todo o país, à exceção do Interior Norte e Centro. :calor:
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Estas foram as temperaturas superiores a 23ºC registadas no país:
- Mora: 24,1ºC
- Aljezur: 23,8ºC
- São Teotónio: 23,3ºC
- Dunas de Mira: 23,1ºC

É curioso que, nalgumas destas estações, as temperaturas ontem atingidas foram mais altas do que as que são atingidas em muitos dias de verão, e com menos vento que nesses dias. :shocking:
 
Dados de algumas estações do Sotavento algarvio para o corrente ano hidrológico, acumulados até dia 31 de Janeiro.

Cacela: 325 mm
Junqueira: 349 mm
Tavira: 323 mm
Santo Estevão: 325 mm

Os acumulados estão dentro da média para as estacões em causa. Contudo, há pontos na região ainda abaixo dos 300 mm. Neste momento se a Primavera climatológica falhar o ano hidrológico será seco mas não será catastrófico como foi 2019. Mais uma vez, o Inverno falhou, Recordo que nos últimos 20 anos quase todos os Invernos foram secos ou muito secos.
 
É extraordinária a facilidade com que estas estações algarvias entre o mar e a serra atingem 20 graus em pleno pico do Inverno. Mesmo com temperaturas abaixo da média a estação de Cacela conseguiu 16.8 graus de média das máximas. Estamos perante valores magrebinos ou do extremo Sul da Andaluzia! Ainda há muito por conhecer nos micro-climas do Algarve...

https://www.drapalgarve.gov.pt/ema/images/dados/cac21.pdf
 
Nos dois antepenúltimos dias de fevereiro (25 e 26, respetivamente), tivemos um evento que foi bastante generoso no sul. Infelizmente, a rede de estações do IPMA é pequena e não dá para ter uma verdadeira noção dos locais onde choveu mais ou choveu menos: :(
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Isto ocorreu pouco depois dum evento de precipitação bastante intenso no Litoral - a tempestade Karim. Essa karimha linda deixou acumulados diários localmente fortes, de até 75 mm nalguns pontos, e ocorreu entre os dias 20 e 22 de fevereiro. :rain:
O dia 20 foi o dia mais intenso da frente fria, mas apenas descarregou bem no litoral:
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No dia 21 a frente lá chegou ao interior, mas bastante dissipada, e só começou a ganhar mais intensidade perto ou mesmo depois da Raia (daí que os acumulados da Amareleja, Figueira de Castelo Rodrigo ou Castro Marim sejam mais elevados que os de zonas mais a oeste):
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No dia 23 o Alentejo Litoral ainda levou com alguns aguaceiros pós-frontais, bem como uma frente quente em dissipação, que no dia a seguir viria também a afetar algumas zonas da região de Lisboa:
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Toda esta precipitação fez com que a acumulação de água nos solos esteja agora em valores que fazem muito lembrar meados de março de 2018: :palmas:
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E depois da tempestade, veio a bonança, com temperaturas a superarem os 23ºC nalgumas zonas do país! :calor:
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