Re: Seg. Especial Chuva e Trovoadas de 21 a 25 Fevereiro 2008
O mar no Algarve já começou a fazer das suas.
Mar volta a assustar Praia de Alvor
Os proprietários dos dois apoios de praia ameaçados pelo mar na terça-feira, na Praia de Alvor, voltaram a ficar em sobressalto na tarde de sexta-feira, com o avanço da maré.
A areia reposta por duas máquinas da Câmara de Portimão, ao longo de mais de trinta horas, foi totalmente levada pelo mar, deixando a descoberto quase cinco metros da estacaria que sustenta os restaurantes «Tobias» e «Trópico».
«Os maquinistas têm sido incansáveis, apesar de saberem que o mar leva tudo», comentava Manuel Tobias, um dos proprietários, pouco depois das 17 horas, altura em que o maior perigo já havia passado com o início da vazante.
O problema, nesta fase, é o vento forte que se faz sentir: «tanto peso sobre as estacas descobertas pode fazer ceder a estrutura».
Por isso mesmo, as duas escavadoras contratadas pela autarquia vão voltar ao trabalho de reposição, assim que a maré o permita.
«Esta noite, a preia-mar será ainda mais alta e, com o vento forte que se espera, vamos voltar a ter do mesmo», teme o proprietário do «Trópico», Rui Inácio.
O próprio presidente da Câmara de Portimão Manuel da Luz deslocou-se, esta tarde, ao local, para exigir uma resolução do problema à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
«A Câmara não tem informação da CCDR, mas sinto que estão a acompanhar o caso, razão pela qual deixo o desafio para que promovam soluções mais estáveis [para o Litoral], em vez das recargas de areias», disse o autarca.
Manuel da Luz disse inclusivamente ter sido já contactado por uma empresa responsável pela promoção de um sistema mecânico de defesa de praias, que considerou representar «um investimento barato e de manutenção que compensa».
«Isto agora é um tira-e-põe que não leva a lado nenhum, parece que estamos acomodados e não podemos estar», reforçou o autarca.
Contactada pelo barlavento.online, fonte da CCDR adiantou ter prevista uma operação de reposição de areias em 2009, considerando que, depois desta fase crítica, «haverá reposição natural das areias».
Os proprietários dos dois apoios de praia temem, ainda assim, que este Verão não haja praia. «Em apenas 15 dias, desapareceram os 150 metros de praia e uma altura de 4,5 metros de areias. Perguntamo-nos qual a entidade que nos vai assegurar a época balnear», reforçou Manuel Tobias.
Os prejuízos, para já, limitam-se a uma intervenção de reforço da estacaria e às passadeiras levadas pelo mar. Mas, refere Rui Inácio, «se a estrutura ceder ou mesmo cair, não sei quanto poderão aumentar».
Fonte: Barlavento Online