Tempestade Vento Região Oeste (23 Dezembro 2009)

Que confirmam perfeitamente que havia ventos acima dos 200 km/h, que muitos ridicularizavam os que defendiam essa teoria, e que mencionavam a existia de um ciclone !!

A meu ver uma faixa de pelo menos 30 km é claramente um ciclone ....

Uma boa tarde, e felizmente ainda existem pessoas que podem confirmar a veracidade do que o povo diz ... ao contrário de outros que somente criticam o que é dito pelos outros .. e que se acham detentores da verdade suprema !!

Quem é que ridicularizou o ciclone ? Claro que foi um ciclone, qualquer depressão é um ciclone, e não tem 30 km, tem muito mais. Numa área mais pequena é que pode ter ocorrido outro fenómeno, um sting jet por exemplo.
O que foi criticado foi o "ciclone tropical", "furacãozinho", "mini tornado" e coisas dessas, referido por alguma imprensa.
 
Quem é que ridicularizou o ciclone ? Claro que foi um ciclone, qualquer depressão é um ciclone, e não tem 30 km, tem muito mais. Numa área mais pequena é que pode ter ocorrido outro fenómeno, um sting jet por exemplo.
O que foi criticado foi o "ciclone tropical", "furacãozinho", "mini tornado" e coisas dessas, referido por alguma imprensa.

Sabes porque eu disse isso ... não sabes? Tu controlas tudo ...
Houve aqui muitos membros que desmentiram categoricamente tal possibilidade e agora vê-se confirmada ....
Aqueles estragos nunca poderiam ser causados por ventos de 120 km/h !!!

Recordo senão me falha a imprensa é que já havia falado nisso (ventos de 200 km/h) ou os populares ... mas deixa para lá ....

Seguinte ....
 
Que confirmam perfeitamente que havia ventos acima dos 200 km/h, que muitos ridicularizavam os que defendiam essa teoria, e que mencionavam a existia de um ciclone !!

A meu ver uma faixa de pelo menos 30 km é claramente um ciclone ....

Uma boa tarde, e felizmente ainda existem pessoas que podem confirmar a veracidade do que o povo diz ... ao contrário de outros que somente criticam o que é dito pelos outros .. e que se acham detentores da verdade suprema !!

Sabes porque eu disse isso ... não sabes? Tu controlas tudo ...
Houve aqui muitos membros que desmentiram categoricamente tal possibilidade e agora vê-se confirmada ....
Aqueles estragos nunca poderiam ser causados por ventos de 120 km/h !!!

Recordo senão me falha a imprensa é que já havia falado nisso (ventos de 200 km/h) ou os populares ... mas deixa para lá ....

Seguinte ....

É raro ter este tipo de intervenção neste fórum mas penso ser necessário dizer o seguinte:

1 - Após busca pelo tópico constatei que existiu apenas um membro a dizer que seriam impossíveis ventos da ordem de grandeza mencionada. A discussão decorreu depois no tópico de forma normal e fundamentada como todos poderão facilmente constatar.

2 - Custa-me muito, e fico deveras surpreendido que um membro regular do fórum se ausente durante algum tempo e regresse propositadamente a este tópico, dirigindo-se à comunidade desta forma, que as citações em cima ilustram dispensando-me de comentários adicionais. Não entendo, não quero entender e só considero lamentável.
 
Mau Tempo: Um mês depois, normalidade regressa ao quotidiano dos moradores e pequenos comerciantes de Torres Vedras
Enquanto os proprietários de estufas contam avultados prejuízos, a normalidade regressa à vida dos habitantes e pequenos comerciantes de Torres Vedras, que, apesar do "medo", agradecem o que o vento não levou há um mês.

Tal como a maioria dos vizinhos, Catarina de Jesus, de 82 anos, e o marido estavam a dormir em casa, na Silveira, quando o forte temporal que atingiu o concelho na madrugada de 23 de Dezembro ganhou a força máxima.

O resto da noite foi passado a rezar, enquanto ouviam as telhas a soltar-se e assistiam pela janela à "destruição" do seu pinhal, que lhes permitia fazer algum dinheiro com a venda de madeira "quando a reforma não chegava".

"Para mim foi um tornado, já só queria que os meus estivessem todos bem. Prejuízo já sabia que tinha", conta à Lusa, referindo que, um mês depois, é ainda mais fácil valorizar o facto de nenhum dos seus familiares ter ficado ferido.

Catarina de Jesus quer ainda esquecer os danos materiais sofridos, que não a impedem de "continuar a vida, como sempre" e de ter uma casa com condições condignas.

Por isso, os estragos nas residências particulares e nos quintais são agora, apenas, tema de conversa nos cafés, como acontece no estabelecimento de Filipe Martinho, no centro da Silveira.

"As pessoas têm medo, estão sempre a recordar. Se havia dificuldades, agora ainda há mais e há que cortar algumas despesas", explicou o dono do Café Daniel, que ficou sem toldos, telhas e vidros das montras na noite da grande tempestade.

À semelhança das outras lojas, o espaço teve de estar fechado três dias, até porque a luz era fornecida por períodos limitados. O negócio sofreu algum prejuízo por não receber clientes nos dias que antecederam o Natal, altura em que as "pessoas saem e gastam mais".

Ainda assim, Filipe Martinho agradece por não estar na pele dos proprietários de estufas de tomate e alface, que se confrontam com prejuízos de milhares de euros e passam agora os dias a tentar recuperar as terras.

Mais fácil é a missão de José Marta, dono de um pequeno terreno numa estrada secundária do concelho, onde planta batata e fava para venda a um comerciante e para consumo próprio.

"Só a fava é que ficou afectada, já era para estar a florir. Tenho andado a amanhar o terreno, que levou com água a mais, mas é só uma questão de atraso na colheita, ainda se aproveita", contou.

Reformado, José mostra-se aliviado por não viver da terra e por o mau tempo não ter afectado o seu dia-a-dia, bem como o da sua família.

João Lotra, morador na vila de A dos Cunhados, partilha do mesmo sentimento.

Apesar de ter sido obrigado a comprar mais de 50 telhas e persianas novas e do vento ter arrancado várias árvores de fruto do quintal, o reformado considera que os danos nas estufas foram os constituíram uma "desgraça".

"Tive alguns gastos, mas não me afectaram muito. Até parte da carne que descongelou com a falta de luz se aproveitou, a minha mulher cozinhou logo tudo o que conseguiu", explicou.

Segundo o morador, só os objectos espalhados por terrenos privados e públicos provam a força da tempestade de 23 de Dezembro, já que as pessoas tentaram arranjar rapidamente as casas.

Habituado a assistir às "queimas da geada" de outros tempos, João acredita, no entanto, que hoje já não se sabe o que é um verdadeiro Inverno.

"Aquilo que aconteceu foi bruto, mas é o Inverno. Só que como agora está tudo acostumado com um Fevereiro de ir à praia, não contam com estas coisas", disse.

Lusa/Fim
 
Situação de tempo severo no Oeste - Estimativas do Radar
2010-01-26 (IM)

No desenvolvimento dos trabalhos técnicos executados no IM, I.P., para uma melhor caracterização do fenómeno meteorológico que afectou a região do Oeste, na madrugada de 23 de Dezembro do ano transacto, recorreu-se à informação disponibilizada pelo Radar Doppler, instalado em Coruche.

Este equipamento de detecção remota viabilizou a estimativa do campo do vento instantâneo ao nível de 10m do solo, complementando os apuramentos observacionais extraidos das duas estações meteorológicas do IM, que haviam registado valores de velocidade máxima instantânea (rajada) na ordem dos 140 km/h.

Da informação obtida foi possível concluir que numa área relativamente limitada e caracterizada por cotas baixas, situada entre Ericeira e Praia da Areia Branca, com evolução de Sudoeste para Nordeste, esteve sujeita a ventos instantâneos extremamente intensos, com valores que oscilaram entre 100 km/h e mais de 230 km/h, consoante a hora e a região afectada, sendo o valor máximo (estimado) registado às 04:26, hora local.

No âmbito dos seus trabalhos de investigação científica o IM aprofundará o estudo do fenómeno, no sentido de uma completa caracterização e para um aperfeiçoamento dos modelos de previsão que viabilizem a antecipação de condições meteorológicas extremas como a ocorrida em 23 de Dezembro, bastante raras no seu desenvolvimento com esta configuração.

- Situação de tempo severo no Oeste - Relatório

Fonte: IM
 
Sabes porque eu disse isso ... não sabes? Tu controlas tudo ...
Houve aqui muitos membros que desmentiram categoricamente tal possibilidade e agora vê-se confirmada ....
Aqueles estragos nunca poderiam ser causados por ventos de 120 km/h !!!

Recordo senão me falha a imprensa é que já havia falado nisso (ventos de 200 km/h) ou os populares ... mas deixa para lá ....

Seguinte ....

mas tu nao ias acreditar nos populares que diziam isso
mas sim em dados
se uns defendiam que os ventos eram inferiores a 200 é porque nao tinham dados e nao tem culpa disso
e alias nao é um fenómeno que acontece todos os anos.. dai haver membros a dizer NAO
por isso ninguem tava a ridicularizar nada
apenas defendiam a sua teoria ;)
 
mas tu nao ias acreditar nos populares que diziam isso
mas sim em dados
se uns defendiam que os ventos eram inferiores a 200 é porque nao tinham dados e nao tem culpa disso
e alias nao é um fenómeno que acontece todos os anos.. dai haver membros a dizer NAO
por isso ninguem tava a ridicularizar nada
apenas defendiam a sua teoria ;)

mas isto nao tem nada que ver com teorias ( pseudo-teorias) inventadas pelas pessoas ou pior, inventadas pelas ( algumas) fontes de comunicação social;)
se alguns jornalistas se dessem ao trabalho de pesquisar não diriam tantas alarvidades ( minitornado, ciclone tropical de grau 3, etc)....em vez disso inventam e tornam as noticias verdadeiras fontes a jorrar de ignorancia e a estipidificar o pais...é algo que me irrita profundamente!
nesse esmo dia viu-se que nao havia modo daquilo ser um tornado...a area abrangida é muito grande ( pelo sting jet porque a propria circulação da depressao, sem contar com o SJ, abrangiu com muita intensidade as areas que marquei no mapa que meti num post mais atraz).
a analise do sat24, permitiu ver que, á frente do hoock, havia uma massa de ar veloz e muito limpida a deslocar-se para ENE, que até criou uma pequena linha de instabilidade ( até foi o andré reparou primeiro que eu ).
esse dado, só ele, permite afirmar que nao se tratava de um tornado mas de um SJ, eventualmente causado pelo baixo geopotencial ou outras causas que ainda nao compreendo bem ( até mesmo um downdraft da celula do hoock..?).
naquela noite eu estava na louriceira e ouvia-se o vento violentissimo, que aumentou exatamente quando o ceu limpou ( ficou limpo muito rapido) e a temperatura subiu cerca de 2º..foi muito interessante e ao mesmo tempo algo assustador xD
 

É de aplaudir este relatório (de 40 páginas!) disponibilizado ao público tão detalhado de pormenores e apenas um mês após o evento :thumbsup:
Ajuda-nos a todos nós também compreendermos o que se passou satisfazendo a natural curiosidade desta comunidade que gosta de saber sempre um pouco mais do que o público em geral sobre um fenómeno desta natureza.

Os meus agradecimentos ao IM e aos autores do relatório.
 
A publicação deste relatório, cerca de um mês após o evento de 23 de Dezembro e o facto de o tornarem acessível na página do I.M. dignifica a Instituição e os Técnicos que o elaboraram.
Foi importante, para mim, perceber que o vento a 10 metros foi estimado, com procedimentos que são explicados, que se tornam claros para leigos no processo (como eu), suportados pelo que se investiga lá fora e demonstrando a importância do Radar Meteorológico para a vigilância, diagnóstico e estudo das situações meteorológicas...demonstrando também a importância do investimento numa rede de radares que cubra todo o País (obviamente - Açores e Madeira incluídos), na existência de Técnicos capazes porque preparados e motivados. Por isso entendo só o Estado estar em condições de suportar em termos económicos...esse investimento o que, como se sabe, não é entendimento geral... .
Continuo a pensar que esta ocorrência está a ser estudada com meios e saberes não disponíveis em outras situações no passado (por exemplo em 15 de Fevereiro de 1941 ou 5/6 de Novembro de 1997...), daí ser dificil ou abusivo fazerem-se comparações, sobre valores máximos atingidos...
 
Boa tarde,

venho aqui deixar algumas fotografias aqui dos arredores aquando do temporal de 23 de Dezembro de 2009.


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Fiquem bem!
 
Eu moro na Lourinhã sei que estou a desenterrar um fenómeno "antigo" peço desculpa mas ao estilo de um blog deixo aqui o relato que ainda está bem vivo na minha memoria.

Dia 23 de Dezembro estava na sala com a esposa a ver TV até por volta da 23 horas, fomos para a cama e azar dos azares parou-me a digestão estava mal e a vomitar até mais ou menos as 2:30 que foi a hora a que consegui voltar a deitar-me ainda não estava a dormir e comecei a ouvir umas rajadas de vento bem fortes lembro-me de dizer a minha mulher ( estas a ouvir este vento esquisito não é ?) parecia que estava a aumentar de intensidade levantei-me vesti-me e fui ver melhor a coisa a caminho da janela da sala que fica virada ao mar ouvi um estrondo a luz apagou-se de repente o vento aumentou como nunca na vida tinha visto.

Ora eu tenho um terraço de 70m2 virado ao mar e infelizmente as janelas também voltadas ao mar tudo quanto era mesas e cadeiras ( que são de madeira e nada leves) vasos com plantas , a casota do cão tudo estava a ser arremessado contra os estores e paredes da casa .

Em pânico pensei aqueles objectos todos a bater iam furar os estores janelas e tudo, o barulho era incrível vejo bastantes programas no Discovery chanel de tornados e furacões , aquilo para mim parecia um tornado mas olhei para o céu e nem uma nuvem, a minha alma estava parva o mundo estava a acabar e nem uma nuvem no ceu só estrelas enquanto tudo o resto estava as escuras.
Mas der-repente comecei a ver clarões enormes azuis ( Bingo é um tornado pensei eu e ainda as nuvens não se vêm daqui estão da parte de trás da casa , aqueles relâmpagos não podiam acontecer sem nuvens certo ?

Errado corri para uma janela na traseira da casa e qual o meu espanto, aquilo não eram relampagos eram as linas de alta tensão a 150m da minha casa a cairem e a causarem curto-circuitos enormes.

Então Resolvi sair e tentar atirar o que pode-se do terraço para o quintal que assim não me destruía o resto que sobrava dos estores. ( Lembro-me de gritar para a minha mulher para se afasta da janela com medo que algo consegui-se partir estores e janelas ao mesmo tempo, e ela estava a espreitar por um dos bocados partidos do estore)

Sai pela porta do quintal que não estava virada ao mar e subi as escadas em direção aquele vento horrivel.
Meus amigos digo-vos já já meteram as mãos de fora do caro a 120kmh era bem pior, não conseguia por-me em pé fui agarrado ao muro do terraço enquanto toda a espécie de detritos vinham no ar, consegui atirar as cadeiras e o restava da mesa para o quintal os vasos já não eram vasos. e o que estava a bater na casa eram telhas das casas mais a baixo da minha.

Parecia que estavam a apedrejar a casa, quando vi a potencia que os objectos tinham quando batiam nas paredes fugi. Fechei as portas da sala e dos quartos que eram onde as janelas estavam a ser castigadas e esperei que passa-se muito desgostoso e com uma sensação de verdadeira impotência de nada poder fazer para salvar os meus bens.

Enquanto esperava tentei ligar a amigos mas a rede de telemóveis não funcionava o fixo funcionava mas para quem queria ligar não tinha fixo.

Eu só pensava quando aquilo ia acabar e pior se aquilo não havia nuvens será que algo pior estava para vir ?

Liguei o portatil saquei a ups do desktop para alimentar o router Adsl e bingo tinha acesso a net, Vim aqui ao site e nada , IM nada Sat24 imagens de satélite NADA e eu dass devo estar a sonhar isto está tudo a ir embora e nenhuma info.
E naquela altura o vento abrandou. Suspirei e no dia a seguir foi tempo de contabilizar os estragos .

Eu tive sorte o telhado só algumas telhas voaram, os meus vizinhos que providenciaram a chuva de detritos, é que tiveram literalmente eu diria 90% do telhado fora.
Janelas com vidros partidos e o alumínio vergado a parede parecia que tinha bicho tal foi a quantidade de telhas que iam martelando o reboco.

Espero nunca mais na vida ter de ver coisa tão assustadora.

Nunca esquecerei o barulho isso ficou gravado na minha mente.

E assim Fica aqui o meu contributo.

Um abraço
 
Obrigado usoldier,

É realmente um relato impressionante do que se passou.

O que acho mais incrível, é felizmente não terem existido nenhumas vitimas mortais. Tendo acontecido durante o dia e talvez o desfecho teria sido diferente...

:thumbsup:
 
Portugalfinalwebpage.bmp
Loopsatportugal.gif


A rapid cyclogenesis coming from the Atlantic and entering Portugal during the night 22nd-23rd December 2009 (with deepening stronger than 20 hPa/24 h), caused important damages (several people wounded, damages in houses and infrastructures, big trees fallen) along a narrow coastal area between the Tagus Mouth and Cabo Carvoeiro, moving Northeast into the inner country. The damaged areas were all located south of the centre of the low, with a minimum observed surface pressure of 969.4 hPa at Cabo Carvoeiro at 04:20, 23 December 2009.

Fonte: Eumetsat