Uma das maiores jóias esmeralda da Serra é esta:
Uma floresta climácica primitiva mediterrânica.
Se é rara? Se dissesse que esta floresta é raríssima no mundo até se calhar seria pouco.
Provavelmente a última ou uma das últimas.
«Já em 1909, o biólogo Chodat escrevia para o boletim da Sociedade Botânica de Genève
sobre o valioso património vegetal da serra da Arrábida: “A serra da Arrábida parece-nos ter
conservado um dos últimos, senão o último vestígio de uma mata pré-glaciária do sul da
Europa”.
http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/6792278F-EE68-4759-8FF8-E80125BCDE33/0/P_Prev_PNAr_2009.pdf
«Segundo o botânico francês Chodat (1909), o “maciço vegetal é impenetrável: as copas tocam-se,
os troncos entrelaçam-se, os arbustos prendem-se uns aos outros, as trepadeiras enleiam--se, de tal
forma que há plantas mortas a apodrecer, mas que se conservam de pé por não terem espaço para
onde cair. Tudo isto evoca a ideia de uma floresta virgem, sob clima mais rico de calor e humidade
em outras épocas, mais remotas da história do globo”.
http://www.dgidc.min-edu.pt/recursos/Lists/Repositrio Recursos2/Attachments/123/guiao_Floresta.pdf
«Como a sua composição geológica é diferente da planície, instalaram-se aí outras plantas: limitada por uma zona de charneca e de pinhal, a Arrábida apresenta vegetação própria dos terrenos calcarios, tendo conservado em alguns pontos uma floresta espontânea que é antiquíssima.»
Orlando Ribeiro
"A Arrábida: esboço geográfico"