Clima à beira da Ruptura
Até agora, a maioria dos cientistas tem situado num futuro mais ou menos distante (algures entre 2050 e 2100) os piores cenários desencadeados pelas alterações climáticas. Agora, um grupo de 52 cientistas divulgou um estudo que alerta para o facto do sistema climático da Terra poder estar já a atingir o ponto de não retorno. Isto é, o ponto em que as medidas para travar o aquecimento global serão inúteis para evitar o pior. No estudo, intitulado Elementos de Viragem no Sistema Climático da Terra, publicado pela revista
Proceedings of the national academy of science o grupo de cientistas indica nove grandes elementos do sistema climático, situados em vários pontos do Globo, que já apresentam sinais de desequilíbrio. O problema é que como todos estão interligados, as alterações num destes elementos podem ter repercussões em todo o Planeta. A principal novidade do relatório em relação às previsões do IPCC está no prazo para a ocorrência das mudanças. Assim, enquanto o IPCC prevê que a interrupção das monções asiáticas e africanas só ocorram a partir de 2100, o grupo de investigadores considera que os dados actuais indicam que o fenómeno já sofreu alterações, visíveis na diminuição da intensidade e quantidade de precipitação. Da mesma forma, o relatório atribui à floresta amazónica uma esperança de vida de 50 anos. De acordo com os cientistas a desflorestação tem alterado o clima na Amazónia, tornando-se mais quente e menos chuvosao, o que será fatal para a vegetação local. Mais relacionada com Portugal está a previsão relativa às correntes oceânicas globais. Ao assegurarem o transporte da água quente das regiões tropicais até às regiões polares e vice-versa., estas correntes garantem o conforto térmico mínimo em todo o Planeta. Um dos seus braços é a Corrente do Golfo que passa pela perto da Europa, impedindo o Velho Continente, de gelar a proximidade com o Pólo Norte. A comunidade científica teme que a presença em excesso de água doce no Atlântico Norte possa interromper a corrente do Golfo, porém o IPCC não aconteça antes de 2100/2200. Mas os 52 investigadores envolvidos no estudo, analisando os dados mais recentes acreditam que a corrente do Golfo já está a enfraquecer apresentando como explicação o degelo da Gronelândia, o aumento da precipitação do Norte da Europa e o degelo dos glaciares. Assim sendo, prevêem um colapso desta corrente oceânica até 2100 o que levará ao arrefecimento do Hemisférico Norte.
Nove sinais que provam a mudança:
1-
Recuo da camada de gelo da Gronelândia
Prazo previsto: 300 anos
Consequências: o derretimento deste imenso bloco de gelo levará a um aumento de 2 a 3 metros do nível do mar
2-
Colapso da corrente oceânica global
Prazo previsto: 100 anos
Consequências: Arrefecimento a nível local, especialmente no Atlântico Norte: Europa, América do Norte. Alterações da zona de convergência intertropical(que deve deslocar-se para o sul). Aumento do nível do mar.
3-
Colapso da plataforma gelada a Oeste da Antártida
Prazo previsto: 300 anos
Consequências: A confirmar-se, a diluição desta enorme plataforma nos oceanos levará a aumentar 5 metros o nível do mar.
4-
O El Niño tornar-se-á mais intenso
Prazo previsto: 100 anos
Consequências: Intensificação de seca no Sudoeste asiático e noutras zonas do planeta
5-
Desaparecimento da floresta amazónica
Prazo previsto: 50 anos
Consequências: Diminuição acentuada da chuva, e perda de biodiversidade e extinção de espécies
6-
Alteração das monções na região ocidental de África
Prazo previsto: 10 anos
Consequências: fome, seca
7-
Colapso das monções na Ìndia
Prazo previsto: 1 ano
Consequência: seca
8-
Desaparecimento da floresta Boreal
Prazo previsto: 50 anos
Consequências: Alteração da Biodiversidade
9-
Degelo no Ártico
Prazo previsto: 10 anos
Consequência: o gelo no Verão deverá desaparecer, e o ponto de não retorno já foi atingido
Fonte: Nova Gente
Cá está a promessa que tinha feito um estudo interessante
![Big Grin :D :D](/forum/styles/meteopt/smilies/biggrin.gif)