Vendo a localização das aldeias evacuadas... é dantesca a dimensão do fogo. Largos quilometros de frentes...
Vendo a localização das aldeias evacuadas... é dantesca a dimensão do fogo. Largos quilometros de frentes...
Os meus avós e seus antepassados em oleiros (cbranco) assim como toda a região onde se unem os concelhos de oleiros, Sertã e proença-a-nova, na Serra de alvéolos / cabeço rainho, viviam dos castanheiros. Empregavam muita gente na apanha, e lembro-me que a cozinha era na verdade um fumeiro para castanha, que assim era conservada e vendida às sacas. Depois veio a doença da tinta, os pinheiros que davam madeira e resina, e a partir dos anos 80 os incêndios! Portanto há aqui um fio condutor entre o sucesso sustentável, o azar das doenças, depois o remédio (resinagem), o lucro facil (eucalipto) e por fim os incêndios e o envelhecimento /abandono das aldeias.A área com aptidão para o castanheiro em Portugal, que ainda não o tenha ou que não implique sacrificar outros usos do solo, é infelizmente pouca e com a evolução prevista das alterações climáticas muitas das áreas que tem atualmente castenheiros deixaram de ter condições para os ter... Para além do Nordeste transmontano, Planalto beirão e região do Barroso as restantes áreas com viabilidade económica para o castanheiros são de reduzida expressão.
Deverá chegar um pouco à encosta ocidental na próxima madrugada, mas na zona onde está a ocorrer o incêndio nem por isso...Está previsto a chuva chegar a zona da serra da estrela??
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Não faço a mínima ideia de como os bombeiros fazem os rescaldo, se o mesmo é limitado à orla da área ardida e à beira das estradas principais, então o risco de reacendimento é pouco atenuado. Já vi árvores velhas a esfumaçar junto às raízes, 2 semanas após o incêndio. Ou seja, 2 palmos abaixo da cinza/terra continuam a queimar lentamente em braza. Basta haver vento forte, para levantar a cinza, chegar oxigénio e reacender, depois o próprio vento transporta as fagulhas para zonas fora do perimetro.Pergunta de leigo: como é possível um reacendimento acontecer com tanta violência assim? O fogo foi dado como circunscrito, mantiveram-se os operacionais no terreno e, ainda assim, houve um reacendimento desta magnitude?
no Marão foi registado um reacendimento 14 dias depois do incendio...se isso é incendiarismo...neste da Estrela ha registo de uma segunda ignição a varios kms de distancia que foi salto de uma primeira reativação!Reacendimento com 3 ignições ao mesmo tempo segundo o comandante da protecção civil, para mim, foi fogo posto. Este ano, a Estrela, Tomar, Pombal e Marão são para arder.
o rescaldo é feito cada vez mais com recurso a maquinas de rasto, mas o problema é onde elas não vão! Em Portugal (a exceção das equipas de sapadores florestais e força especial de bbs) não ha cultura de trabalho com ferramentas manuais nos rescaldos. Apenas usam agua! Basicamente despejam carros de agua e de meios aereos...o problema são estes anos de seca severa...não adianta! Depos ficam a fazer vigilancia, mas em kms de rescaldo, quando os carros chegam ja o reacendimento vai longe...Não faço a mínima ideia de como os bombeiros fazem os rescaldo, se o mesmo é limitado à orla da área ardida e à beira das estradas principais, então o risco de reacendimento é pouco atenuado. Já vi árvores velhas a esfumaçar junto às raízes, 2 semanas após o incêndio. Ou seja, 2 palmos abaixo da cinza/terra continuam a queimar lentamente em braza. Basta haver vento forte, para levantar a cinza, chegar oxigénio e reacender, depois o próprio vento transporta as fagulhas para zonas fora do perimetro.