A Noite na Serra de Sintra
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Sem palavras, que registos.
A "nossa" serra é uma maravilha, quanto mais a conhecemos mais nos afeiçoamos
Fantásticas Ricardo!
Como é que conseguiste aqueles céus tão estrelados?
Basicamente por estar realmente um céu muito transparente. Usei ISO bastante alto, 1600 ou mais, no RAW pus altos contrastes e depois fiz redução de ruído na edição do JPG, com diferentes técnicas, mas o resultado ainda está aquém do desejado. Nota que estas imagens estão bastante reduzidas, parecem sempre melhor que os grandes formatos. Vou pôr aqui os dados técnicos de algumas. O ideal era ter um tripé com montagem equatorial para seguimento do movimento diurno, mas... ainda não cheguei lá.
Simplesmente deslumbrantes!
Tens uma sensibilidade mágica!
Obrigado por estas partilhas incríveis!
Muito obrigado pelo vosso incentivo! A sensibilidade é da vossa parte por apreciarem tanto. É um grande prazer todos partilharmos a paixão pela fotografia e por aquilo que fotografamos, especialmente no nosso fantástico fórum!
actioman
Cumulonimbus
Ora ai está, isso também eu sonho há algum tempo! E claro umas boas lentes com grandes aberturas (f/2.8 a f/1.4). Mas pronto sonhar não custa!
Ora ai está, isso também eu sonho há algum tempo! E claro umas boas lentes com grandes aberturas (f/2.8 a f/1.4). Mas pronto sonhar não custa!
Pois, uma 1.4 era ideal, as 3.5 que uso falta-lhes sempre esse salto de luminosidade que obriga a entrar nos ISO 1600 e por aí acima, uma trabalheira depois com o ruído.
João Pedro
Super Célula
Obrigado pela explicação!
Mesmo assim, com tanta luz "lá em baixo" não deixa de surpreender o que conseguiste captar. Aqui no Porto é impossível com tanta poluição luminosa, só mesmo indo para a Serra de Santa Justa! Mas à noite não me arrisco a ir para lá sozinho!
Tripé com montagem equatorial... pois, não me parece que alguma vez lá chegue...
Mesmo assim, com tanta luz "lá em baixo" não deixa de surpreender o que conseguiste captar. Aqui no Porto é impossível com tanta poluição luminosa, só mesmo indo para a Serra de Santa Justa! Mas à noite não me arrisco a ir para lá sozinho!
Isto é na encosta norte, do lado sul com as luzes de Cascais a Lisboa, a visibilidade é mínima. E é preciso que esteja tempo seco, algo raro em Sintra claro.
Off-topic: no eBay talvez seja possível encontrar alguma coisa, ainda não pensei a sério.
Urquinha, pela Floresta Tenebrosa
Um pequeno apontamento de um cimo da Serra onde, à noite, só fui uma vez, embora seja pouso frequente noutras horas do dia.
A razão é o acesso ser feito pelo meio de uma mata compacta, de cedros principalmente, e que mesmo durante o dia já é extremamente escura devido às árvores estarem tão próximas umas das outras que se torna difícil até passarmos entre elas.
Do ponto mais alto da estrada asfaltada das Pedras Irmãs (que liga a Malveira da Serra à Peninha) sai um estradão de terra batida que se dirige mais adiante ao Monge. Logo à saída do entroncamento com a estrada começa-se a procurar um trilho que suba a berma norte do estradão. Depois, já dentro da mata, procura-se passagem ou trilho que ainda se veja, ou que não esteja obstruído por ramagens caídas. Objectivo: subir o mais possível a encosta, mantendo-nos para o lado poente da mata. Assim que o sol se põe numa noite sem lua e sem nuvens, a visibilidade é nula, com lanterna a orientação é confusa e mesmo sabendo-se que a saída se encontra algures descendo a encosta podemos ficar encurralados pelas silvas abundantes na periferia e que constituem uma muralha intransponível. Recomenda-se traçar o caminho a GPS. Noutro tópico mostrarei muito mais da paisagem vista destes cimos, um dos quais, o Calhau dos Corvos, é o terceiro cimo mais alto da serra depois da Cruz Alta e da Pena, mais alto do que o Monge.
Hoje, 3 de Maio de 2014, é só para ver a Peninha sob as estrelas desta perspectiva. Nortada forte neste dia, só alguns dos penedos proporcionam alguma protecção.
No topo da floresta tenebrosa, a periferia abre-se, os espaços entre as árvores são maiores e a luz acobreada do poente penetra.
Uma pequena abertura permite ao trilho saír da mata desembocando num caos de blocos graníticos com vista para poente, para a Peninha, e conseguindo-se ver ambos lados norte e sul da serra.
A praia do Guincho e a Peninha
O sol desapareceu, a Lua e Júpiter seguem-no. O farol da Roca do lado direito, o Guincho do lado esquerdo, a Peninha ao centro.
Sirius escolta Orion no seu mergulho além do oceano
Talvez um dos locais da serra onde nos sentimos mais longe de tudo.
Um pequeno apontamento de um cimo da Serra onde, à noite, só fui uma vez, embora seja pouso frequente noutras horas do dia.
A razão é o acesso ser feito pelo meio de uma mata compacta, de cedros principalmente, e que mesmo durante o dia já é extremamente escura devido às árvores estarem tão próximas umas das outras que se torna difícil até passarmos entre elas.
Do ponto mais alto da estrada asfaltada das Pedras Irmãs (que liga a Malveira da Serra à Peninha) sai um estradão de terra batida que se dirige mais adiante ao Monge. Logo à saída do entroncamento com a estrada começa-se a procurar um trilho que suba a berma norte do estradão. Depois, já dentro da mata, procura-se passagem ou trilho que ainda se veja, ou que não esteja obstruído por ramagens caídas. Objectivo: subir o mais possível a encosta, mantendo-nos para o lado poente da mata. Assim que o sol se põe numa noite sem lua e sem nuvens, a visibilidade é nula, com lanterna a orientação é confusa e mesmo sabendo-se que a saída se encontra algures descendo a encosta podemos ficar encurralados pelas silvas abundantes na periferia e que constituem uma muralha intransponível. Recomenda-se traçar o caminho a GPS. Noutro tópico mostrarei muito mais da paisagem vista destes cimos, um dos quais, o Calhau dos Corvos, é o terceiro cimo mais alto da serra depois da Cruz Alta e da Pena, mais alto do que o Monge.
Hoje, 3 de Maio de 2014, é só para ver a Peninha sob as estrelas desta perspectiva. Nortada forte neste dia, só alguns dos penedos proporcionam alguma protecção.
No topo da floresta tenebrosa, a periferia abre-se, os espaços entre as árvores são maiores e a luz acobreada do poente penetra.
Uma pequena abertura permite ao trilho saír da mata desembocando num caos de blocos graníticos com vista para poente, para a Peninha, e conseguindo-se ver ambos lados norte e sul da serra.
A praia do Guincho e a Peninha
O sol desapareceu, a Lua e Júpiter seguem-no. O farol da Roca do lado direito, o Guincho do lado esquerdo, a Peninha ao centro.
Sirius escolta Orion no seu mergulho além do oceano
Talvez um dos locais da serra onde nos sentimos mais longe de tudo.
Pedra Amarela, o lugar da torre de vigilância de incêndios.
Marco geodésico a 407m nos contrafortes da encosta sul do Monge, separa o vale da Ribeira da Mula do vale da Malveira da Serra. O mais fácil dos acessos, o local mais diabolicamente ventoso depois da Peninha, mas sem possibilidade de abrigo.
Assim que acaba a subida pela estrada asfaltada da Malveira da Serra encontram-se logo os portões com acesso de viaturas reservado do perímetro do Campo Base da Pedra Amarela. Daí à Torre e ao marco são cinco minutos a pé.
Vista desde o marco para oriente, com os cimos nobres no horizonte.
Aqui se mostra que a Pedra Amarela é visível de Montemor e da Serra da Amoreira
26 Outubro 2013
10 Janeiro 2012
Quase a chegar ao topo do caminho, dá-se de caras com Orion:
e vislumbra-se o o brilho do Palácio da Pena com a silhueta da Cruz Alta à sua direita, sobre o mar de luz da Grande Lisboa:
a Vigia nocturna e ao fundo as luzes da Ericeira a Sintra:
os "olhos da sabedoria" foram pintados no marco geodésico, quem sabe por quem... o astro brilhante só podia ser Vénus:
panorama para oeste, onde se evidencia a grande diferença entre o norte e o sul da serra quanto a poluição luminosa:
de regresso, descendo a estrada da Malveira, reencontra-se a escuridão
na última curva da estrada há um pequeno ponto de vista sobre o vale na direcção da Peninha:
26 Agosto 2013
Noite de verão e de luar e sem vento, mas céu transparente...
...até a Lua nascer...
e iluminar a serra quase como se de dia fosse.
o Palácio às escuras mas a paisagem brilha com outras luzes
de regresso à Malveira, a última foto para a Peninha, do lugar do costume
13 Agosto 2014
Este ano, durante as Perseides, tentativa frustrada ou quase de ver estrelas cadentes. Para tirar estas fotos tinha que estar agarrado ao marco e segurando teimosamente o tripé para não voar tudo com o vento.
última luz do crepúsculo
uma perseide sobre a vigia
o cúmulo da teimosia: Via Láctea sobre Cascais
um dia hei-de lá estar quando houver um apagão...
Marco geodésico a 407m nos contrafortes da encosta sul do Monge, separa o vale da Ribeira da Mula do vale da Malveira da Serra. O mais fácil dos acessos, o local mais diabolicamente ventoso depois da Peninha, mas sem possibilidade de abrigo.
Assim que acaba a subida pela estrada asfaltada da Malveira da Serra encontram-se logo os portões com acesso de viaturas reservado do perímetro do Campo Base da Pedra Amarela. Daí à Torre e ao marco são cinco minutos a pé.
Vista desde o marco para oriente, com os cimos nobres no horizonte.
Aqui se mostra que a Pedra Amarela é visível de Montemor e da Serra da Amoreira
26 Outubro 2013
10 Janeiro 2012
Quase a chegar ao topo do caminho, dá-se de caras com Orion:
e vislumbra-se o o brilho do Palácio da Pena com a silhueta da Cruz Alta à sua direita, sobre o mar de luz da Grande Lisboa:
a Vigia nocturna e ao fundo as luzes da Ericeira a Sintra:
os "olhos da sabedoria" foram pintados no marco geodésico, quem sabe por quem... o astro brilhante só podia ser Vénus:
panorama para oeste, onde se evidencia a grande diferença entre o norte e o sul da serra quanto a poluição luminosa:
de regresso, descendo a estrada da Malveira, reencontra-se a escuridão
na última curva da estrada há um pequeno ponto de vista sobre o vale na direcção da Peninha:
26 Agosto 2013
Noite de verão e de luar e sem vento, mas céu transparente...
...até a Lua nascer...
e iluminar a serra quase como se de dia fosse.
o Palácio às escuras mas a paisagem brilha com outras luzes
de regresso à Malveira, a última foto para a Peninha, do lugar do costume
13 Agosto 2014
Este ano, durante as Perseides, tentativa frustrada ou quase de ver estrelas cadentes. Para tirar estas fotos tinha que estar agarrado ao marco e segurando teimosamente o tripé para não voar tudo com o vento.
última luz do crepúsculo
uma perseide sobre a vigia
o cúmulo da teimosia: Via Láctea sobre Cascais
um dia hei-de lá estar quando houver um apagão...
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