Seguimento Rios e Albufeiras - 2025

  • Thread starter Thread starter Spider
  • Data de início Data de início
Dados das Águas do Algarve (07/03/2025):

Odelouca 46,05%
Beliche 75,93%
Odeleite 83,09%

Relatório da APA (10/03/2025):

Odelouca: 52%
Beliche: 81%
Odeleite: 89%
Bravura: 36 %
Funcho: 61%
Arade: 18%
 
Aqui estão eles, dados de hoje.

Screenshot_2025-03-10-19-25-40-251.webp
 
Monte da rocha, deixou o último lugar, Arade o lanterna vermelha!
Os campos estão bons regatos e ribeiros a correr e estás duas barragens na miséria!!
A Barragem do Arade só teria uma subida significativa se a Barragem do Funcho enchesse, pois está logo a seguir a esta última. Considerando que o Funcho ainda está a 60%, Arade vai continuar na miséria a menos que abram as comportas da Barragem do Funcho mesmo não estando cheia. A distância entre uma e outra é tão pequena que os cursos de água nesse percurso devem ser muito poucos e por isso não armazena quase nada apesar de estar tudo bem abastecido.

Em relação ao Monte da Rocha, o problema já não deverá ser a seca, mas sim o facto de ter uma bacia hidrográfica fraca e por isso a solução passa mesmo pelo abastecimento por parte do Alqueva.
 
A Barragem do Arade só teria uma subida significativa se a Barragem do Funcho enchesse, pois está logo a seguir a esta última. Considerando que o Funcho ainda está a 60%, Arade vai continuar na miséria a menos que abram as comportas da Barragem do Funcho mesmo não estando cheia. A distância entre uma e outra é tão pequena que os cursos de água nesse percurso devem ser muito poucos e por isso não armazena quase nada apesar de estar tudo bem abastecido.

Em relação ao Monte da Rocha, o problema já não deverá ser a seca, mas sim o facto de ter uma bacia hidrográfica fraca e por isso a solução passa mesmo pelo abastecimento por parte do Alqueva.
Mas a bacia hidrográfica é a mesma desde que a barragem foi construída em 1972.

O problema foram muitos anos seguidos de seca que a deixaram bem vazia, e como é uma barragem grande, vai precisar de mais que um inverno chuvoso para encher.


PS: falha minha que devia ter identificado a barragem em questão, eu estava a falar do monte da rocha
 
Última edição:
Alqueva é desta que vai encher.
Só pela ribeira de Godelim ( rio Godolid na Espanha) tem recebido bastante água, está no nível mais alto desde que existe registo (2022), já chegou aos 2.5mt ontem.
Antes de fazerem descargas no Alqueva, não deveriam tentar encher primeiro as 70 e tal barragens que fazem parte do complexo do Alqueva?

Não sei como estão essas barragens ou se a capacidade de bombagem é inferior a quantidade de água que está a entrar na barragem.

Alguém mais entendido que eu sabe?
 
A Barragem do Arade só teria uma subida significativa se a Barragem do Funcho enchesse, pois está logo a seguir a esta última. Considerando que o Funcho ainda está a 60%, Arade vai continuar na miséria a menos que abram as comportas da Barragem do Funcho mesmo não estando cheia. A distância entre uma e outra é tão pequena que os cursos de água nesse percurso devem ser muito poucos e por isso não armazena quase nada apesar de estar tudo bem abastecido.

Em relação ao Monte da Rocha, o problema já não deverá ser a seca, mas sim o facto de ter uma bacia hidrográfica fraca e por isso a solução passa mesmo pelo abastecimento por parte do A

Mas a bacia hidrográfica é a mesma desde que a barragem foi construída em 1972.

O problema foram muitos anos seguidos de seca que a deixaram bem vazia, e como é uma barragem grande, vai precisar de mais que um inverno chuvoso para
 
Acrescentando a isso tudo, o abastecimento que quadruplicou ou quintuplicou não sei, no número de consumidores!
Alguém pensou que a Rocha servia para tudo e mais alguma coisa!
O Alqueva irá colocar água diretamente nos depósitos de tratamento de água, e não na própria barragem, mas pronto será melhor que nada.
Outra oportunidade que se escapou foi o de limpar a fundo da própria barragem, para melhor encaixe e melhoramento na qualidade da água.
Engenheirices!!!
 
Última edição:
Mas a bacia hidrográfica é a mesma desde que a barragem foi construída em 1972.

O problema foram muitos anos seguidos de seca que a deixaram bem vazia, e como é uma barragem grande, vai precisar de mais que um inverno chuvoso para encher.
Não é bem assim.
A bacia é a mesma, mas a albufeira do Arade tem muita pouca escorrência, pois se o Funcho tem as comportas fechadas o que sai daqui é um fio de água (e mesmo assim nem sei se o tem.

Nesta imagem do Google Earth, fio de água nem vê-lo.

Screenshot_2025-03-10-23-10-34-734_com.google.earth.webp
 
Última edição:
Antes de fazerem descargas no Alqueva, não deveriam tentar encher primeiro as 70 e tal barragens que fazem parte do complexo do Alqueva?

Não sei como estão essas barragens ou se a capacidade de bombagem é inferior a quantidade de água que está a entrar na barragem.

Alguém mais entendido que eu sabe?
Não sei e gostava de perceber em concreto isso também…
Na lógica de que toda a água é bem-vinda numa zona onde habitualmente ela escasseia, sim. Mas bombear a água tem um custo energético, e eu penso que ao contrário do que acontece em Alqueva (que tem estado a bombear de Pedrógão) onde o custo “vai” direto à EDP, o custo da bombagem da albufeira de Alqueva é da EDIA, e isso pode também ser um ponto relevante nessa análise.
De qualquer forma as maiores albufeiras são no Sado - onde as necessidades de bombagem são maiores (Alvito, Odivelas e Roxo - que estão a 84, 82 e 56% respectivamente)… E estas últimas duas tem gestão própria, pelo que teriam que adquirir água à EDIA.
 
Ainda há muita água a descer as serras no dia de hoje e ainda vai chover, esperemos que significativamente nos próximos dias. O sistema do Arade é composto por duas barragens pelo que não há milagres ainda assim o Funcho deve de estar a receber muita água e eventualmente passando os 70% devem começar a deixar escoar mais alguma água para o Arade.
Todo o Barlavento partiu em enorme desvantagem neste período chuvoso que se arrasta desde Janeiro e mesmo assim está a ter uma recuperação notável!
Odeleite parece que vai mesmo encher a não ser que deixe de chover abruptamente como já estamos habituados.
 
Antes de fazerem descargas no Alqueva, não deveriam tentar encher primeiro as 70 e tal barragens que fazem parte do complexo do Alqueva?

Não sei como estão essas barragens ou se a capacidade de bombagem é inferior a quantidade de água que está a entrar na barragem.

Alguém mais entendido que eu sabe?
Isso é impossível, apesar de ser o ideal.
O Roxo ainda tem muito encaixe e neste momento já deveria de estar a receber o caudal nominal máximo possível, mas quem paga essa operação?
Monte Novo está a transbordar, a do Alvito também deve encher, outras da zona também devem estar quase cheias.

Fazer um edit para dizer que existem mini hídricas pelo caminho do Alqueva até ao Roxo, mas não sei se cobre as despesas da bombagem.
 
Última edição:
Mas a bacia hidrográfica é a mesma desde que a barragem foi construída em 1972.

O problema foram muitos anos seguidos de seca que a deixaram bem vazia, e como é uma barragem grande, vai precisar de mais que um inverno chuvoso para encher.
Não é bem assim.
A bacia é a mesma, mas a albufeira do Arade tem muita pouca escorrência, pois se o Funcho tem as comportas fechadas o que sai daqui é um fio de água (e mesmo assim nem sei se o tem.

Nesta imagem do Google Earth, fio de água nem vê-lo.

Ver anexo 20281
Penso que o @efcm se referia à bacia hidrográfica da Albufeira do Monte da Rocha.

É verdade que a Barragem do Monte da Rocha ainda tem alguma dimensão e estava (e está) numa situação bastante delicada, mas o atual inverno e os anteriores não foram assim tão maus em termos de precipitação e a recuperação é muito pouco significativa sempre. Todas as barragens do Sul estão a ter grandes recuperações exceto esta.
Acho que invernos ainda mais generosos em termos de precipitação não deverão vir no futuro e a este ritmo será barragem que apenas dependente dos cursos de água nem aos 50% de armazenamento chegará mesmo que os próximos 2/3 anos hidrológicos fossem igualmente bons.

No entanto, acredito que também tenham levado a capacidade de abastecimento até à última e por isso chegou a valores miseráveis, o que juntamente com a irregularidade da precipitação nos últimos anos também não ajuda.