Seguimento Meteorológico Livre - 2025

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Boa tarde, preciso da vossa, tive uns estragos aquando da tempestade kirk, em 12/10/24, fiz uma participação ao seguro do qual me pediram uma declaração do ipma em como tinham existido ventos superiores a 89km na minha zona, o ipma diz que não, gostava de saber como posso aceder ás cartas dos ventos nesta data?
Duvido que o seguro aceite documentos de prova não oficiais. A resposta do IPMA foi que não existiram ventos dessa ordem nesse local ou que não podia fazer a declaração?
Penso que de forma tão localizada não é possível que as cartas dos ventos sejam públicas, poderá haver cartas mas com uma escala que não permite identificar o evento num local tão específico.
 
Boa tarde, preciso da vossa, tive uns estragos aquando da tempestade kirk, em 12/10/24, fiz uma participação ao seguro do qual me pediram uma declaração do ipma em como tinham existido ventos superiores a 89km na minha zona, o ipma diz que não, gostava de saber como posso aceder ás cartas dos ventos nesta data?
Diria que a ajuda que vai ser precisa aqui é dum advogado.

A companhia de seguros vai alegar o quê? Lá porque o IPMA não tem registos que abragem todos os metros quadrados do território, ou porque não os facultam, recusam a cobertura? Se assim é, a instalação dum anemómetro num qualquer imóvel segurado, regularmente calibrado, deveria ser uma obrigação contratual. Qualquer juiz que se preze vai certamente considerar que, se a qualquer momento num certo dia houve condições adversas, e foram reportados danos compatíveis com uma situação desse tipo, a companhia de seguros tem de cobrir o dano independentemente de haver ou não registos que comprovem isso naquele preciso local. Ou quê, vão alegar que aí esteve um dia de sol radiante com uma agradável brisa, quando no resto do distrito existiram essas condições?
 
Boa tarde, preciso da vossa, tive uns estragos aquando da tempestade kirk, em 12/10/24, fiz uma participação ao seguro do qual me pediram uma declaração do ipma em como tinham existido ventos superiores a 89km na minha zona, o ipma diz que não, gostava de saber como posso aceder ás cartas dos ventos nesta data?
Notícias da comunicação social sobre estragos na zona, ocorrências dos Bombeiros/protecção civil na zona, chamar sempre as autoridades quando ocorrem estragos de forma a ficar registada a ocorrência, imagens de radar, estações meteorológicas amadoras ou do IPMA que comprovem a situação.
 
Boa tarde, preciso da vossa, tive uns estragos aquando da tempestade kirk, em 12/10/24, fiz uma participação ao seguro do qual me pediram uma declaração do ipma em como tinham existido ventos superiores a 89km na minha zona, o ipma diz que não, gostava de saber como posso aceder ás cartas dos ventos nesta data?
Deverá pedir uma certidão ao IPMA, que tem um custo na casa dos 80/90€, pois a seguradora não aceita dados não oficiais.

De qualquer forma, os dados certificados pelo IPMA não fugirão muito dos dados obtidos pelas (boas) estações da zona.

Caso pretenda, deverá fazer o pedido para [email protected]
 
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Diria que a ajuda que vai ser precisa aqui é dum advogado.

A companhia de seguros vai alegar o quê? Lá porque o IPMA não tem registos que abragem todos os metros quadrados do território, ou porque não os facultam, recusam a cobertura? Se assim é, a instalação dum anemómetro num qualquer imóvel segurado, regularmente calibrado, deveria ser uma obrigação contratual. Qualquer juiz que se preze vai certamente considerar que, se a qualquer momento num certo dia houve condições adversas, e foram reportados danos compatíveis com uma situação desse tipo, a companhia de seguros tem de cobrir o dano independentemente de haver ou não registos que comprovem isso naquele preciso local. Ou quê, vão alegar que aí esteve um dia de sol radiante com uma agradável brisa, quando no resto do distrito existiram essas condições?

É a velha questão das pessoas subscreverem algo, sem saberem bem o quê.

Não está em causa o concordar ou não, mas sim as condições gerais que devem ser bem analisadas antes de subscrever. De qualquer forma, isto é extensivel a todas as seguradoras, não é exclusivo de uma ou duas.

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Deverá pedir uma certidão ao IPMA, que tem um custo na casa dos 80/90€, pois a seguradora não aceita dados não oficiais.

De qualquer forma, os dados certificados pelo IPMA não fugirão muito dos dados obtidos pelas (boas) estações da zona.

Caso pretenda, deverá fazer o pedido para [email protected]
As seguradoras não aceitam, mas as empresas que fazem peritagens solicitam esses dados? Em tempos, uma empresa de peritagens de seguros sediada no Norte do país e enviava-me e-mails a solicitar notícias, dados de estações em situações de vento e precipitação e todas as vezes que forneci esses dados e notícias utilizei sempre estações amadoras e tive sempre feedback positivo das mesmas e nunca recorri à EMA de Olhão que existe desde 2018 online. .

Dou um exemplo: Em Novembro de 2020 choveu quase 100 mm numa freguesia do meu concelho e a estação oficial registou 1/3 desse valor, forneci os dados da estação amadora de Moncarapacho e a empresa de peritagem aceitou e as seguradoras pagaram uma indemnização a quem sofreu com os prejuízos.

A única coisa que fiz, foi uma tabela no excel com os valores da estação para ser mais simples e o link da mesma para confirmarem que os dados não foram alterados e correspondia à realidade.
 
Última edição:
As seguradoras não aceitam, mas as empresas que fazem peritagens solicitam esses dados? Em tempos, uma empresa de peritagens de seguros sediada no Norte do país e enviava-me e-mails a solicitar notícias, dados de estações em situações de vento e precipitação e todas as vezes que forneci esses dados e notícias utilizei sempre estações amadoras e tive sempre feedback positivo das mesmas e nunca recorri à EMA de Olhão que existe desde 2018 online. .

Dou um exemplo: Em Novembro de 2020 choveu quase 100 mm numa freguesia do meu concelho e a estação oficial registou 1/3 desse valor, forneci os dados da estação amadora de Moncarapacho e a empresa de peritagem aceitou e as seguradoras pagaram uma indemnização a quem sofreu com os prejuízos.

A única coisa que fiz, foi uma tabela no excel com os valores da estação para ser mais simples e o link da mesma para confirmarem que os dados não foram alterados e correspondia à realidade.

Vamos por pontos;

- Quando recebe uma participação de sinistro, a seguradora tem sempre a hipótese de tentar regularizar sem peritagem/averiguação, e nesse caso o mais habitual é solicitar desde logo a certidão do IPMA ao segurado para enquadrar o sinistro nas coberturas.

- Também pode solicitar peritagem/averiguação, e ai a recolha de elementos passa para as mãos do gabinete/perito que executa o trabalho, sendo que a seguradora pode, ou não, discriminar especificamente o que pretende, nomeadamente a certidão do IPMA.

- Em qualquer trabalho desse tipo, uma das partes essenciais é sempre a recolha de dados meteorológicos para a data, hora e local do sinistro. Habitualmente, caso, por exemplo, o vento tenha andado entre os 40 e os 50 km/h, a seguradora poderá aceitar os dados amadores. Mas se o vento tiver andado entre os 70/80, ai já quer a certidão oficial, pois está próximo do limite.

- Deixa-me que te diga que, apesar da tua boa vontade, foste anjinho (desculpa o termo) ao facultar esses dados, pois os mesmos estão disponíveis, tanto aqui, como no wunderground, e noutros sítios, mas é preciso trabalho para os recolher. No entanto, o perito recebe pelo seu trabalho, e é a ele que compete a recolha, não fazer dos outros seu criado.

- Relativamente aos dados, para pagar não há problema, pois a seguradora aceita esses dados, assume e não tem que provar nada a ninguém. Já para não pagar, os dados têm que ser oficiais, caso contrário facilmente são postos em causa noutras instâncias.
 
Última edição:
Vamos por pontos;

- Quando recebe uma participação de sinistro, a seguradora tem sempre a hipótese de tentar regularizar sem peritagem/averiguação, e nesse caso o mais habitual é solicitar desde logo a certidão do IPMA ao segurado para enquadrar o sinistro nas coberturas.

- Também pode solicitar peritagem/averiguação, e ai a recolha de elementos passa para as mãos do gabinete/perito que executa o trabalho, sendo que a seguradora pode, ou não, discriminar especificamente o que pretende, nomeadamente a certidão do IPMA.

- Em qualquer trabalho desse tipo, uma das partes essenciais é sempre a recolha de dados meteorológicos para a data, hora e local do sinistro. Habitualmente, caso, por exemplo, o vento tenha andado entre os 40 e os 50 km/h, a seguradora poderá aceitar os dados amadores. Mas se o vento tiver andado entre os 70/80, ai já quer a certidão oficial, pois está próximo do limite.

- Deixa-me que te diga que, apesar da tua boa vontade, foste anjinho (desculpa o termo) ao facultar esses dados, pois os mesmos estão disponíveis, tanto aqui, como no wunderground, e noutros sítios, mas é preciso trabalho para os recolher. No entanto, o perito recebe pelo seu trabalho, e é a ele que compete a recolha, não fazer dos outros seu criado.

- Relativamente aos dados, para pagar não há problema, pois a seguradora aceita esses dados, assume e não tem que provar nada a ninguém. Já para não pagar, os dados têm que ser oficiais, caso contrário facilmente são postos em causa noutras instâncias.
Não fui anjinho, que recebi por isso. :D

Também já tive duas situações em que tinha passado um fenómeno extremo de vento e o dia estava de sol e não existia vento. :lol:

Desde 2020, deixei disso que não tenho tempo disponível para isso.
 
É a velha questão das pessoas subscreverem algo, sem saberem bem o quê.

Não está em causa o concordar ou não, mas sim as condições gerais que devem ser bem analisadas antes de subscrever. De qualquer forma, isto é extensivel a todas as seguradoras, não é exclusivo de uma ou duas.

Ver anexo 18700
Tenho conhecimento dessa cláusula, é quase universal neste tipo de seguros, no entanto, o meu comentário prende-se pela exigência da prova (virtualmente impossível de obter), não pelo que está estipulado.
 

Continente​


Previsão para 4ª feira, 29.janeiro.2025
RESUMO:
Chuva, por vezes forte no Norte e Centro, passando a regime de
aguaceiros. Vento forte, com rajadas, em especial no litoral e
nas terras altas. Neve acima de 1000/1200 metros. Agitação
marítima forte.

REGIÕES NORTE E CENTRO:
Céu muito nublado.
Períodos de chuva, por vezes forte, passando a regime de aguaceiros,
que poderão ser pontualmente de granizo e acompanhados de trovoada.
Queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela, descendo
gradualmente a cota para 1000/1200 metros
.
Vento moderado (20 a 35 km/h) de sudoeste, rodando gradualmente para
noroeste a partir da tarde, soprando moderado a forte (30 a 50 km/h)
no litoral, com rajadas até 80 km/h. Na faixa costeira e nas terras
altas
, vento forte a muito forte (40 a 60 km/h) com rajadas até
100 km/h.

REGIÃO SUL:
Céu geralmente muito nublado.
Períodos de chuva, passando a regime de aguaceiros a partir da
tarde, que poderão ser ocasionalmente acompanhados de trovoada.
Vento moderado (20 a 35 km/h) de sudoeste, rodando gradualmente para
noroeste a partir da tarde, soprando moderado a forte (30 a 45 km/h),
com rajadas até 80 km/h, no litoral. Na faixa costeira e nas terras
altas, vento forte (40 a 55 km/h) com rajadas até 90 km/h.


GRANDE LISBOA:
Céu geralmente muito nublado.
Períodos de chuva, passando a regime de aguaceiros a partir do final
da manhã.
Vento moderado a forte (25 a 40 km/h) de sudoeste, com rajadas até
80 km/h
, rodando gradualmente para noroeste a partir do final da
manhã, soprando forte a muito forte (40 a 60 km/h), com rajadas até
90 km/h, junto ao Cabo Raso.


GRANDE PORTO:
Céu muito nublado.
Períodos de chuva, por vezes forte, passando a regime de aguaceiros,
que poderão ser pontualmente de granizo e acompanhados de trovoada.
Vento moderado a forte (25 a 40 km/h) de sudoeste, com rajadas até
80 km/h, rodando gradualmente para noroeste a partir do final da
manhã, soprando por vezes forte a muito forte (40 a 60 km/h), com
rajadas até 100 km/h, na faixa costeira
.

ESTADO DO MAR:
Costa Ocidental: Ondas de noroeste com 4 a 5 metros, aumentando
gradualmente para 7 a 8 metros a norte do Cabo Raso e para 5 a 7
metros a sul do referido cabo a partir da tarde
.
Temperatura da água do mar: 14/16ºC
Costa Sul: Ondas de sudoeste com 1 a 2 metros.
Temperatura da água do mar: 16/17ºC

METEOROLOGISTA(S):
Madalena Rodrigues e Jorge Ponte

Atualizado a 29 de janeiro de 2025 às 0:40 UTC
 
Comunicado do Ipma

Informação especial
Comunicado válido entre 2025-01-28 18:45:00 e 2025-01-30 23:59:00
Assunto: Vento, chuva, neve e agitação marítima - Depressão IVO - Continente - Comunicado nº2

IVO é o nome atribuído pelo IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) a uma depressão que às 18UTC de dia 28 de janeiro estará centrada aproximadamente em 51°N 24°W, com o valor de 981 hPa de pressão atmosférica no seu centro. Prevê-se que a depressão IVO esteja centrada na região do Golfo da Biscaia às 12UTC de dia 29 com pressão atmosférica de 986 hPa.

Portugal continental deverá sentir os efeitos da superfície frontal fria associada à depressão IVO a partir da noite e madrugada de dia 29, com precipitação que será por vezes forte nas regiões Norte e Centro, e que se estenderá gradualmente à região Sul, embora menos intensa.

O vento irá aumentar de intensidade, soprando de oeste/sudoeste com rajadas que poderão atingir valores até 90/100 km/h, em especial no litoral oeste e terras altas, rodando para norte/noroeste ainda durante o dia 29 e mantendo-se forte até meio da tarde de dia 30.
A precipitação deverá ocorrer sob a forma de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela, diminuindo gradualmente a cota para 1000/1200 metros nas terras altas das regiões Norte e Centro, após a passagem da superfície frontal fria.

A agitação marítima mantém-se forte, esperando-se ondas de noroeste com 6 a 8 metros na costa ocidental, sendo o período mais gravoso entre o final da tarde de dia 29 e o início da manhã de dia 30.

Devido a esta situação meteorológica foram já emitidos avisos de nível amarelo para a precipitação e neve, bem como avisos de nível laranja para o vento e de nível vermelho para agitação marítima.
Este comunicado é o último referente a esta situação.
Para mais detalhes sobre a previsão meteorológica e para os próximos dias consultar:
http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.descritiva/
http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev.significativa/
Para mais detalhes sobre os avisos meteorológicos emitidos consultar:
http://www.ipma.pt/pt/otempo/prev-sam/
Para mais detalhes sobre a previsão para a navegação maríti
https://www.ipma.pt/pt/otempo/comunicados/index.jsp
 
Enquanto as últimas saídas do GFS mostram neve acima dos 600 metros no interior norte e centro no Domingo, esta é a previsão do IPMA para já:

"Continente​

Previsão para domingo, 2.fevereiro.2025
Céu em geral muito nublado, diminuindo a nebulosidade no fim do dia.
Períodos de chuva, passando gradualmente a regime de aguaceiros, de
norte para sul, que serão de neve nos pontos mais altos das serras
do Norte e Centro.
Vento em geral fraco, predominando do quadrante norte, tornando-se
moderado (15 a 35 km/h) a partir da tarde, e soprando por vezes
forte (até 45 km/h) no litoral oeste e nas terras altas.
Possibilidade de formação de neblina ou nevoeiro matinal.
Formação de geada em alguns locais do interior Norte e Centro.
Pequena subida da temperatura mínima.
Pequena descida da temperatura máxima.

METEOROLOGISTA(S):
Paula Leitão e Pedro Sousa"