Seguimento Meteorológico Livre - 2023

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A região depressionária no este do Canadá não tem propriamente grande definição mas 'parte' dela eventualmente absorverá o ciclone a norte dos Açores.

Rio atmosférico para aqui.

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E potencialmente temperaturas recorde para vocês.

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Portugal nunca teve temp 850hpa a chegar aos 20ºc em Abril podemos ter temperaturas recorde.
Veremos, a ISO 20 so em saídas esporádicas aparece.
Mas mais uns 2 dias e teremos mais certezas sobre se realmente teremos uma ISO 16, 18 ou até 20 sobre nos e qual a durabilidade.
O que posso dizer é que neste momento o recorde de temperatura máxima do mês de Abril que pertence ao ano de 2017 pode ser batido, dado que até ao dia 20 deste mês as coisas estão muito igualadas com esse mês!
 

Relatório avisa que temperaturas na Europa estão a subir duas vezes mais do que a média global​

Na Europa, o ano de 2022 foi o mais quente desde que há registo, com as temperaturas a subir duas vezes mais que a média global. As ondas de calor extremo provocaram seca, perigo de incêndio e stress.

20 abr. 2023,

Agência Lusa
Texto

As temperaturas na Europa estão a subir duas vezes mais que a média global e este aumento é mais rápido do que em qualquer outro continente, segundo o relatório “Estado do Clima Europeu 2022” esta quinta-feira divulgado.

O relatório do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas Copernicus, um dos seis serviços de informação temáticos do programa de Observação da Terra da União Europeia, indica que o ano de 2022 foi o segundo mais quente na Europa desde que há registo, com 0,9 graus celsius (ºC) acima da média, e o verão foi o mais quente de sempre, com 1,4ºC acima da média.

A Europa viveu o verão mais quente desde que há registo, agravado por vários eventos extremos, como ondas de calor intensas, condições de seca e incêndios florestais extensos“, precisa o documento.

Segundo o Copernicus, a maior parte da Europa Ocidental teve ondas de calor e as temperaturas no Reino Unido ultrapassaram os 40°C pela primeira vez, além de terem sido também registados os valores mais altos da temperatura média da superfície nos mares da Europa.

O relatório “Estado do Clima Europeu 2022” alerta para as consequências que o calor extremo registado no final da primavera e verão teve na saúde humana, frisando que o sul da Europa viveu um número recorde de dias com “stresse de calor muito forte” devido às ondas de calor extremas durante o verão.

O serviço europeu de observação da Terra sustenta também que a Europa está a assistir a uma tendência ascendente do número de dias de verão com “stresse de calor forte” ou “muito forte” e no sul da Europa existe já “stresse de calor extremo”.

O Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus salienta que um dos eventos mais significativos que afetou a Europa em 2022 foi a seca generalizada, tendo grande parte do continente registado durante o inverno de 2021-2022 menos dias de neve do que a média e muitas áreas chegaram a ter menos 30 dias.

Na primavera, a precipitação ficou abaixo da média numa grande parte do continente, nomeadamente no mês de maio, que registou a menor quantidade de chuva de sempre.

Segundo o relatório, a falta de neve no inverno e as altas temperaturas no verão resultaram numa perda recorde de gelo nos glaciares dos Alpes, o equivalente a uma perda de mais de cinco quilómetros cúbicos de gelo

“A baixa precipitação, que se manteve durante todo o verão, aliada às excecionais vagas de calor, provocaram também uma seca generalizada e prolongada que afetou vários setores, como a agricultura, transportes fluviais e energia”, refere o relatório, frisando que a humidade nos solos foi a segunda mais baixa dos últimos 50 anos, com apenas áreas isoladas a apresentarem condições de humidade do solo mais húmidas do que a média.

O documento precisa que o ano de 2022 foi o mais seco na Europa desde que há registo, com 63% dos rios da Europa com fluxos abaixo da média e dá conta das condições de perigo de incêndio florestal em 2022, que foram acima da média durante a maior parte do ano, tendo os cientistas do Copernicus que monitorizam os fogos em todo o mundo encontrado aumentos significativos nas emissões de carbono em algumas regiões da Europa no verão do ano passado.

Segundo o Copernicus, as emissões totais de carbono estimadas nos países da UE para o verão de 2022 foram as mais altas desde 2007, com França, Espanha, Alemanha e Eslovénia a registaram os valores mais elevados dos últimos 20 anos e o sudoeste da Europa a registar alguns dos maiores incêndios verificados na Europa.

O relatório indica ainda que as temperaturas no Ártico aumentaram muito mais rapidamente do que na maior parte do resto do mundo, sendo 2022 o sexto ano mais quente desde que há registo, e a região mais afetadas foi o arquipélago norueguês de Svalbard, que teve o verão mais quente de sempre, com algumas áreas a atingirem temperaturas 2,5°C acima da média.

Durante o ano passado, a Gronelândia também teve condições climáticas extremas, incluindo calor e chuvas excecionais em setembro, uma época do ano em que a neve é o mais comum, registando nesse mês temperaturas médias até 8°C acima da média, além de a ilha ter sido afetada por três ondas de calor diferentes, o que causou um derretimento recorde da camada de gelo.

O Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus segue a recomendação da Organização Mundial de Meteorologia para usar o período de 30 anos mais recente (1991-2020) para calcular as médias climatológicas.

 
Estava indeciso em pôr este artigo nos "tesourinhos deprimentes" mas, enfim, até nem está tão mal como é habitual, apesar de algumas "pérolas" como a "frente frontal" mas que não são suficientes para o conjunto ser um "tesourinho", por isso fica aqui, no livre... :rolleyes:

A única coisa deprimente nesse artigo é somente a frente frontal. De resto o artigo está de acordo com as previsões dos modelos!
 
Estive em Doñana em fevereiro passado. Confere, a situação é mesmo muito má e, para piorar a situação, naquela zona o último ano chuvoso foi 2011. Há pelo menos 9 anos que as Lagunas del Jaral não têm qualquer água, e o mesmo acontece com os sistemas freáticos menos desenvolvidos. Para piorar, a região de Doñana sofre com bastante agricultura ilegal, o que tem causado sérios problemas ambientais ao longo dos anos (incluindo um incêndio enorme em 2017 que destruiu uma parte significativa da zona protegida especial das arribas de Asperillo e obrigou ao realojamento temporário de dezenas de linces-ibéricos). :surprise:

Nos últimos anos o Governo regional tentou controlar um bocado mais a situação mas muitas dessas medidas de controlo, bem como a presença maciça de imigrantes marroquinos e argelinos, tem levado a um crescimento explosivo da Vox, muito acima da média nacional. Mesmo assim o debate da questão da seca existe em Espanha, o que contrasta muito com a situação extremamente alarmante no que toca aos meios de comunicação nacionais. Parece que em Portugal a seca é inexistente: muitos portugueses essencialmente adaptaram-se muito bem às mudanças climáticas nas últimas décadas e já assumem que isto é o "normal". O comum dos mortais só irá acordar quando for tarde demais (essencialmente quando Castelo do Bode descer dos 55% de capacidade, que é quando vai começar a haver restrições para Lisboa e restante Margem Norte do Tejo)... :facepalm:
Os pinhais estão em stress hídrico. Estou com receio do que acontecerá até Setembro aos pinhais e ao montado. Só vi pinhal em stress hídrico duas ou três vezes na vida, a primeira foi em 1994.
 
Os pinhais estão em stress hídrico. Estou com receio do que acontecerá até Setembro aos pinhais e ao montado. Só vi pinhal em stress hídrico duas ou três vezes na vida, a primeira foi em 1994.
Em anos com invernos menos frios, a processionaria do Pinheiro (lagarta) ataca mais. Ora os pinheiros já em stress hídrico ao ser atacados por estas lagartas, podem mesmo secar.
 
Os pinhais estão em stress hídrico. Estou com receio do que acontecerá até Setembro aos pinhais e ao montado. Só vi pinhal em stress hídrico duas ou três vezes na vida, a primeira foi em 1994.
Pois do que estou a ver até as alfarrobeiras vão secar! Muitas perderam a folhagem e estão agora com uma rebentação ténue . Não têm folhagem definitiva ainda e entretanto quase não há humidade nos solos. Não vão conseguir completar o estágio e acumular reserva.
Quanto ao montado está na última! Este ano vai ser a machadada final!
 
Parece que existe uma tendência para amenizar o calor previsto para a próxima semana. No curto prazo já se vê isso, e consequentemente a médio prazo tb se verá isso.
Tem sido a salvação deste mês, cortarem os extremos em cima da hora.
O ECMWF continua a mostrar 35ºC no sudeste em alguns dias da próxima semana, mas o pior poderá ser a duração. Os valores até podem diminuir, fazendo com que não haja recordes, mas penso que em termos médios, este mês de abril poderá ser um dos piores, pelo menos no sul. As previsões neste momento mostram dorsal até ao final do mês e a ISO 20 sempre a ameaçar. A AEMET mostra 38ºC e 39ºC para Badajoz e Sevilha no final da semana, portanto, esperemos que continue a amenizar.
Pelos vistos, muitos dos recordes absolutos de temperatura máxima em abril dizem respeito a 30 de abril de 1997 e a sinóptica era muito idêntica àquela que os modelos têm vindo a prever para a próxima semana. Aquilo que pode impedir a quebra de recordes, em Portugal, é o facto da dorsal ser empurrada mais para leste.

Sinóptica de pleno verão :wacko:
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Pois do que estou a ver até as alfarrobeiras vão secar! Muitas perderam a folhagem e estão agora com uma rebentação ténue . Não têm folhagem definitiva ainda e entretanto quase não há humidade nos solos. Não vão conseguir completar o estágio e acumular reserva.
Quanto ao montado está na última! Este ano vai ser a machadada final!
Aqui na península de Setúbal, a maioria dos sobreiros estão com as folhas bastante amareladas/acastanhadas. É normal nesta altura do ano?
 
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