Seguimento Incêndios - 2015

Concordo. A minha ideia na referência às condições engloba não só o comportamento do fogo mas também do combate. A temperatura e humidade condicionam o estado de secura do coberto vegetal e penso que isso pode influenciar a velocidade de propagação pois quanto mais seco mais rapidamente entra em combustão pelo contacto das chamas.
Sim, o estado de secura dos combustiveis florestais é naturalmente influenciado pela %hr e pelo nº de dias sem precipitação! Os combustiveis florestais podem ser divididos em grupos...uma das formas de os dividir é através do chamado Tempo de Retardação (lapso temporal que um determinado combustivel florestal demora a atingir a % de humidade da atmosfera envolvente)!
Assim, podemos ter combustiveis de 1 hora (vulgarmente designados por combustiveis finos, as herbaceas por ex, e que são responsaveis pela ignição e propagação do fogo), 10 horas (tojo, giestas, etc, e tambem responsaveis pela propagação), 100 horas e 1000 horas. Estes dois ultimos são combustiveis grossos, os ramos e os troncos das árvores respetivamente (por ex). Responsáveis pela consolidação da propagação, pela intensidade e energia libertada pelo fogo!
Claro que depois fatores como a exposição da encosta, hora do dia em que decorre o incêndio e tipo de combustivel (se é mato, pinhal, eucaliptal, etc) concorrem para a equação final que se traduz no chamado "Comportamento do fogo" e que deve ser o ponto fulcral quando se quer mitigar/resolver um grande incêndio florestal!
 
Eu daqui ainda observo uma grande colina de fumo, sobre a serra d'Aire, provavelmente será do incendio de Alcanede, mas ainda nao aparece nada na página da protecçao civil.
 
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Eu daqui ainda observo uma grande colina de fumo, sobre a serra d'Aire, provavelmente será do incendio de Alcanede, mas ainda nao aparece nada na página da protecçao civil.

Nem vai aparecer enquanto os meios mobilizados não atingirem o critério de ocorrência significativa. No histórico de hoje não aparece porque é um incêndio com início ontem, e no histórico de ontem, que foi emitido às 23:45 e não sei se se considera fechado, aparece como "em curso", claro. A minha dúvida é se o histórico do dia anterior é alterado quando um incêndio é concluído e encerrado no dia seguinte. Onde vai aparecer o encerramento?
Perante esta dúvida fica-se sem saber o estado presente daquela ocorrência, e é preciso recorrer a observação directa ou outros meios.
O que é certo é que figura ainda na página da AFIS:
4IH5iWz.jpg


E entre Rio Maior e Cadaval, perto da localidade de Venda do Freixo, Alguber, distrito de Lisboa, lavra outro desde as 23:32 de ontem e que também não se consegue saber o estado pois no histórico de ontem aparece com "despacho de 1ºalerta" e no de hoje nada.
A descrição do histórico diário não ajuda a perceber como funciona a informação de conclusão que ocorre em dia seguinte:
– Histórico diário de incêndios rurais – Total de incêndios por dia, com caraterização detalhada do local, estado de evolução, meios envolvidos e tipo de ocorrência (povoamento, inculto ou agrícola) de todos os incêndios registados durante o dia, permanecendo a informação desse histórico desde o início do ano, até ao momento (atualização periódica ao longo do dia). Esta informação está associada à ocorrência e associada em tabela e mapa por distrito.
 
Última edição:
Já não consigo observar o incendio na serra desde há algum tempo:huh:
Algumas fotos tiradas à distância, às 11h e 11.40h, respectivamente.

Obrigado pelas informações e observações. Se não fosse isto continuávamos na dúvida, a página do Prociv não esclarece o que acontece aos incêndios iniciados nos dias anteriores e que no fecho do histórico diário continuam em curso.
 
Obrigado pelas informações e observações. Se não fosse isto continuávamos na dúvida, a página do Prociv não esclarece o que acontece aos incêndios iniciados nos dias anteriores e que no fecho do histórico diário continuam em curso.


Provavelmente irão continuar no histórico do dia em que teve inicio, porque a data de Inicio nunca é alterada.

Por exemplo, o incêndio de Coimbra, de ontem, já esteve em Vigilância, e passou novamente a "Em Curso" pois o mesmo teve uma forte reativação.

Entretanto já está novamente em Conclusão!
 
Provavelmente irão continuar no histórico do dia em que teve inicio, porque a data de Inicio nunca é alterada.

Por exemplo, o incêndio de Coimbra, de ontem, já esteve em Vigilância, e passou novamente a "Em Curso" pois o mesmo teve uma forte reativação.

Entretanto já está novamente em Conclusão!

Não estou a perceber: refiro-me em particular ao incêndio de Alcanede que teve início às13:55 do dia 25 (ontem) e que mantém o estado de "em curso" no histórico do dia 25; não aparece nos históricos de hoje dia 26.

E quanto a este
E entre Rio Maior e Cadaval, perto da localidade de Venda do Freixo, Alguber, distrito de Lisboa, lavra outro desde as 23:32 de ontem e que também não se consegue saber o estado pois no histórico de ontem aparece com "despacho de 1ºalerta" e no de hoje nada.
também não se consegue saber o estado. Continua em "despacho de 1º alerta"? O que quer isso dizer?

Estes históricos tornam-se confusos assim. Essa mudança de estado do incêndio de Coimbra apareceu hoje onde? Quer dizer que o PDF emitido ontem às 23:45 foi editado e modificado hoje, sem indicação da data hora da actualização?
 
Visualmente o incendio de Nisa acalmou e muito com a entrada da noite ou ao por do sol! Situa-se mesmo a norte da Subestacao da EDP da Falagueira! Envolveu 3 meios aereos: 2 avioes ligeiros e 1helicoptero! Esta' em fase de rescaldo!

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Bombeiros alarmados com falta de helicópteros

Os quatro helicópteros Kamov que este ano não deverão estar disponíveis durante a fase Charlie - a mais crítica para os fogos florestais e que começa já na quarta-feira - podem comprometer a resposta aos incêndios. «É preocupante. O dispositivo de combate, o maior já preparado, foi pensado para fazer face às necessidades detectadas no terreno», explica o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Soares. «Se em vez de 49 aeronaves disponíveis temos 45, há meios a menos», avisa, explicando que os meios aéreos estão preparados para actuar em zonas específicas, nomeadamente as de difícil acesso por via terrestre.


Kamov 'não são confiáveis'

A questão, considera ainda Jaime Soares, não é os Kamov não estarem operacionais, mas a própria redução dos meios complementares. «Não sabemos se o único Kamov que resta irá funcionar ou não depois de uma operação. São meios pouco confiáveis, que exigem uma grande especialização e que têm custos de manutenção elevadíssimos. E estiveram mais de 1.200 horas parados», refere.

O responsável vai mais longe, defendendo que estes helicópteros, comprados pelo Estado português à Rússia há oito anos, deveriam ser trocados por outros, com a mesma capacidade mas mais rápidos. E que não tenham custos de manutenção «tão exagerados».

Aliás, e segundo noticiou o SOL no início deste mês, foram mais de 200 as desconformidades detectadas nos Kamov, numa auditoria realizada pela empresa vencedora do concurso público para a sua manutenção. Fontes do sector estimaram então que ter as aeronaves a funcionar em condições de segurança custaria quatro milhões de euros.

Num ano em que a GNR registou já quase nove mil ocorrências de incêndio (8.955, mais 4.574, que em período homólogo de 2014), «todos os meios fazem falta», sublinha o responsável da LBP. Continua por esclarecer, porém, se os Kamov estarão operacionais a tempo.

Caso isso não aconteça, o Ministério da Administração Interna (MAI) admite recorrer a meios externos. O MAI «está empenhado na eventual contratação de meios adicionais considerados, do ponto de vista operacional, necessários para substituir os que estiverem em falta», anunciou no Parlamento, na quarta-feira, a ministra Anabela Rodrigues.

O MAI já tinha admitido a possibilidade de nenhum dos meios avariados estar operacional ainda este Verão, tendo aberto um inquérito: «O MAI está empenhado no apuramento total das responsabilidades através do inquérito que foi determinado à Inspecção-geral da Administração Interna (IGAI)», insistiu a ministra.

Cabe agora à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), que adjudicou recentemente a manutenção dos seus meios aéreos à Everjets, «recuperar as aeronaves para que possam integrar o mais rapidamente possível o dispositivo de combate a incêndios florestais», acrescentou ainda Anabela Rodrigues.

Protecção Civil tranquila

Ao SOL, fonte oficial da ANPC assegura que a falta destes helicópteros não colocará em risco a defesa contra os incêndios este Verão. «A 'geometria flexível' que caracteriza o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) dá-nos confiança e tranquilidade quanto à capacidade de respondermos com eficiência e eficácia às exigências das situações operacionais», garante.

Em termos de meios aéreos, o DECIF contempla este ano, tanto para ataque inicial como ampliado (quando o fogo já se propagou), seis aviões bombardeiros médios, dois bombardeiros pesados (Canadair), 28 helicópteros bombardeiros ligeiros (Ecureuil), oito helicópteros bombardeiros médios (Bell 212 ou equivalente) e um helicóptero bombardeiro pesado Kamov (uma vez que quatro não estão operacionais). Destes meios aéreos, são propriedade do Estado os Kamov e os Ecureil, sendo os demais alugados.

Fonte da ANPC sublinha que os meios aéreos não são a única linha de combate aos incêndios: «Há toda uma outra panóplia de meios, sejam terrestres sejam outras aeronaves, que concorrem e capacitam o DECIF para poder dar uma resposta cabal às exigências do combate aos incêndios florestais».

http://www.sol.pt/noticia/399490
 
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