Seguimento - Incêndios 2022

A terrivel sensação de que já nada da Natureza neste país está a salvo. Nem zonas protegidas, Parques Naturais, Parque Nacional, Paisagens protegidas, reservas, etc. Tudo pode ser destruído e nada pode ser feito para o impedir, nada é eficaz, nada se consegue evitar. Habitat de animais e plantas, nada importa, vai tudo à frente. Agora, quando se vai a qualquer lado em que ainda haja vida natural, o sentimento é sempre o mesmo: se calhar para o ano isto já desapareceu. Quantos sítios já desapareceram, outros reduzidos, tantos fragilizados, e tantas outras áreas cobiçadas. Já nada se pode garantir que vá ficar preservado.
 
Autarca de Vila Real apela à população para se autoproteger

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, fez um apelo às populações para se autoprotegerem devido ao incêndio que deflagrou hoje na Samardã, serra do Alvão, e lavra em três frentes com grande intensidade.

"E com o aproximar da noite deixo aqui um apelo. Não é possível a GNR, os bombeiros, a PSP, o ICNF estarem em todos os lados ao mesmo tempo, as frentes são múltiplas e deixo aqui um apelo à população para se autoproteger, para ter muito cuidado, muita atenção para nunca, em caso algum, se colocar em risco de vida e para, sempre que possível, proteger também os seus bens", afirmou Rui Santos, num ponto de situação do incêndio pelas 18:00.
O autarca salientou que, com o aproximar da noite, a sua preocupação "é grande".
Eu vejo que os meios humanos e os meios materiais são finitos, a extensão deste incêndio é, como se vê, brutal, o vento sopra a uma velocidade muito elevada e em diferentes direções, as condições são propícias para que o incêndio avance. Volto a reforçar um apelo para que todos tenham cuidado", sublinhou.

O autarca disse que há três frentes de incêndio, uma a caminho do concelho de Vila Pouca de Aguiar, outra da freguesia de São Tomé do Castelo e Justes e outra ainda a caminho da cidade de Vila Real.

"Há algumas aldeias que nos merecem muita preocupação, a noite está-se a aproximar, os meios aéreos têm sentido dificuldade em atuar com precisão, até porque o fumo não o permite", referiu, adiantando ainda que estão "preparados para todos os cenários, se for necessário haver evacuações".

Segundo Rui Santos, este "incêndio começou logo pela manhã, com quatro pontos de ignição, teve uma frente inicial de cerca de três quilómetros, uma progressão muito, muito rápida".
"As condições meteorológicas, como o vento, o calor, mas também os materiais muito secos permitiram que esse crescimento do fogo fosse com uma rapidez inaudita", frisou.
Segundo o `site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção (ANEPC), para o local estavam mobilizados, pelas 18:30, 365 operacionais, 106 viaturas e dois meios aéreos.
"Os meios nunca chegam dada a dimensão deste problema, mas são os meios que temos, os meios são finitos. E todos nós somos agentes de Proteção Civil. Todos nós temos a obrigação e dar uma ajuda, nem que não seja mais do que nos protegermos a nós próprios e essa já é uma ajuda importante para aqueles que trabalho ao incêndio de possam centrar naquilo que é a sua função principal, que é extinguir o incêndio", salientou.

Esta zona foi atingida por grandes incêndios em 2005 e em 2013.
"Não é por acaso que hoje, um dia com este vento, com esta temperatura, em que o país está em estado de alerto, não é por acaso que este incêndio surgiu com quatro ignições espaçadas, mas todas na mesma área", afirmou Rui Santos.

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Nao percebo como não se encerra a linha atempadamente....

Boa noite e desculpe a resposta tardia e com algumas outras publicações pelo meio. A questão prende-se com as linhas por vezes passarem em locais, passo a expressão, remotos. Naquele caso acredito que o colega foi o primeiro a passar no local. Não havendo catenária ou infraestrutura a arder, o Centro de Contro operacional pode não saber sequer do incêndio. Como tal, o CCO nestas situações ou é avisado por autoridades ou então depende exclusivamente dos maquinistas que somos os olhos deles no local. E entre o colega reportar o incêndio e o CCO Suspender a circulação, por vezes ainda decorre algum tempo, além de ter que ser avaliado por várias entidades. (geralmente é decretada marcha à vista no local, e depois de novo report é confirmada a suspensão da circulação).

Espero ter sido minimamente claro na explicação.
 
A terrivel sensação de que já nada da Natureza neste país está a salvo. Nem zonas protegidas, Parques Naturais, Parque Nacional, Paisagens protegidas, reservas, etc. Tudo pode ser destruído e nada pode ser feito para o impedir, nada é eficaz, nada se consegue evitar. Habitat de animais e plantas, nada importa, vai tudo à frente. Agora, quando se vai a qualquer lado em que ainda haja vida natural, o sentimento é sempre o mesmo: se calhar para o ano isto já desapareceu. Quantos sítios já desapareceram, outros reduzidos, tantos fragilizados, e tantas outras áreas cobiçadas. Já nada se pode garantir que vá ficar preservado.
Comparto a opiniao. Penso que podia se fazer muito melhor em 2 aspetos :
1/ dar prioridade e mais meios (prevençao e combate) nas zonas com valor ambiental (fauna, flora, turismo, paisagem...). Hoje parece que nao ha differencias de politica que os incendios afetem o parque do geres...o um eucaliptal qualquer
2/ obrigar a ter uma faixa de proteçao entre todas as construçoes (habitaçoes, fabricas, estradas, via ferroviaria...) e as zonas com risco importante de incendio (eucalipto, pinheiro...) : para salvar habitaçoes e fabricas que estao no meio de floresta ou plantaçoes de eucaliptos, utilisa-se muitas vezes todos os meios de combate... que nao podem ser utilisados para apagar o fogo.
 
Boa noite e desculpe a resposta tardia e com algumas outras publicações pelo meio. A questão prende-se com as linhas por vezes passarem em locais, passo a expressão, remotos. Naquele caso acredito que o colega foi o primeiro a passar no local. Não havendo catenária ou infraestrutura a arder, o Centro de Contro operacional pode não saber sequer do incêndio. Como tal, o CCO nestas situações ou é avisado por autoridades ou então depende exclusivamente dos maquinistas que somos os olhos deles no local. E entre o colega reportar o incêndio e o CCO Suspender a circulação, por vezes ainda decorre algum tempo, além de ter que ser avaliado por várias entidades. (geralmente é decretada marcha à vista no local, e depois de novo report é confirmada a suspensão da circulação).

Espero ter sido minimamente claro na explicação.
Obrigado pela resoosta!
Compreendo que suspender a circulação de uma linha ferroviária (ainda para mais a do Norte) requira uma série de etapas...
Mesmo assim, acho inadmissível assistirmos áquilo que foi gravado aquando do incêndio de Ourém. Dá para perceber que toda a gente ficou assustada (até por relatos no Twitter) e, secalhar, poderia ter corrido muito mal....
 
Nova ocorrência em Ourém, ainda não apanharam o pirómano.

Incêndio no Caldeirão esta madrugada em Salir, certamente foi milagre.
 
Nova ocorrência em Ourém, ainda não apanharam o pirómano.

Incêndio no Caldeirão esta madrugada em Salir, certamente foi milagre.
Foi nos Montes Novos ( pleno coração da serra do caldeirão) à 1h38 da madrugrada !
Parece que a moda está a pegar!
Epah não se compreende isto...um carro que pegou fogo? Vinha a abrir pelas curvas do caldeirão...
 
Foi nos Montes Novos ( pleno coração da serra do caldeirão) à 1h38 da madrugrada !
Parece que a moda está a pegar!
Epah não se compreende isto...um carro que pegou fogo? Vinha a abrir pelas curvas do caldeirão...
Só tinha visto a ocorrência, agora é que vi que é na estrada do Barranco Velho para Cachopo, pensava que pertencia ao concelho de São Brás ou Tavira, porque ficava a leste de Barranco Velho, esta divisão de concelhos na serra nunca se sabe bem a que pertence.

Alguma beata atirada pela janela do carro, isso tem umas curvas um pouco apertadas para vir a abrir, digo eu quando passo por aí, venho sempre nas calmas. :lol:
 

Governo diz que "Parque Natural da Serra da Estrela vai ficar melhor do que estava".​


Hoje às 14:01.

A ministra da presidência, Mariana Vieira da Silva, garante que a a "valorização, a recuperação e o desenvolvimento, além do que já existia, é uma prioridade deste Governo" para os territórios afetados pelo incêndio na serra da Estrela e anunciou que será declarado o estado de calamidade na região da serra da Estrela.


:palmas:


Não fosse isto demasiado grave e triste e dava para rir...com que então vai ficar melhor do que o que estava?

Melhor como Pedrogão, Monchique, Pinhal de Leiria, (melhorou imenso depois do grande incêndio este pinhal :rolleyes: ) ...etc?

Vê-se mesmo que andam a brincar e a iludir.. até parece que o que aconteceu foi bom... se vai ficar melhor...:unsure:

Daqui a quantos anos se recuperam as árvores multi-centenárias e toda uma fauna e flora protegidas que desapareceram ou ficaram sériamente afectadas?

Espera, vão colocar calçada portuguesa na serra, acimentar, e assim nunca mais arde... ou será que ainda vão nascer (ao contrário de árvores) uns empreendimentos hoteleiros de luxo, agora que o fogo "limpou" muito terreno? :unsure:

Siga a comédia... :disgust:
 
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