Knyght
Cumulonimbus
Uns quilómetros ? Não sabes o que dizes, para variar. No norte estariam todos satisfeitos se assim fosse.
Então explique-se...
Uns quilómetros ? Não sabes o que dizes, para variar. No norte estariam todos satisfeitos se assim fosse.
Não só o Dr. Alberto João irá fazer pressão como mais algumas entidades irão fazer a devida presão para que esta situação não passe em claro.
Porque antes de mais a AEMET partilha a informação da zona norte do país ao IM, comentário incorrecto afirmar categoricamente que a zona norte não tem cobertura quanto muito uma zona cega de alguns kilometros.
Segundo devido a orografia da ilha precipitações que fazem em poucas horas derrocadas que põe em risco o normal curso de escoamento da água é uma situação bem mais perigosa que uma chuva de 100mm/24h na cidade do Porto. Até porque não existindo efeito de embate na montanha esses valores são raros de acontecer (caso particular da Madeira), depois como o terreno é mais plano e o Rio é mais fácil de monitorizar é logo muito mais fácil.
Por acaso logo após o temporal o navio de guerra que coordenava as operações de resgate e busca tinha radar e foi uma clara mais valia. Sabem até dava jeito permanecer por cá pela restante missão que podia exercer contudo não estou a ver um navio que coordena missões da NATO achar do estado português um bom investimento ficar na Madeira...
O radar da fragata Corte Real não é um radar meteorológico:
E na altura que veio o tal navio se a marinha já tivesse o tal NPL ( Navio Polivalente Logístico) fazia mais jeito que a fragata, se bem se lembram tivemos de esperar que material pesado ( ponte móvel chegasse uns dias mais tarde) e fazia um jeito se fosse necessário evacuar a Ribeira Brava.
Podiam era aproveitar o Radar de defesa que esta sendo colocado no Pico do Areeiro e construir o meteorológico lá, se não houvesse problemas de funcionamento, o Ministério da Defesa/Nato que pagasse!
Se o Radar da Corunha não se encontra-se com anomalia técnica arisco-me a dizer através deste conjunto de imagens da AEMET como do IM que não existirá blind zone em Portugal.
1 - A cobertura eficaz de um radar meteorológico depende de inúmeros factores...entre estes, salientarei a natureza da propagação da radiação electromagnética na troposfera. Em condições de propagação normal, isto é, com uma distribuição normal dos campos da temperatura e humidade (essencialmente estes dois campos) na troposfera, a radiação tende a afastar-se do solo à medida que se afasta da fonte emissora (a antena do radar), pelo que a capacidade de detecção de fenómenos que ocorrem junto à superfície diminui com a distância ao radar. Para se ter uma ideia, se o feixe for emitido com uma elevação de 0.5º, o respectivo axóide encontra-se a cerca de 2000m de altitude a apenas 130Km de uma estação de radar situada ao n.m.m.. Assim, penso que fica claro que o radar de Coruche não cobre eficazmente o território até ao rio Douro. De facto, se o que se pretende (quer para fins meteorológicos, quer hidrológicos) é medir o campo da intensidade da precipitação em níveis baixos, não faz sentido esperar que tal seja possível a 200Km da estação!
2 - Tendo em atenção o que precede fica claro que o território continental necessita de 3 radares Doppler para uma eficaz cobertura meteorológica.
3 - Idealmente os 3 sistemas de radar deveriam ser instalados em simultâneo (ou quase), tendo em vista proteger as respectivas áreas de cobertura. Todas elas são habitadas por cidadãos portugueses (e não só) e são Portugal.
No entanto, atendendo a uma sempre necessária gestão de recursos (humanos e materiais), foi necessário obedecer a uma série de critérios a que já tive oportunidade de me referir em tempos. O regime torrencial da precipitação no nosso território, acentua-se para sul...este facto justificou, apenas numa óptica de gestão de recursos, o início pela zona de Lisboa e do Algarve.
No norte, em especial no noroeste, os valores da precipitação média anual são os mais elevados do território, mas estão essencialmente associados à passagem de sistemas frontais, num regime relativamente "bem comportado". No sul, os fenómenos de cheia repentina podem ser mais gravosos, embora eles também possam ocorrer no norte.
Por outro lado, a razão pelo qual o radar ficará em Arouca, não se prende apenas com a distância ao litoral...mas também com a localização de parques eólicos. Estes parques de aerogeradores colocam sérios problemas à eficácia da exploração operacional com radares (meteorológicos e não só e em toda a Europa, não apenas em Portugal).
Vince desculpa mas tu como terráqueo deves saber que vai uma enorme diferença entre ter uma má cobertura de radar e não ter nenhuma cobertura de radar. E não vou discutir sobre isso.
Mesmo com radar no norte haverá blind zones, basta olhar para uma qualquer carta hipsométrica. Mas tentar discutir um assunto de forma séria contigo é como discutir com paredes.
As vossas apreciações conjugadas se o Norte não tem, porque irá os Madeirenses terem é revoltante... Não me agrada embora já tive uma namorada do Porto e sei bem a discriminação que desde a republica portuguesa de Lisboa contra o Norte é gritante mas não é só na meteorologia mas é em tudo. Se o GR, entidades e instituições estão empenhados para que seja colocado o radar na Madeira só gostava que a apreciação do lugar tivesse sido feito de forma séria e de forma a ajudar...
Tenho pena
Governos estão em negociações para instalação de radar meteorológico na Madeira. Pico do Areeiro foi local escolhido.
A Madeira vai ter finalmente um radar com vista a antecipar fenómenos meteorológicos extremos. A garantia foi dada hoje pelo ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, na Assembleia da República.
O governante respondia assim a uma pergunta do deputado do CDS-PP, eleito pela Madeira, José Manuel Rodrigues.
Mariano Gago revelou que as negociações sobre esta matéria já estão a decorrer, quer com o Governo Regional, quer com as autoridades militares, já que ficou decidido que o radar meteorológico ficará junto às instalações do radar militar, por uma questão de poupança de tempo e de investimento em infra-estruturas.
O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, soube, ontem, que a proposta de Orçamento de Estado para 2011 contempla as verbas para a construção do radar meteorológico, previsto para o Pico do Arieiro.
A informação foi prestada ao líder madeirense pelo delegado regional do Instituto de Meteorologia, Vítor Prior, durante uma visita ao Observatório do Funchal, no Lazareto. «É uma informação que não me surpreende porque o ministro da Ciência e Tecnologia é uma pessoa que tem honrado sempre a sua palavra», declarou Jardim.
De acordo com o líder madeirense «há um assentimento dos ministérios envolvidos sob o ponto de vista da situação, a Defesa e a Ciência e Tecnologia, mas agora estão a trocar as correspondências, mas como sabem, a burocracia de Lisboa é mais lenta do que a burocracia da Região».
Na oportunidade, o responsável pelo Observatório revelou que o projecto está avaliado em cerca de dois milhões de euros e que «está incluído no Orçamento do Estado para o próximo ano». Revelação que deixou o presidente do Governo Regional satisfeito.
Sobre a instalação do radar meteorológico no Pico do Arieiro, Alberto João Jardim garantiu que o mesmo «não está em causa», reiterando que «há acordo de toda a gente, Governo Regional e ministérios, o problema agora é andar depressa».
De acordo com o líder regional, o equipamento projectado para o Pico do Arieiro, não pode afectar o radar de defesa que está em fase de conclusão naquela zona, devendo ficar instalado a uma cota mais baixa.
Novas estações melhoram cobertura meteorológica
Durante a visita ao Observatório Meteorológico do Funchal, o presidente do Governo Regional, acompanhado pelo vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, Bruno Pereira, inteirou-se dos aspectos relacionados com a intervenção feita na Madeira pelo Instituto de Meteorologia ao nível da remodelação e no equipamento, nos últimos meses, cujos investimentos orçaram os 450 mil euros.
No último ano foram instaladas sete estações meteorológicas automáticas, cinco das quais em Agosto - São Vicente, Bica da Cana, Quinta Grande, Santana e Santo da Serra. Destas, apenas a estação do Santo da Serra foi dotada de equipamentos de observação do vento.
Questionado diversas vezes pelo presidente do Governo Regional sobre aspectos da meteorologia, Vítor Prior afiançou que, neste momento, a cobertura regional é muito boa, visto abranger todos os quadrantes do arquipélago.
Recordou que até Julho de 2009, a região dispunha de sete estações meteorológicas, tendo duplicado o número desses equipamentos, garantindo dessa forma uma melhor preparação para enfrentar fenómenos atmosféricos.
20 de Fevereiro redefiniu localização das estações
O responsável pelo Observatório Meteorológico do Funchal reconheceu que a localização de algumas das estações foram redefinidas após o temporal de 20 de Fevereiro.
Tal como referiu Vítor Prior «a localização estava prevista para outros sítios, mas o 20 de Fevereiro alertou-nos para as colocar em sítios tecnicamente mais adequados, nomeadamente na Quinta Grande e São Vicente».
No final do encontro, Jardim enalteceu e agradeceu o entusiasmo do delegado regional do IM nas melhorias introduzidas nos equipamentos e nas condições de trabalho.
«Temos que ser positivos. Temos investido muito na vigilância e a pensar no que aconteceu este ano que não foi agradável e que está muito recente na memória de toda a gente», sublinhou Vítor Prior.
Já choveu mais este mês que em Outubro de 2009
Questionado pelos jornalistas sobre os investimentos que gostaria de concretizar na Região até ao final da sua função, o responsável pelo Observatório do Funchal referiu: «Penso que só sairei quando tiver o radar».
Durante a explicação técnica sobre os modelos de vigilância dos fenómenos atmosféricos, Vítor Prior admitiu ao líder madeirense alterar a fórmula da previsão do estado do tempo na Madeira. «É que de manhã está sol e à tarde pode ficar nublado e os senhores dizem que para esse dia o céu vai estar geralmente muito nublado, sem mencionar as abertas», observou Jardim. O responsável pelo Observatório concordou com a possibilidade de proceder à alteração.
Vítor Prior revelou ainda que a precipitação deste mês será na ordem dos 69 milímetros, superior à do ano passado, e que a temperatura média na Madeira em 2009 foi superior à registada em 2010, embora tenha aumentado nos últimos anos entre 0,5 a 0,7 graus.
A obra
O Observatório Meteorológico do Funchal, localizado no sítio do Lazareto, assim como dos Centros Meteorológicos dos Aeroportos da Madeira e do Porto Santo foram alvo de remodelações de infra-estruturas e equipamentos.
Actualmente, no Observatório Meteorológico do Funchal está a ser recebida informação meteorológica de 14 estações automáticas, das quais duas foram instaladas em Agosto de 2009 (Caniçal e Lombo da Terça) e 5 em Agosto de 2010 (Santana, Santo da Serra, Quinta Grande, Bica da Cana e São Vicente). A referida informação permitirá melhorar a previsão e vigilância meteorológica na Madeira assim como contribuir para estudos técnicos e científicos sobre o clima na Região.
http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=17&id=165410&sdata=2010-10-21