Vários estados do Sul e Sudeste do México continuam inundados depois das chuvas recorde das últimas semanas, enquanto a tempestade tropical “Hermine” só provocou danos menores na sua passagem por Temaulipas, no Nordeste do país.
O presidente mexicano, Felipe Calderón, garantiu que este “foi o maior temporal de chuva na história” do México, durante uma visita a um dos estados mais afetados, o de Tabasco, onde em julho e agosto foi ultrapassado o recorde histórico de precipitação e superada em 3,5 vezes a média dos últimos anos.
Calderón expressou a sua “preocupação” depois de sobrevoar algumas zonas afetadas pelo temporal “raro” e comprovar a situação das centenas de milhares de sinistrados, falando num “nível inédito dos rios”.
Salientou, a propósito e em compensação, a realização das obras do plano hídrico efetuadas na zona, sem as quais, disse, muitos bairros estariam inundados “como acontecia frequentemente” no passado.
As infraestruturas “estão a funcionar e isso evitou catástrofes maiores, como a inundação da capital”, realçou.
Calderón recordou ainda que “o temporal de chuva em Tabasco intensifica-se em outubro, novembro e dezembro, pelo que isto ainda está longe de se dar por concluído”.
Na sua opinião, uma das causas “radicais” do que se está a passar é o aquecimento global, que produziu alterações “severas” na temperatura e no clima da Terra.
“Se há algum país onde as alterações climáticas tenham expressão é o México”, acrescentou Calderón, que exemplificou com o mês de julho, que em 2009 foi o segundo mais quente do país em 67 anos e, um ano depois, “foi o mês de julho mais chuvoso desde que há registos”.
Os estados mexicanos no Sul e Sudeste, como Oaxaca, Guerrero, Chiapas e Veracruz, continuam também a sofrer os efeitos das intempéries, com numerosas localidades inundadas e sem comunicação com o exterior.
A Cruz Vermelha começou hoje a pedir contribuições de ajuda em oito estados, para as enviar para o Nordeste, Leste e Sul do país.
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