Sem dúvida que tens razão. Estava a pensar mais na mata alta que desde o Gong ficou aberta em muitos pontos e que expôs árvores que se habituaram a crescer entre as outras, árvores de porte aprumado, pinheiros bravos, ciprestes, etc. São essas que agora tenho visto a cair regularmente, por estarem isoladas ou na periferia. Subindo desde a Malveira da Serra quer pela estrada quer pelos caminhos encontram-se frequentemente. Do lado poente da Peninha a periferia da floresta adaptou-se muito bem, como referes, ao vento: a periferia começa com árvores baixas, raquíticas, abaixadas e retorcidas pelo vento e depois gradualmente vai aumentando de porte e é densa. Nessas condições a mata é muito resistente, faz o vento passsar por cima das copas. É junto às estradas e clareiras que começa a devastação. A floresta das Pedras Irmãs por exemplo parece-me condenada porque com o Gong caíram inúmeras árvores a partir da periferia junto a estradas e caminhos. Os grandes exemplares estão agora expostos e o efeito de dominó vai continuar.
Esse tópico é muito interessante, a adaptação das árvores ao vento, terei várias fotos sobre o assunto. Desde o Cabo da Roca para norte então, os pequenos bosques e mesmo a vegetação arbustiva são exemplos notáveis, culminando claro nos espectaculares pinheiros retorcidos do litoral de Leiria, S.Pedro de Moel, etc.