Seguimento Sul - Junho 2024

[joralentejano]

Boas,
Por Arronches, o dia de hoje tem sido marcado por céu muito nublado e alguns chuviscos.
A partir da próxima semana já regressa o calor e agora deverá ser para ficar, com as típicas oscilações do anticiclone que são normais para aliviar um pouco o calor aqui no interior.

O acumulado mensal de junho é de 8.1mm.

18,1ºC atuais.

 

[joralentejano]

Além de que, ontem havia água por todo o lado e hoje certamente já está tudo seco.

Claro está:

Fonte

 

[StormRic]

Aldeia alentejana foi afetada por "tromba de água" que "ninguém estava à espera".

A aldeia de Brinches foi palco de um “fenómeno meteorológico localizado” que apanhou todos de surpresa. Não há registo de feridos, mas houve várias inundações em dezenas de habitações e várias estradas tiveram de ser cortadas.

Uma espécie de "tromba de água" registou-se na aldeia de Brinches, concelho de Serpa (Beja), na sexta-feira, tendo chovido "150 milímetros em cerca de meia hora", provocando inundações e derrocadas.

"O que aconteceu foi uma tromba de água. Choveram 150 milímetros [ou 150 litros por metro quadrado] durante cerca de meia hora e, na zona mais baixa de Brinches, houve inundações", explicou à agência Lusa o presidente do Município de Serpa, João Efigénio Palma.

Esta "espécie de tromba de água" fez ainda com que "várias estradas, nacionais e municipais, que ligam a Brinches, tivessem de ser temporariamente cortadas", para segurança dos condutores, durante a chuvada, e porque "houve arrastamento de inertes, como terra e pedras, para as vias", que foram depois limpas e reabertas.

As explicações (possíveis) do IPMA​

Fonte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em declarações à Lusa, especificou que este organismo não possui qualquer estação oficial naquela zona do Alentejo, para medir a quantidade de chuva que caiu.

Mas, de acordo com os dados indicados no radar, o valor estimado de chuva na zona "foi de 80 milímetros em três horas, entre as 17:30 e as 20:30", afirmou a fonte.

Aldeia alentejana foi afetada por "tromba de água" que "ninguém estava à espera"

A aldeia de Brinches foi palco de um “fenómeno meteorológico localizado” que apanhou todos de surpresa. Não há registo de feridos, mas houve várias inundações em dezenas de habitações e várias estradas tiveram de ser cortadas.

sicnoticias.pt

Parece-me que ambos os valores não estão correctos, sendo provavelmente mais obviamente incorrecta a estimativa do presidente do município, que não cita dados de observação concretos. O valor de "150mm" virá provavelmente do registo da estação MeteoAlentejo, mas o período de ocorrência não foi, de todo, apenas "meia hora" mas sim cerca de quase duas horas.

A estimativa do IPMA deveria ter em conta o registo da estação MeteoAlentejo, que embora possa ter os valores de acumulado não inteiramente correctos, pelo menos no período de ocorrência não deve ter um erro assim tão grande. A estação registou variação no acumulado de precipitação apenas desde as 17h04 e até às 18h49, ou seja, menos de duas horas. Portanto, nem terá começado só às "17:30" nem terá terminado tão tarde ("20:30"). Provavelmente, haverá aqui também discrepância em relação ao local, estando o IPMA a referir-se a uma zona mais alargada do que a localização estrita da estação WU.

 

[StormRic]

Aldeia alentejana de Brinches afectada por “tromba de água” que causou inundações

“Ninguém estava à espera”, disse o autarca João Efigénio Palma. Ruas e casas afectadas estão agora a ser limpas, mas não há desalojados.

www.publico.pt

Não se compreende como entidades oficiais sustentam estes valores sem apresentar dados concretos de observação. Olharam para os baldes de água?

"
Já [o] comandante sub-regional de Emergência e protecção Civil do Baixo Alentejo, Carlos Pica, também disse à Lusa que Brinches foi "o epicentro de um fenómeno meteorológico extremo localizado". "No espaço de meia hora, caíram 140 a 150 milímetros de chuva, uma quantidade de pluviosidade que causou inundações e fez com que a localidade fosse afectada pelo escoamento da água", disse." "

 

[StormRic]

Certos media para desinformar estão sempre prontos:

Chuva inunda povoação alentejana de Brinches

Trás-os-montes, Sabrosa, Chaves e Valpaços também foram afetados.

www.cmjornal.pt

Duas afirmações flagrantemente falsas (além de um erro típico de unidades)

"
Apesar de não ter estado sob aviso do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), a localidade mais afetada situa-se no Alentejo: Brinches, povoação com 930 pessoas.

Nesta freguesia do concelho de Serpa, a precipitação ao fim da tarde atingiu os 143 milímetros por metro quadrado em apenas uma hora. "

(O distrito de Beja esteve sob Aviso Amarelo até ao fim da tarde de dia 28)
(Na única estação disponível, a MeteoAentejo, foram 113mm em 60 minutos)
(As unidades correctas podem ser: litros por metro quadrado ou milímetros de altura de água)

E ainda: o primeiro vídeo não é de Trás-os-Montes.

Chuva forte e trovoada: Portugal afetado por mau tempo em pleno verão

Acompanhe aqui todos os registos do mau tempo.

www.cmjornal.pt

 

[StormRic]

Isto, pelo contrário, está correcto:

Brinches, em Beja, a localidade mais afetada por inundações após chuva forte. - Rádio Campanário

Brinches, Beja, 29 de junho de 2024 — A localidade de Brinches, no concelho de Serpa, distrito de Beja, foi severamente afetada por inundações esta sexta-feira devido à chuva intensa. Nas redes sociais, dezenas de imagens e vídeos mostram um verdadeiro mar de lama que arrastou cadeiras, vasos e...

www.radiocampanario.com

As imagens impressionantes de fortes inundações no Alentejo (e não só)

<p><span>Brinches, no distrito de Beja, foi uma das localidades mais afetadas. Pelas redes sociais circulam dezenas de imagens do mar de lama que arrastou cadeiras, vasos e, segundo utilizadores do Facebook, até carros.</span></p>

sicnoticias.pt

Chuva intensa provoca inundações no Alentejo — as imagens são assustadoras

Os registos mostram um “mar de lama” que arrastou cadeiras, vasos e até carros. Também houve ocorrência de cheias no norte.

www.nit.pt

Chuva provoca inundações na via pública em Serpa

Uma violenta trovoada que se abateu, esta sexta-feira à tarde, sobre a aldeia de Brinches, concelho de Serpa, originou uma forte chuvada que provocou seis inundações, em habitações e em particular na via pública, essencialmente na zona baixa da povoação.

www.jn.pt

Mas a Lusa...

Serpa: Brinches afetada por "tromba de água" que causou inundações | Rádio Voz da Planície - 104.5FM - Beja

Uma espécie de “tromba de água” registou-se na aldeia de Brinches, concelho de Serpa, na sexta-feira, tendo chovido “150 milímetros em cerca de meia hora”, provocando inundações e derrocadas.

www.vozdaplanicie.pt

 

[StormRic]

Só para terminar os dados relativos ao evento de ontem em Brinches, o registo das DEA, em que a primeira na região Serpa/Moura ocorreu às 15:15 utc e a última às 17:02 utc.
Brinches é um dos vértices de um triângulo que inclui Serpa e Pias.

 

[algarvio1980]

Imagem de radar entre as 18h e as 19h, com a precipitação acumulada numa 1 hora:

Faltam duas imagens de radar anteriores a esta, que já não consegui apanhar...

Provavelmente, vai dar os 80 mm que o IPMA fala.

 

[StormRic]

Provavelmente, vai dar os 80 mm que o IPMA fala.

Sim, embora seja uma estimativa sempre relativamente imprecisa, uma vez que nenhum radar atinge mesmo até à superfície em áreas já afastadas (cerca de 90Km neste caso, desde o radar de Loulé) e também devido ao obstáculo da orografia. A resolução das imagens também dificulta a obtenção de estimativas mais precisas.
Ainda vou pôr aqui as imagens de Coruche e Loulé da refletividade, onde se observa que os topos dos ecos não foram especialmente elevados. No entanto aparecem uns estranhos prolongamentos verticais de ruído sobre aquela célula em particular (mas que aparecem por vezes noutras células em outras ocasiões). Seria interessante saber o que produz esses prováveis ruídos e se significam alguma coisa em relação a características especiais da célula e dos movimentos verticais associados.

 

[Aurélio Carvalho]

Sim, embora seja uma estimativa sempre relativamente imprecisa, uma vez que nenhum radar atinge mesmo até à superfície em áreas já afastadas (cerca de 90Km neste caso, desde o radar de Loulé) e também devido ao obstáculo da orografia. A resolução das imagens também dificulta a obtenção de estimativas mais precisas.
Ainda vou pôr aqui as imagens de Coruche e Loulé da refletividade, onde se observa que os topos dos ecos não foram especialmente elevados. No entanto aparecem uns estranhos prolongamentos verticais de ruído sobre aquela célula em particular (mas que aparecem por vezes noutras células em outras ocasiões). Seria interessante saber o que produz esses prováveis ruídos e se significam alguma coisa em relação a características especiais da célula e dos movimentos verticais associados.

Acho que a temperatura tb baixou numa hora dos quase 28c para os 14c, o que não é muito normal

 

[StormRic]

Acho que a temperatura tb baixou numa hora dos quase 28c para os 14c, o que não é muito normal

Pois não, é bastante raro, terá havido um downburst violento, talvez naquela altura dos incríveis quase 25mm em 5minutos?
E agora que referes esse facto reparo que a descida mais rápida foi precisamente no pico de intensidade da precipitação.

 

[Aurélio Carvalho]

Pois não, é bastante raro, terá havido um downburst violento, talvez naquela altura dos incríveis quase 25mm em 5minutos?
E agora que referes esse facto reparo que a descida mais rápida foi precisamente no pico de intensidade da precipitação.

Também desconfio que tenha sido um downburst... A quantidade de precipitação só é compatível com esse fenómeno!

 

[PedroNTSantos]

Lusco-fusco com o topo da serra de Monchique embrulhado pelas nuvens. A costa ocidental deve estar sob nevoeiro...