jamestorm
Cumulonimbus
O Pinhal de Leira embora monocultura é com flora autóctone (alguns pinheiros sao autóctones) e tem razões históricas e valor ecológico mais que suficiente para ser preservado. Esqueceste-te de falar do maior culpado por estes incêndios e essa sim, não só uma monocultura perigosa, mas sobretudo uma verdadeira praga: O EUCALIPTO.
O pinhal tem ardido desde sempre. Arde mais agora porque com o abandono do modo de vida tradicional ninguém trata das terras.
O momento em que todo o país ficasse em chamas era uma questão de tempo pois bastaria as condições certas para que tal acontecesse:
1- Seca prolongada
2- Temperaturas e ventos fora do comum
3- Acontecimento fora de época onde a protecção civil estava desadequada
Nunca tal aconteceu na globalidade do país ao mesmo tempo. Bastaria ter vindo chuva UM DIA nas duas semanas anteriores para que isso não fosse possível.
Nunca antes, pelo menos na minha memória, vi a integridade do território estar em seca extrema sem um evento decente de chuva há quase meio ano.
De resto, o pinhal de Leiria não deixa de ser uma monocultura fora do seu local original, plantado por intervenção humana. Nunca nos podemos esquecer que o carvalho autóctone foi dizimado de Norte a Sul do país para alimentar uma gigantesca indústria naval que durou séculos.
Quando Leiria ficou sem árvores resolveu-se plantar o pinhal no local que antes tinha flora de folha caduca.
Resumindo, o grau de abandono crescente do mundo rural e a intensificação da monocultura de árvores fora do seu local de origem (o Pinheiro não deveria ter saído da orla litoral de onde é natural) estavam só à espera das condições precisas para arder de uma só vez.
Foi ontem. Poderia ter sido o ano anterior ou num ano futuro caso o clima fosse correcto.