Previsão e Seguimento de Furacões (Atlântico 2022)

Como assim? É bastante evidente que qualquer extremo anómalo, num sentido ou noutro, é uma das características das alterações climáticas.
:nono:
Eventos extremos mas individuais não devem ser usados como provas do que quer que seja em termos de clima, porque lá estão, são eventos meteorológicos e não climáticos. Pode-se falar é da frequência de eventos extremos, e o facto de termos tido anos consecutivos com atividade tropical acima do normal, e alguns deles como 2020 e 2017 extremamente acima do normal, isso sim já pode ser usado como prova das alterações climáticas
Alguém vai levar com toda a energia acumulada, espero que sejamos nós no próximo Inverno, tal como aconteceu em 2009/2010, a última temporada fraca de furacões.
Embora 2009 tenha realmente tido atividade tropical abaixo do normal no Atlântico, não foi o último ano em que aconteceu. Os anos entre 2013 e 2015 tiveram todos atividade fraca, e o de 2013 foi especialmente fraco (e mais fraco que 2009)
 
Eventos extremos mas individuais não devem ser usados como provas do que quer que seja em termos de clima, porque lá estão, são eventos meteorológicos e não climáticos.

Expliquei-me mal e a frase foi entendida com a lógica invertida.
O que eu quis dizer é: as alterações climáticas são caracterizadas por eventos extremos, e que podem ocorrer nos dois sentidos. Isto é, tanto podem ocorrer eventos extremos de calor como frio; excesso de precipitação ou seca, etc. Não são os eventos extremos individuais que permitem provar as alterações climáticas e acrescentei que já não está em causa procurar provas a favor ou contra.
Por exemplo, eventos extremos que pela estatística climatológica tinham períodos de retorno de 100 anos, podem passar a ter períodos de retorno de 10 anos ou menos.
 
Embora 2009 tenha realmente tido atividade tropical abaixo do normal no Atlântico, não foi o último ano em que aconteceu. Os anos entre 2013 e 2015 tiveram todos atividade fraca, e o de 2013 foi especialmente fraco (e mais fraco que 2009)

O que está em causa neste ano é a relação da actividade tropical atlântica com os fenómenos El Niño e Niña e a verificação ou não das previsões do NHC.
 
Expliquei-me mal e a frase foi entendida com a lógica invertida.
O que eu quis dizer é: as alterações climáticas são caracterizadas por eventos extremos, e que podem ocorrer nos dois sentidos. Isto é, tanto podem ocorrer eventos extremos de calor como frio; excesso de precipitação ou seca, etc. Não são os eventos extremos individuais que permitem provar as alterações climáticas e acrescentei que já não está em causa procurar provas a favor ou contra.
Por exemplo, eventos extremos que pela estatística climatológica tinham períodos de retorno de 100 anos, podem passar a ter períodos de retorno de 10 anos ou menos.
Eu percebo o que queres dizer, e os períodos de retorno são a maneira correta (ou uma delas, pelo menos) de avaliar a frequência de eventos extremos. Só não gosto que se entre na falácia que referi, mesmo que no teu caso tenha sido apenas por um lapso de linguagem
 
O que está em causa neste ano é a relação da actividade tropical atlântica com os fenómenos El Niño e Niña e a verificação ou não das previsões do NHC.
Realmente esta temporada está a ser atípica, com baixíssima atividade (se bem que ainda não acabou o ano) e mais que uma previsão de fortalecimento com probabilidades elevadas que não se concretizaram
 
Realmente esta temporada está a ser atípica, com baixíssima atividade (se bem que ainda não acabou o ano) e mais que uma previsão de fortalecimento com probabilidades elevadas que não se concretizaram

É como se o NHC, por exemplo, não tivesse acesso a dados de todos os factores intervenientes na previsão; como se houvesse dados escondidos a que o NHC ainda não consegue ter acesso. Embora em todas as previsões seja sempre distribuída a probabilidade por todas as hipóteses (estação abaixo da média, na média ou acima). Afinal, quando é atribuída uma baixa probabilidade à previsão de uma ocorrência, não significa que essa ocorrência não possa acontecer. Haver uma estação em que isso suceda nem sequer pode pôr em causa os métodos de previsão. Mas se acontecer cada vez mais frequentemente, então há mesmo dados "escondidos" e/ou o método tem que ser revisto.
 
É como se o NHC, por exemplo, não tivesse acesso a dados de todos os factores intervenientes na previsão; como se houvesse dados escondidos a que o NHC ainda não consegue ter acesso. Embora em todas as previsões seja sempre distribuída a probabilidade por todas as hipóteses (estação abaixo da média, na média ou acima). Afinal, quando é atribuída uma baixa probabilidade à previsão de uma ocorrência, não significa que essa ocorrência não possa acontecer. Haver uma estação em que isso suceda nem sequer pode pôr em causa os métodos de previsão. Mas se acontecer cada vez mais frequentemente, então há mesmo dados "escondidos" e/ou o método tem que ser revisto.
As previsões devem estar calibradas: não é impossível acontecer algo a que eles deem 20% de hipóteses, mas se as coisas estiverem a correr bem esse tipo de coisas vai acontecer apenas... 20% das vezes. Se acontecer muito mais que isso, então há um problema...
 
-> https://www.climate.gov/news-featur...appened-last-year’s-atlantic-hurricane-season

Se calhar vai dar ao mesmo:

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O Atlântico Norte está tão quente que há mais uma probabilidade a meio do EUA lol:

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Ultima análise da Fiona pelo NHC dá como Hurricane ao chegar ao mar das Bahamas, como se esperava. Poderá ser o primeiro landfall dos EUA.

Com a oscilação atlântica a ir para positiva, o AA deverá fixar-se nos Açores pelo que nenhuma tempestade deverá morrer por estes lados.