O aquecimento global existe pelo simples facto desde dos últimos 20,30 anos a temperatura média do planeta ter aumentado gradualmente.
Logo este fenómeno global é factual bem como a contribuição humana para esse aumento da temperatura devido á emissão de Co2 para a atmosfera.
A grande discórdia actual prende-se então na dimensão, na cadência, na evolução do aquecimento global e das suas consequências locais no nosso caso para a Peninsula Ibérica em particular para o Oeste peninsular.
E é aqui que na minha opinião entramos num campo já quase de crença, pois basicamente é isso que poderemos fazer acreditar ou não em projecções feitas por a comunidade cientifica.
Em 1000 anos o clima não mudou no hemisfério norte praticamente de tipologia. Por exemplo a Floresta Negra no sul da Alemanha entre o ano 1000 ao 2000 teve uma variação de temperatura numa amplitude( um desvio padrão) de 3 graus face á media actual por exemplo no mês de Agosto, houve períodos de mudança drástica em meados 1400 aumentou de forma drástica e volta a descer de forma drástica em meados do ano 1600, na ultima década subiu novamente de forma drástica e é por esse motivo que se fala de aquecimento global e é nesse padrão que estamos actualmente inseridos.quando falo em forma drastica falo em 1º,2º graus não em 4º,5º graus.
A questão aqui é que em 1000 anos uma região até já meridional da Alemanha com zonas amenas e quentes no período do Verão teve uma variação de 3º graus em relação á sua temperatura média em 1000 anos. O que a comunidade cientifica propõem e indicam actualmente por esses estudos especulativos e modelos que são carregados em computador é que por exemplo em Portugal a temperatura possa ter aumentos de 6º graus e que a precipitação tenha um decréscimo de 25-35% dos valores actuais nos próximos anos, ou seja, estes especialistas anunciam o Apocalipse com a maior naturalidade do mundo e ao menos tenham a humildade do mínimo poderem ser questionados ou que hajam pessoas que não "acreditem" nessas projecções, até porque nada as sustenta empiricamente e estatisticamente. Para isso acontecer até ao final do século, a cadência de aumento da temp.e diminuição de precipitação teria de ser muito maior que ao que se verifica, anormalmente maior . Como poderemos verificar na ultima norma de 1981-2010 e nestes 1ºos anos desta nova norma, essa cadência não é de todo verificada, logo essas projecções deverão ser questionadas e não aceites como verdades inquestionáveis ou dogmas , pois no fundo não passam de um exercício especulativo.
Hoje em dia apesar da crise religiosa no ocidente, o ser humano não deixou de ter a necessidade de acreditar cegamente em algo, é um pouco como aqueles adeptos de futebol que vêm um golo de fora de jogo de 2 metros e dizem que o golo é legal, á quem acredite em ideologias politicas, á quem acredite cegamente em clubes de futebol e hoje em dia emerge novos crentes,aqueles que acreditam cegamente nas alterações climáticas extremas e vêm em tudo uma prova dessa crença, e se existe algo que os seres humanos detestam é serem contrariados e questionados muito mais quando se acredita cegamente em algo seja em milagres, em futebol ou em mudanças climáticas tão drásticas que segundo eles irão mudar o mais em meia dúzia de décadas que em 1000 anos, as pessoas estão um pouco nas tintas para causas,mas sim em terem razão e tudo se resume a isso.
Vi ontem o programa pros-e-contras, e vi a forma como o auditorio irritou-se com o convidado espanhol quando este afirmou que a humanidade vai continuar e que não estamos perante uma catástrofe, porque no fundo eles acreditam cegamente que estamos perante uma catástrofe de proporções bíblicas sim realmente se o alentejo passar de 500-600 mm media para 100-300mm e o Litoral Norte de 900-1500 mm média para 500 claro que sim estamos perante uma catastrofe, e é nisso que muitos acreditam.
Para mim isto trata-se já de uma questão de fé, e encaro-a como tal é perferivel não discutir, respeita-se e pronto, é por isso que nem contraditório existe nestes foruns, pois a reacção será implacável, como em qualquer credo, o é, não acreditas que em menos de 50 anos Évora será um deserto semi-arido tipo Bagdad?! és um herege, um trumpista, ....é um pouco isto que se passa.
O problema e o que me assusta neste alarmismo, neste armageddon climático, não é quem acredita no quê, cada um acredita naquilo que quiser, o que assusta, é o fundamentalismo que está a ser construído por detrás disto tudo, as ideias que emanam desta nova crença, esse fundamentalismo com a forma como a agua é usada, habitos alimentares,as ideias que emanam dessas cabecinhas é que a mim me assustam enquanto cidadão, essa do montado é um bom exemplo disso mesmo.
Já agora Orion, em alguns posts tem referido sobre o regime de precipitação do Litoral Norte do país, e fiquei com a ideia que acha que o regime de precipitação do Litoral Norte é baseado só em regimes torrenciais, em 2,3 dias de forte precipitação( e esse argumento vai de encontro a narrativa do aquecimento global que instituiu que a chuva agora é repentina e curta). sim isso existe no Noroeste peninsular Galiza, Norte de Portugal e região Cantábria, mas está longe de ser esse o regime de precipitação do Litoral Norte português, o Litoral Norte tem um regime de precipitação muito diversificado, e tem tanto ou mais dias de chuva ano que muitas regiões da europa central ou de clima temperado, o litoral norte apanha de tudo, desde de regime conventivo( mais raro), frentes prolongadas, morrinha, chuva miudinha,tem muitos dias de chuva média sendo que a diferença para a o clima temperado maritimo é ter mais horas de sol e um periodo seco de 1-3 meses. Era só uma observação, pois acho que deveria analisar melhor o regime de precipitação do Litoral Norte, e irá verificar que tem muitos dias de chuva, e distribuída entre Setembro a junho.
Outro dado interessante é verificarmos que apesar de muito seco este verão nem foi em média extremamente quente, antes pelo contrário, e este mês e isto eu adivinho não irá bater records de temperatura e por o que se vê nos modelos dezembro vai entrar tudo menos quente ou ameno.