Seguimento Sul - Maio 2015

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Em Panóias, pela hora de almoço, caiu granizo com pedras do tamanho de nozes. As pessoas até estavam "parvas" por aquilo ter acontecido assim do nada. De resto, durante a tarde, era trovoada sempre à volta e lá só choveu um pouco, mas nada de especial.

Mas foi um dia bem cheio! :dry: Em muitas terras as hortas estragaram-se, porque foi água e granizo a mais.
 
As imagens da reflectividade do radar de Loulé revelam os espectaculares impulsos verticais explosivos da célula de Beja, que pena não ter conseguido ângulo para a ver daqui.
Às 17:20 (utc) o eco era insignificante. Dez minutos depois começa o primeiro impulso, Beja está assinalada com B, junto ao arco norte dos 100 Km do radar de Loulé; no bordo superior da imagem está a projecção dos ecos no plano vertical perpendicular ao meridiano do radar; o eco da torre atinge os 4-5Km de altitude embebido nos ecos de outras células mais perto de Loulé:
pmgIyr1.jpg


Nos dez minutos seguintes o topo chegou aos 12 Km de altitude, uma velocidade espantosa, é agora uma torre praticamente isolada:
eP6INxr.jpg

M24bzbo.jpg


Dez minutos depois, o eco avermelha-se nos níveis médio/baixo da célula, precipitação forte, e um segundo impulso vai seguir-se:
VOqHUBj.jpg


Vinte minutos depois da primeira, uma segunda torre atinge novamente os 12 Km:
qUjIFjN.jpg


A imagem de satélite é deste momento. Medindo o comprimento da sombra e tendo em conta a direcção do sol (azimute 282º naquele instante) a perspectiva da imagem de satélite não altera significativamente esta medida e obtém-se um valor aproximado de 40 Km. Àquela hora e na zona de Beja a altura do sol era aproximadamente 18º. Uma estimativa da altitude do topo da nuvem acima do solo pode ser então obtida por 40xTg(18º)= 13 Km aproximadamente. Tendo em conta a imprecisão na medida da distância entre a vertical da nuvem e o extremo da sombra, principalmente devido ao deslocamento aparente do topo para noroeste provocado pela perspectiva do ponto de vista do satélite geoestacionário, pode-se concluir que este valor está de acordo com o visível na imagem de radar.

Nas imagens seguintes vê-se os fortes ecos que têm sobretudo na parte posterior da célula, nordeste, um corte abrupto de intensidade:
FUIzd3h.jpg

jcNxc50.jpg

ZAGsUUl.jpg
 
As imagens da reflectividade do radar de Loulé revelam os espectaculares impulsos verticais explosivos da célula de Beja, que pena não ter conseguido ângulo para a ver daqui.
Às 17:20 (utc) o eco era insignificante. Dez minutos depois começa o primeiro impulso, Beja está assinalada com B, junto ao arco norte dos 100 Km do radar de Loulé; no bordo superior da imagem está a projecção dos ecos no plano vertical perpendicular ao meridiano do radar; o eco da torre atinge os 4-5Km de altitude embebido nos ecos de outras células mais perto de Loulé:
pmgIyr1.jpg


Nos dez minutos seguintes o topo chegou aos 12 Km de altitude, uma velocidade espantosa, é agora uma torre praticamente isolada:
eP6INxr.jpg

M24bzbo.jpg


Dez minutos depois, o eco avermelha-se nos níveis médio/baixo da célula, precipitação forte, e um segundo impulso vai seguir-se:
VOqHUBj.jpg


Vinte minutos depois da primeira, uma segunda torre atinge novamente os 12 Km:
qUjIFjN.jpg


A imagem de satélite é deste momento. Medindo o comprimento da sombra e tendo em conta a direcção do sol (azimute 282º naquele instante) a perspectiva da imagem de satélite não altera significativamente esta medida e obtém-se um valor aproximado de 40 Km. Àquela hora e na zona de Beja a altura do sol era aproximadamente 18º. Uma estimativa da altitude do topo da nuvem acima do solo pode ser então obtida por 40xTg(18º)= 13 Km aproximadamente. Tendo em conta a imprecisão na medida da distância entre a vertical da nuvem e o extremo da sombra, principalmente devido ao deslocamento aparente do topo para noroeste provocado pela perspectiva do ponto de vista do satélite geoestacionário, pode-se concluir que este valor está de acordo com o visível na imagem de radar.

Nas imagens seguintes vê-se os fortes ecos que têm sobretudo na parte posterior da célula, nordeste, um corte abrupto de intensidade:
FUIzd3h.jpg

jcNxc50.jpg

ZAGsUUl.jpg


Acredito que ninguém estivesse à espera do tempo que esteve hoje. Por todo o lado, onde quer que fossemos, as pessoas estavam incrédulas com isto, porque esteve uma manhã super agradável, igual a ontem, sem qualquer nuvem, sem nada. E do nada, aparece uma nuvem daqui, outra dali e dá-se um "BOOM" em que de repente chove à força toda, cai granizo e fazem trovões potentíssimos! E eram umas atrás das outras. Acabava de passar uma, vinha logo outra.
Quando começou aqui, no rain alarm era o único ponto reflectivo que existia, que em 10 min passou rapidamente a laranja! Notava-se bem as diferentes correntes que estavam no ar e o calor?! Insuportável! Foi mesmo um dia diferente daqueles que tivemos na última semana :lol:
 
Em Panóias, pela hora de almoço, caiu granizo com pedras do tamanho de nozes. As pessoas até estavam "parvas" por aquilo ter acontecido assim do nada. De resto, durante a tarde, era trovoada sempre à volta e lá só choveu um pouco, mas nada de especial.

Mas foi um dia bem cheio! :dry: Em muitas terras as hortas estragaram-se, porque foi água e granizo a mais.

O radar cerca dessa hora, das 12:20 às 14:20 utc, mostra várias células com ecos vermelhos mas sem atingirem mais do que 10 Km de altitude no topo; quando uma das células atinge Monchique aí sim chega aos 12 Km.
Para gerar granizo desse tamanho as "pedrinhas" tiveram que andar para cima e para baixo na forte corrente ascendente várias vezes. Seria muito interessante ter recolhido algumas dessas "nozes" para depois seccioná-las e contar as camadas sucessivas de deposição/congelação. :)

Início, 7-8 Km de altitude:
0GpkUM0.jpg


Pelas 14h10, ecos vermelhos, 9-10 Km:
JVwom3F.jpg


Quando pelas 15h uma das células chega a Monchique, toca os 12 Km de altitude:
o0ZDfiu.jpg
 
  • Gosto
Reactions: vamm e Mr. Neves
Bom dia! ;)

A caminho do litoral (zona de Vila Nova de Milfontes - Porto Côvo), o tempo está muito "ela por ela", com algum nevoeiro na zona de S. Luis (antes de passar a Serra do Cercal para este lado), mas mais para o lado de Odemira (para não variar, o rio Mira tem sempre dessas coisas). Aqui por esta zona Ribeira da Azenha), estamos assim, sem vento e um sol agradável, pode ser que se mantenha assim o resto do dia.

KXBSv0t.jpg