Seguimento Rios e Albufeiras - 2024

Ontem fiz uma visita à barragem do Varosa, incrível como sempre

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A comunicação social a dar conta da água que os espanhóis roubam, falaram do pomarão mas não só.
Parece que até andam numa de roubar água no Alqueva na zona do lado espanhol.
Incrível......
Até me espanta que só estejam a falar disso agora. Essas captações ilegais do Alqueva já existem há pelo menos uma década e toda a gente naquelas aldeias fronteiriças ao pé do Alqueva (Cheles, Olivença, Villanueva del Fresno, etc.) tem noção de que existem. Ninguém faz nada porque a população local não dá muita importância a isso, as empresas agrícolas têm um forte poder económico e conseguem convencer os municípios a fecharem os olhos e a EDIA ganha mais dinheiro. :facepalm:

Quanto ao Pomarão, não vejo qual é o ponto. Os espanhóis andam há décadas a retirar água de Bocachanza ainda antes de a barragem do Chança ter sido construída (aliás, a barragem foi construída exatamente porque a água no Pomarão começou a ser demasiado salgada para o uso agrícola, devido à presença de barragens a montante). Eles não estão a roubar nada a ninguém até porque a captação é totalmente legal (a barragem do Chança, apesar de transfronteiriça, é uma barragem totalmente espanhola, e todos os empreendimentos que lá se encontram são geridos por Espanha). :)
 
Última edição:
Até me espanta que só estejam a falar disso agora. Essas captações ilegais do Alqueva já existem há pelo menos uma década e toda a gente naquelas aldeias fronteiriças ao pé do Alqueva (Cheles, Olivença, Villanueva del Fresno, etc.) tem noção de que existem. Ninguém faz nada porque a população local não dá muita importância a isso, as empresas agrícolas têm um forte poder económico e conseguem convencer os municípios a fecharem os olhos e a EDIA ganha mais dinheiro. :facepalm:

Quanto ao Pomarão, não vejo qual é o ponto. Os espanhóis andam há décadas a retirar água de Bocachanza ainda antes de a barragem do Chança ter sido construída (aliás, a barragem foi construída exatamente porque a água no Pomarão começou a ser demasiado salgada para o uso agrícola, devido à presença de barragens a montante). Eles não estão a roubar nada a ninguém até porque a captação é totalmente legal (a barragem do Chança, apesar de transfronteiriça, é uma barragem totalmente espanhola, e todos os empreendimentos que lá se encontram são geridos por Espanha). :)
 
A Junta da Andaluzia fez umas obras para aumentar a captação de água a partir de Bocachanza, mas essa captação já existia antes, há décadas. A notícia faz parecer que a Andaluzia de repente passou a tirar água do rio quando antes não tirava, o que não é verdade. :unsure:
 
A Junta da Andaluzia fez umas obras para aumentar a captação de água a partir de Bocachanza, mas essa captação já existia antes, há décadas. A notícia faz parecer que a Andaluzia de repente passou a tirar água do rio quando antes não tirava, o que não é verdade. :unsure:
Essa Captação de Bocachanza nunca foi ratificada por Portugal, os espanhóis aproveitaram o período pós revolução para fazer um manguito a Portugal, ela devia de ter sido desativada em 2003, depois da construção da represa de Andevalo.
Mas pior mesmo é a quantidade de captações ilegais no Alqueva no lado Espanhol, Portugal a assobiar para o lado, nada de novo!!
 
Última edição:
86,2% ?? -1,7% em apenas uma semana? Parece haver ali algum erro: o que significa um caudal de entrada negativo? Ajuste de contas mal feitas antes?

Ver anexo 12180
Uma das funções principais de Castelo de Bode é a produção de energia elétrica.
Havendo necessidade na rede, entra em produção. Ainda para mais se está cheia.

Relativamente ao Qin, o detetor deve estar a oscilar, porque ora está negativo, ora positivo.

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Brutal ver de perto tanta e tanta água!

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Eu chamo-lhe o "Mar de Montalegre".
Tamanho corpo de água, em zona de montanha, só se tem a real percepção na zona central, olhando para um lado e para o outro. Que belo cenário!
Fazer a estrada ao longo da barragem pela zona norte também mostra a imensidão daquela massa de água a 900 metros de altitude, um reservatório estratégico para a produção energética portuguesa, finalmente sob controlo mais apertado das autoridades portuguesas, senão estava já a menos de metade da capacidade.
 
A EDP quer converter um dos dois grupos geradores de Alto Lindoso num grupo reversível para bombagem, um projeto a 4 anos.

A notícia é do Expresso, paywall, não tenho acesso à notícia toda:

Mas encontrei os detalhes todos na consulta pública:

O atual Aproveitamento Hidroelétrico do Alto Lindoso e Touvedo
O potencial hidroelétrico da bacia do rio Lima é atualmente aproveitado em quatro grandes aproveitamentos: Las Conchas e Salas, em território espanhol, e Alto Lindoso e Touvedo, em território português.
A barragem do Alto Lindoso localiza-se no rio Lima a cerca de 17 km a montante da barragem de Touvedo que funciona como seu contraembalse para regularização de afluências para jusante.
O Aproveitamento Hidroelétrico do Alto Lindoso (AHAL) localiza-se no rio Lima e é essencialmente constituído por uma barragem e respetiva albufeira, dois circuitos hidráulicos de adução curtos que alimentam os dois grupos, situados numa central em caverna, e um túnel de restituição longo através do qual se devolvem as águas turbinadas ao rio Lima, junto à cauda da albufeira do Touvedo, um edifício de comando e uma subestação, estes dois últimos situados à superfície do terreno sensivelmente na vertical na central subterrânea.
O elevado caudal turbinado pela central do Alto Lindoso (250 m3/s), impôs a necessidade da construção de uma barragem a jusante criando uma albufeira que permitisse a sua modulação. Surgiu, assim, o aproveitamento de Touvedo, localizado a jusante da barragem do Alto Lindoso, cabendolhe a tarefa de regularizar os elevados caudais turbinados do Alto Lindoso, armazenando-os
temporariamente e restituindo-os ao rio com valores não superiores a 100 m3/s. Assim, evitam-se variações bruscas e de grande amplitude no regime do rio a jusante.
O Aproveitamento Hidroelétrico de Touvedo localiza-se assim, igualmente no rio Lima, cerca de 6,5 km a montante de Ponte da Barca e cerca de 17 km a jusante da barragem do Alto Lindoso, que lhe serve de contraembalse. É constituído por uma barragem, um circuito hidráulico curto, uma central pé-deba rragem e uma subestação. Dispõe, ainda, de um dispositivo de transposição de peixes.

Justificação do Projeto
A par com os objetivos e metas definidos a nível nacional e europeu, a concretização de dimensões como a descarbonização pressupõem a adoção de linhas de atuação no sentido de descarbonizar a economia e também de reforçar a aposta nas energias renováveis e reduzir a dependência energética.
A visão da EDP incorpora este desígnio global de descarbonização e de eletrificação da economia apresentando uma estratégia de atuação focada na aceleração da transição energética em todas as
suas plataformas – Geração, Renováveis, Redes e Clientes e Gestão de Energia, nas geográficas onde está presente e em particular na geografia nacional.
A reconversão de um grupo gerador do Alto Lindoso para um grupo reversível corresponde a um projeto de armazenamento que trará mais flexibilidade ao sistema electroprodutor adicionando uma
capacidade de bombagem de 300 MW, representando cerca de 9% da potência de bombagem do parque nacional em 2025 (~3460 MW), incluindo a entrada de em serviço em 2023 de Gouvães com
uma potência de 880 MW

O grupo reconvertido do Alto Lindoso permitirá bombar a água da albufeira do Touvedo, aproveitando as oportunidades de excesso de energia renovável no sistema, armazenando-a na albufeira do Alto Lindoso para a turbinar posteriormente em períodos de escassez de energia renovável, minimizando desta forma adicionais de importação e ou produção térmica.
A reconversão permitirá um aumento médio de colocação em rede de cerca de 609 GWh, refletindo-se num adicional médio de energia no Alto Lindoso superior a 75%, não afetando a capacidade atual da produção de energia da central do Alto Lindoso através das afluências próprias, estimada em ano médio em cerca de 780 GWh.
Em suma, a reconversão de um grupo turbina do Alto Lindoso é caracterizada por uma intervenção bastante confinada em termos de implementação das obras e conferirá uma flexibilidade adicional ao sistema electroprodutor, uma vez que permitirá o armazenamento e a posterior transferência do excesso de energia renovável em determinados períodos para alturas de maior escassez de energia
renovável, substituindo a produção térmica. Este último aspeto é crucial para a segurança de abastecimento e estabilidade da rede num quadro de maior penetração de energias de fontes renováveis intermitentes e não controláveis.


Haverá mais alguma barragem relevante sem bombagem que possa ser modernizada desta forma ?