Se nada mudasse até lá , penso que grande parte do interior Norte e Centro acordaria pintado de branco de segunda para terça-feira...!
Poderá acontecer um nevão muito importante, com vários cm de neve em vários locais do interior norte e centro, mesmo a cotas médias/ baixas. Já há muito tempo que não ocorre nada como aquilo que está a ser modelado, teríamos tudo, frio a todos os níveis e precipitação com fartura.
Após a frente de amanhã ao fim do dia, instala-se bastante ar frio nos níveis mais baixos, transportado no pós-frontal. As temperaturas a 850 hpa descerão para valores entre os -2 e os -4ºC a norte do Tejo, podendo a iso 0 chegar ao Algarve. Mesmo nesta fase, e apesar de haver ainda pouco frio instalado à superfície e da temperatura a 500 hpa ainda não ser excepcionalmente baixa, poderão ocorrer alguns aguaceiros de neve acima dos 500 m em Trás-os-Montes e dos 800/1000 m no Litoral Norte e Beira Interior (neste momento a precipitação prevista é escassa).
No fim do dia de segunda-feira, prevê-se a chegada de outra frente, associada a uma depressão que deverá entrar pelo norte de Espanha (Galiza ou Astúrias) e deslocar-se para SE até se instalar no Mediterrâneo. Nesta fase, como sucede sempre que entra uma massa de ar marítimo, a temperatura deverá subir um pouco, mas o ângulo de ataque da frente (sempre com vento de oeste ou noroeste) favorece a manutenção do frio nos níveis baixos nas regiões do interior, protegidas pelas cadeias montanhosas a barlavento. Então, a temperatura subiria, mas não o suficiente para a cota de neve ultrapassar os 600/800 m em todo o interior norte do país. Esta situação é excepcional para os amantes da neve, pois a frente tem alguma actividade (entre os 10 e os 20 mm) e poderia provocar um dos maiores nevões dos últimos anos em cidades como Bragança e Guarda, e até mesmo com um pouco de sorte, Vila Real.
Após a frente, instala-se outro pós-frontal, agora com muito ar frio a 500 hpa, temperaturas entre os -30 e os -35ºC no norte e centro do país, descendo aí a cota de neve para valores baixíssimos nos distritos do Interior Norte e Centro, e até no Alto Minho (200/400 m, sendo que no distrito de Bragança até pode ser a qualquer cota). A temperatura a 500 hpa permite ainda a manutenção da instabilidade, que mantém previsão de bastante precipitação mesmo com a massa de ar frio já totalmente instalada.
Nas últimas saídas o posicionamento da bolsa de ar frio a 500 hpa tem oscilado bastante, e esse factor é o mais decisivo, uma vez que a temperatura a 850 hpa e a precipitação têm sido modeladas de forma consistente nos últimos dias. Esta análise é efectuada com base na run do GFS das 12z, outros modelos há, como o GEM e o ECMWF que têm a bolsa de ar frio mais a oeste, o que poderia fazer baixar ainda mais as cotas, abrangendo outras regiões que eu não mencionei, como as serras do pinhal interior e a região de Portalegre, por exemplo. As saídas de ontem do GFS, pelo contrário, metiam a bolsa fria mais a este, e nesse caso as cotas seriam bastante mais elevadas do que as mencionadas.
Apesar da Run do GFS18Z ser sempre algo exagerada , alguem sabe a que horas sai ?
Terça quero ir a um destes sitios , qual o mais acoonselhavel para um evento de neve ? Marao , freita , ir para montalegre ?
David na tua análise falas.te no pos-frontal mas só do que toca á neve! Eu gostava de saber se também trás aguaceiros de granizo acompanhados de trovoada, ou se é só aguaceiros?
Bem la vou ter de faltar ao trabalho terça a tarde para ir para a serra da Freita vê nevar, e bem possível nevar la não e?
Há várias coisas a ter em conta para que tudo corra bem. Sabemos que o GFS tem tendência para exagerar nas depressões e aquela que se formará a sul da Islândia com menos de 940mb parece-me um exagero, portanto as altas pressões podem não subir tanto e o frio ainda se pode chegar mais a oeste. Já esteve na Normandia.
Poderá acontecer um nevão muito importante, com vários cm de neve em vários locais do interior norte e centro, mesmo a cotas médias/ baixas. Já há muito tempo que não ocorre nada como aquilo que está a ser modelado, teríamos tudo, frio a todos os níveis e precipitação com fartura.
Após a frente de amanhã ao fim do dia, instala-se bastante ar frio nos níveis mais baixos, transportado no pós-frontal. As temperaturas a 850 hpa descerão para valores entre os -2 e os -4ºC a norte do Tejo, podendo a iso 0 chegar ao Algarve. Mesmo nesta fase, e apesar de haver ainda pouco frio instalado à superfície e da temperatura a 500 hpa ainda não ser excepcionalmente baixa, poderão ocorrer alguns aguaceiros de neve acima dos 500 m em Trás-os-Montes e dos 800/1000 m no Litoral Norte e Beira Interior (neste momento a precipitação prevista é escassa).
No fim do dia de segunda-feira, prevê-se a chegada de outra frente, associada a uma depressão que deverá entrar pelo norte de Espanha (Galiza ou Astúrias) e deslocar-se para SE até se instalar no Mediterrâneo. Nesta fase, como sucede sempre que entra uma massa de ar marítimo, a temperatura deverá subir um pouco, mas o ângulo de ataque da frente (sempre com vento de oeste ou noroeste) favorece a manutenção do frio nos níveis baixos nas regiões do interior, protegidas pelas cadeias montanhosas a barlavento. Então, a temperatura subiria, mas não o suficiente para a cota de neve ultrapassar os 600/800 m em todo o interior norte do país. Esta situação é excepcional para os amantes da neve, pois a frente tem alguma actividade (entre os 10 e os 20 mm) e poderia provocar um dos maiores nevões dos últimos anos em cidades como Bragança e Guarda, e até mesmo com um pouco de sorte, Vila Real.
Após a frente, instala-se outro pós-frontal, agora com muito ar frio a 500 hpa, temperaturas entre os -30 e os -35ºC no norte e centro do país, descendo aí a cota de neve para valores baixíssimos nos distritos do Interior Norte e Centro, e até no Alto Minho (200/400 m, sendo que no distrito de Bragança até pode ser a qualquer cota). A temperatura a 500 hpa permite ainda a manutenção da instabilidade, que mantém previsão de bastante precipitação mesmo com a massa de ar frio já totalmente instalada.
Nas últimas saídas o posicionamento da bolsa de ar frio a 500 hpa tem oscilado bastante, e esse factor é o mais decisivo, uma vez que a temperatura a 850 hpa e a precipitação têm sido modeladas de forma consistente nos últimos dias. Esta análise é efectuada com base na run do GFS das 12z, outros modelos há, como o GEM e o ECMWF que têm a bolsa de ar frio mais a oeste, o que poderia fazer baixar ainda mais as cotas, abrangendo outras regiões que eu não mencionei, como as serras do pinhal interior e a região de Portalegre, por exemplo. As saídas de ontem do GFS, pelo contrário, metiam a bolsa fria mais a este, e nesse caso as cotas seriam bastante mais elevadas do que as mencionadas.