Exacto. Não é por aquele mapa que se pode deduzir estar a Europa mais quente do que África (que região de África?).
No entanto, aquela zona de grande anomalia negativa pode significar realmente valores inferiores aos extremos que se estão a registar na Europa ocidental.
O meu espanto é tão sómente para essa área limitada na África ocidental, restringindo-se ao Mali, Mauritânia e Senegal, maioritariamente desértica, de estepe ou sub-estepe.
O meu espanto é tão sómente para essa área limitada na África ocidental, restringindo-se ao Mali, Mauritânia e Senegal, maioritariamente desértica, de estepe ou sub-estepe.
Parece-me ter haver com uma posição anormalmente a norte da zona de convergência intertropical, também o sul da Península Árabe e o Paquistão têm tido mais convecção do que o normal.
Há 7000 anos atrás, os cereais da Rússia e da Ucrânia não alimentavam parte do mundo. Em geral, comia-se o que havia nas redondezas. Pela lógica, cada um que se desenrasque (o mesmo pode ser aplicado a todas as exportações russas).
Há 7000 anos a população mundial era de... poucas dezenas de milhões. Contínuas comparações com as exigências de ~8.000.000.000 (grande parte deles com estilo de vida inferior ao 'ocidental') continuam a transcender-me. Pior aqui, quando são acompanhadas de (pseudo-)superioridade intelectual.
Cabe ressalvar que, se houver realmente uma transição energética eficaz para fontes mais amigas do ambiente (nuclear, renováveis...), as petro-economias que não diversificarem a sua atividade económica essencialmente deixarão de existir ou entrarão em bancarrota. A Rússia é uma dessas economias.
Acho importante realçar algum texto e imagens do artigo que saiu na Nature e que já foi falado aqui.
- A expansão do AA no Inverno irá criar cada vez mais bloqueios da zonal norte atlântica. No período 1980-2005, houve 6,4 Invernos com uma área de AA extrema, contra o período desde 1850, em que a média é de 2,6 Invernos a cada 25 anos.
- O AA da era industrial comporta-se de forma diferente da sua era pré-industrial, sendo a área deste maior na era industrial e também com mais eventos de área extrema. É observável que os eventos extremos nos últimos séculos se devem à emissão de gases com efeito de estufa (GHG).
- O aumento do nº de casos de AA de área extrema é refletida na precipitação, principalmente na costa oeste da Peninsula Ibérica, com -35,3 mm/mês de chuva.
- A expansão da área do AA é consistente com uma NAO positiva nas últimas décadas, que também tem como consequência um menor bloqueio do lado ocidental do Atlântico Norte, maiores condições de seca na Europa Ocidental e a redução da camada de gelo do Árctico.
Para concluir: Estas descobertas têm implicações importantes para as mudanças projetadas no hidroclima do Mediterrâneo Ocidental ao longo do século XXI, sendo que um aquecimento adicional vai provavelmente refletir-se em mudanças nas características extremas do AA, como mostrado aqui ao longo dos séculos passados, e riscos climáticos futuros impostos aos setores agrícolas produtivos, como viticultura e olival, em toda a Península Ibérica.
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A ciência continua a alertar-nos do que está acontecer e como VAI piorar, se o aquecimento continuar. E nós, Portugal e Espanha, levamos a medalha de ouro dos países mais afetados da Europa. É fácil perder a esperança, por muito que nós consigamos eliminar prontamente as emissões, a atmosfera não olha para países...
"Os glaciares dos Alpes podem estar a perder as maiores quantidades de cobertura em pelo menos 60 anos. O território foi assolado por duas grandes ondas de calor. “Estamos a ver no presente indicadores que os nossos modelos só previam para daqui a algumas décadas”, referem os cientistas"
Os glaciares dos Alpes podem estar a perder as maiores quantidades de cobertura em pelo menos 60 anos. O território foi assolado por duas grandes ondas de calor. “Estamos a ver no presente indicadores que os nossos modelos só previam para daqui a al
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Para evitar a tradução , é preferível ler o artigo original da Reuters:
From the way 45-year-old Swiss glaciologist Andreas Linsbauer bounds over icy crevasses, you would never guess he was carrying 10 kg of steel equipment needed to chart the decline of Switzerland's glaciers.
Investigação reuniu trabalho de dezenas de cientistas que trabalham em 11 países, incluindo Portugal. A sucessão frequente das ondas de calor não permite a recuperação das comunidades de corais e esponjas.
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Anomalias brutais no Mediterrâneo Central e Ocidental: > 5ºC em algumas zonas, especialmente no Mar da Ligúria (golfo de Génova) e Tirreno. As zonas que se aproximam e também influenciam mais os Alpes
Em certos locais a temperatura superficial da água chega aos 30ºC, mais 10ºC do que na costa Oeste da Península Ibérica: