A erupção do vulcão Eyjafjallajökull na Islândia

Volcanic Ash Advisory (para a aviação)
Previsão próximas horas.


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Dióxido de Enxofre (SO2) pelas 06:48z:

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Sismos
Mantém-se a actividade sísmica no Eyjafjallajökull. Em relação ao Katla cuja caldeira fica por debaixo do glaciar Mýrdalsjökull (ver mapa), permanece sossegado em termos sísmicos

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Assunto: Pluma de cinzas vulcânicas - Actualização
Na sequência da actividade do vulcão Eyjafjallajökull e segundo a última informação recebida do Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas (VAAC) de Londres, às 7 horas do Continente a pluma de cinzas vulcânicas encontrava-se em espaço aéreo português, designadamente no nordeste da Região de Informação de Voo (FIR) de Santa Maria e no noroeste da Região de Informação de Voo de Lisboa.

A área atingida era delimitada a sul pela linha definida pelos pontos de coordenadas

42ºN 11ºW ? 41ºN 14ºW - 42ºN 21ºW - 45ºN 23ºW

e era delimitada a norte pela linha definida pelos pontos de coordenadas

45ºN 16ºW ? 43ºN 16ºW ? 43ºN 14ºW ? 45ºN 13ºW

O topo da pluma pode atingir os 20000 pés, cerca de 6 quilómetros.

A pluma deverá continuar a deslocar-se para Sul durante o dia de hoje, mas não atingirá ainda a parte continental do espaço aéreo português.

O IM encontra-se a acompanhar a situação e actualizará a informação sempre que considere necessário.

Divisão de Meteorologia Aeronáutica, Centro Meteorológico para a Aeronáutica de Lisboa
Meteorologista: João Andrade
Actualizado a 06 de Maio de 2010 às 06.00 UTC (07.00h do Continente)

Instituto de Meteorologia http://www.meteo.pt/pt/
 
agora ve.se bem que nao é uma nuvem. Agora é claramente vapor de agua.
A pouco tive a sorte de ver a webcam a tremer (talvez um tremor de terra?)

Olhando para a localização da webcam e a altitude dela, penso que o glaciar Mýrdalsjökull que cobre a caldeira do Katla nem se consegue ver pelas imagens, talvez muito ao longe no horizonte que tem estado sempre com neblina, e isto presumindo que a webcam está mesmo apontada para lá.

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http://www.ruv.is/katla/
 
Nuvem de cinzas medida sobre Évora desde quarta feira graças a equipamento único em Portugal

O equipamento, que está a fornecer as primeiras medições reais sobre Portugal, não apenas dados de projeções meteorológicas, é um sistema RAMAN LIDAR (Light Detection And Ranging) multicanal. O LIDAR está no Centro de Geofísica (CGE) da Universidade de Évora e mede o perfil vertical dos aerossóis, partículas sólidas ou líquidas, com propriedades muito variadas, em suspensão na atmosfera e com influência no sistema climático.
O equipamento - emite um laser que é refletido nos constituintes atmosféricos, em vários comprimentos de onda, o que permite detetar as diversas partículas - integra a rede europeia EARLINET (European Aerosol Research LIDAR NETwork), que tem 30 destes sistemas, em 14 países europeus. O CGE já esperava, depois da primeira erupção do vulcão Eyjafjöll, a 14 de abril, que alguns aerossóis da pluma chegassem a Portugal continental e pudessem ser medidos.
Com o vulcão ainda em atividade, uma nova nuvem de cinzas foi libertada esta terça feira e provocou o encerramento temporário do espaço aéreo da Escócia e da Irlanda. Frank Wagner, responsável da estação do CGE na EARLINET, revelou hoje à agência Lusa que na quarta feira à tarde as imagens proporcionadas pelo LIDAR mostraram, pela primeira vez, "algumas cinzas vulcânicas" na atmosfera, sobre Évora.
"Podemos ver aerossóis a uma altitude de cerca de três a quatro quilómetros", disse, referindo, baseado num modelo meteorológico concebido para calcular a trajetória, que as partículas "vieram do norte". O responsável mostrou ainda à Lusa, em imagens de computador com as medições do LIDAR, que as cinzas ainda hoje são visíveis sobre Évora, mais ou menos à mesma altitude.
Contudo, por serem "pequenas concentrações" de cinzas, pelo menos de momento, Frank Wagner garantiu não existirem implicações para o tráfego aéreo em Portugal. Devido às suas características, os aerossóis das cinzas vulcânicas têm "implicações no clima" e "quando caem para a superfície terrestre, na biosfera e na saúde".
"Quando a concentração é baixa, como é agora o caso de Portugal, as implicações são pequenas. Mas, na Escócia, onde a concentração é maior, as implicações são maiores", frisou. Se o vulcão islandês continuar com erupções e estas forem de "maior intensidade", realçou o investigador alemão, "mais partículas chegarão a Portugal" e aí, "em princípio, poderão existir mais implicações".
Por exemplo, em termos climáticos, estes aerossóis, por refletirem a luz solar, fazem com que menos radiação chegue à superfície: "O vulcão Pinatubo, em 1991, provocou maiores impactos na atmosfera global, que arrefeceu meio grau". Já quanto à natureza, o positivo é que "as cinzas vulcânicas têm componentes fertilizantes para as plantas", mas, ao mesmo tempo, na ótica negativa, "muitos vulcões emitem sulfato de óxido que, com água, dá ácido sulfúrico, o que é prejudicial".
Os sistemas LIDAR, como o de Évora, são “muito importantes para verificar se as projeções meteorológicas da trajetória da pluma vulcânica estão corretas”, de forma a alertar o tráfego aéreo, e “identificar as propriedades das cinzas”, para “calcular o seu impacto no clima, nas nuvens e na qualidade do ar”, rematou.

Destak
 
Segundo esta imagem divulgada ás 00h00 de 7 Maio pelo Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas de Londres, a pluma de cinzas vulcanicas do vulcao na Islandia, irá colocar-se sobre a zona de Lisboa ás 12h de dia 7, será que esta poderá condicionar o trafego aereo nacional? Principalmente o aeroporto de Lisboa?




http://meteofebres.blogspot.com/
 
No sensor satélite pelas 1945z já aparecem elevadas concentrações de SO2 próximo de Portugal


(experimental and for testing purpose only)

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Um pequeno time-lapse que fiz esta manhã, pouco antes do tempo encobrir na webcam da Vodafone

 
Editado por um moderador:
à tarde o aeroporto de lisboa corre o risco de encerrar??

Deve depender da localização da nuvem e a altitude a que se encontra, e se afecta todas as rotas ou alguma pode ser utilizada nas aproximações e descolagens. A decisão cabe à Navegação Aérea de Portugal.


Ultimo VAAC:

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Olá,
qual é a fonte desta imagem?

http://satepsanone.nesdis.noaa.gov/pub/OMI/OMISO2/

Refere-se ao SO2 (dióxido de Enxofre), julgo que é de um sensor do satélite Aura, mas como diz na página, o produto é experimental. E apresenta alguns problemas, com umas faixas em branco devido a um problema num sensor. Além disso não é geoestacionário, é preciso aguardar que faça uma passagem pela zona. Outro problema que detectei é que as imagens mudam de hora apesar de se manterem iguais, por exemplo a imagem que está neste momento apesar de ter uma hora desta madrugada na verdade ainda é a mesma de ontem à tarde pelo que não se percebe bem a que horas de facto se referem, suponho que seja preciso procurar no site informação adicional sobre as passagens, para quem tem tempo.

(ontem)
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