14/12/2011
Fogo: INGM garante que não há nenhum sinal de anormalidade no vulcão
A desagregação de rochas do vulcão do Fogo que tem ocorrido nos últimos dias não está associada a nenhuma actividade sísmica ou que demonstre a reactivação do vulcão, garantiu o técnico do INMG, Bruno Faria.
O técnico do Instituto Nacional da Meteorologia e Geofísica, que tem estado a acompanhar as actividades vulcanológicas do pico do Fogo, disse que dos sinais recebidos não há nada que possa provocar a desagregação das rochas.
Uma situação semelhante ocorreu no mês de Março deste ano, fez saber Bruno Faria, para quem "não há nada de anormal" nisso.
Através de um contacto telefónico afiançou à Inforpress que as causas poderão estar relacionadas com a infiltração da água das chuvas que, ao atingir duas camadas diferentes de rochas, provoca a lubrificação das mesmas e o consequente desmoronamento.
Aquele técnico, que tem acompanhado em tempo real os sinais emitidos através dos equipamentos de vigilância do vulcão do Fogo instalados nas ilhas do Fogo e da Brava, tranquiliza as pessoas e reitera que não há sinal de ocorrência de qualquer erupção vulcânica, desassociando, assim, a queda de rochas com a actividade sísmica.
Contudo, os guias turísticos de Chã das Caldeiras mostram-se preocupados com a desagregação de rochas num dos acessos ao pico principal (em menor escala) e na encosta norte do vulcão, zona dos Mosteiros (em maior escala).
Segundo alguns deles, ouve-se o barulho da queda de rochas, mas o sinal mais evidente são as poeiras que em alguns casos permanecem durante dias, o que significa que há uma queda constante das rochas.
Nem por isso os guias deixam de escalar o pico, mas fazem-no com atenção e cuidados redobrados, asseguraram à Inforpress.
O coordenador do Parque Natural do Fogo (PNF), Alexandre Rodrigues, admitiu ter conhecimento da situação que considera ser um processo natural de erosão.
Anunciou que, na próxima semana, vai analisar com um técnico a possibilidade de avaliar a situação de forma a prever e precaver possíveis danos.
Como a actividade sísmica é algo impossível de se impedir, realçou Alexandre Rodrigues, a coordenação do PNF já recomendou aos guias para estarem com atenção. Antes de escalar o pico, é preciso analisar a situação, podendo sempre deixar de fazer esse percurso para não pôr em causa a segurança dos turistas, aconselhou.
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