Os eventos extremos têm aumentado de frequência e de intensidade, assim o indica, quem estuda na área (Apesar de também haver alguns investigadores que indicam que é difícil ainda dizer de forma concreta, ou seja quantificar, porque ainda temos poucas décadas de dados). Mas a previsão é claramente de aumento de intensidade e frequência. QUando se fala de desequilibrio climático, é na vertente de nós estarmos a influenciar estas variações climáticas de forma significativa, e entrarmos num ponto de não retorno.
Relativamente aos períodos quentes e frios, é verdade, sempre houve. Até já houve períodos mais quentes que agora. O que os especialistas indicam é que nunca houve é um aquecimento tão rápido, num curto espaço de tempo (e influenciado por nós). Isto é factual, penso que podemos dizer isto de forma categórica. Não é a minha opinião.
Não há prova nenhuma do aumento de intensidade e frequência de eventos extremos. Isso é uma falácia propagandista que já vi desmontada por outros cientistas e até pode ser constatada em dados básicos:
O que existe sim, também por causa do histerismo climático, é uma tendência a denominar tempestades cada vez mais crescente quando no passado as mesmas não o teriam sido, ou dada a menor preocupação e comunicações menos desenvolvidas, passavam sem ser sinalizadas pela ciência global.
Hoje, porem, não há evento climático que não seja registado, nomeado e inserido nas bases de dados. Aliás, já li certos cientistas referir que os parâmetros que definem o que é um evento extremo e o que é que deve ser nomeado é altamente contestável e existe falta de consenso. Logo, quanto mais histerismo, mais tempestades.
E mesmo assim, o sinal actual não é diferente do de há uns 20 anos atrás.
Quanto ao facto da temperatura ter subido a uma velocidade recorde, mais uma vez, não temos forma de o saber. Os sinais que temos de períodos climáticos divergentes dentro da história "recente" não nos permite concluir o que aconteceu ano a ano, e nem sequer década a década com clareza. Dá-nos sim um sinal consistente ao longo de períodos mais alargados. Diz-nos que fomos de A para B em 300 anos mas não nos diz a que velocidades e ritmos tal aconteceu. Pode muito bem ter subido em flecha nos primeiros 50, descido um pouco nos próximos 10 anos, voltado a acelerar a ritmo recorde de seguindo e depois evoluindo muito mais linearmente. Se estivermos a falar de períodos de milhares de anos então, ainda muito menos temos capacidade de afirmar que hoje estamos a bater recordes.
O que existe hoje é um registo detalhado constante que nos permite chegar a estas conclusões sem contudo podermos afirmar com toda a certeza que eventos mais extremos tivessem acontecido no passado.
Da mesma forma, apesar de ser evidente que uma civilização como a nossa tem manifestamente que ter um impacto no ambiente, até que grau somos responsáveis é pura ficção. Novamente, temos claro um impacto. Mas considerar que somos o factor principal da mudança climática planetária depois de saber as variações monstruosas que já aconteceram desde que os Humanos andam na terra, e isso sem este ter qualquer papel em "emissões" e outras formas poluentes, é no mínimo incompreensível.
Usar termos absolutistas no que toca ás alterações climáticas colocando o Ser Humano no centro exclusivo das mesmas não só revela preguiça intelectual como gera uma perigosa política anti Humanista que tende a coagir as sociedades e criar potenciais problemas muito mais mortíferos que as alegadas alterações climáticas (que na realidade não tem sido responsáveis por mais mortes de origem climática que no passado).