As projeções sobre as alterações climáticas apontam para verões mais alargados, com primaveras e outonos com mais características de verão. É uma mudança que já se está a fazer ...
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Este ano nem primavera temos tido, passámos logo para o verão, infelizmente é uma realidade que vamos ter que enfrentar, o clima não é o mesmo que há 20/30 anos .
As projeções sobre as alterações climáticas apontam para verões mais alargados, com primaveras e outonos com mais características de verão. É uma mudança que já se está a fazer ...
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Este ano nem primavera temos tido, passámos logo para o verão, infelizmente é uma realidade que vamos ter que enfrentar, o clima não é o mesmo que há 20/30 anos .
O ECMWF e o GEM também mostram qualquer coisa, mas de momento não é mais do que uma situação que fará descer as temperaturas de forma temporária, como surgiu em alguns dias ao longo de abril, mas em termos de precipitação não se prevê nada de significativo. Previsões que valem de pouco e acho que o tem acontecido ao longo de abril é a prova viva disso.
Enquanto as depressões continuarem a descer em latitude a oeste dos Açores, não saímos disto porque, em contrapartida, a dorsal é obrigada a subir em latitude.
Estamos a falar de algo que sempre existiu, não é novidade propriamente.
Como somos "vizinhos" , volta é meia temos de gramar com ela, a "dorsal".
Não é por acaso que já se fala à muito, que as condições do Norte de África tendem a migrar para Norte em particular para o Sul/Centro da Península.
A dorsal africana surge quando as altas pressões (no nosso caso, o Anticiclone dos Açores) sobem em crista sobre a Península Ibérica ou a Europa, o que transporta ar quente vindo do Norte de África. Tal como referi, devido ao facto das depressões descerem em latitude a oeste dos Açores, o anticiclone é obrigado a subir em crista aqui pelos nossos lados, dando origem àquilo que se denomina também por dorsal. Como o @trovoadas disse, é algo que não é novo e que está presente no nosso clima, principalmente no verão.
O padrão atual tem sido favorável a que esteja constantemente a subir em latitude, o que não permite a passagem de baixas pressões, dando origem a temperaturas muito elevadas para a época.
Só como exemplo para perceber realmente o que é, a sinóptica atual é esta:
Penso que seja isto, mas caso esteja incorreto, alguém que corrija.
Ou seja, basicamente a causa da dorsal é a nossa latitude e a situação vizinha do Sahara. O anticiclone tende a rodear a grande massa de ar quente e seca, especialmente diurna, conduzindo-se a alta pressão pelo oceano que contrasta termicamente de forma negativa com o continente. A península Ibérica é uma pequena extensão do norte de África, com alguma continentalidade suficiente para criar uma massa de ar quente própria e que se liga à massa sahariana: o salto do anticiclone sobre esta extensão, rodeando por latitudes mais elevadas, forma a dorsal. Poderemos dar esta formulação simplista?
Não é ao contrário?
Pelo que entendo, existe muito mais área equatorial que absorve a maioria da radiação solar, pelo que, existe a Zona de convergência intertropical onde o ar ascende, será na região onde esse mesmo ar descende (célula de Hadley) que se formam os anticiclones em altitude, pois à superfície há depressão térmica (principalmente durante o dia) nos continentes como no Sahara...
Imagino que seja mais abrangente que isso, deve ser o formato de todos os continentes em conjunto que dita onde o ar da Zona de convergência intertropical desce e onde a própria está posicionada.
Seville is tucked away in what is sometimes referred to as the "Iberian oven" because of the hot air that blows in from North Africa. Measures are being taken to ensure the city remains liveable for its people and those who visit - but there are concerns they may not be enough.