Sem dúvida, esse foi sempre aliás o grande problema das matas de Sintra, a introdução de espécies. Uma das matas mais resistentes ao vento é por exemplo a que rodeia o Castelo dos Mouros, no exterior das muralhas de nordeste a noroeste mas bem lá em cima, na zona do Penedo da Amizade. As matas originais dos cimos de Sintra eram sempre de baixa estatura, entrelaçavam-se com os penedos e umas ás outras, rastejavam mesmo. Agora que as espécies introduzidas atingem alturas enormes e a mata perde densidade parece irremediável que acabe por desaparecer dos cimos. No entanto é preocupante notar que os eucaliptos apesar da sua altura descomunal (são a segunda espécie com mais altos exemplares em todo o mundo a seguir às sequóias) vão ser capazes de resistir muito melhor ao vento. Embora constituídas principalmente por Cupressus Lusitanicus (que não são de qualquer modo autóctones, apesar do nome), as matas da Peninha mais ocidentais, muitas são pouco conhecidas, adaptaram-se no seu porte e inclusivamente o solo foi capaz de produzir um coberto notável devido à pouca altura das copas; aprenderam mesmo a rastejar e a criar copas do tipo almofada para resistir ao vento. Essa mata é das mais sustentáveis e regenera-se continuamente.