Dias Miguel
Cumulonimbus
geolocalização da ilha Terceira
@lserpa, através do google maps só me deu confusão, mas depois optei por outra ferramenta. Neste site consegui finalmente entender o porquê da latitude e longitude não baterem certo com as referências do Google Maps.
Enfim, o mistério vai continuar Há mesmo pouca informação.
Pois é @Orion, com tão pouca informação é difícil chegar a alguma conclusão final. Se observamos a trajectória descrita pelo NOAA
parece ser algo errática e só poderia ser confirmada com os registos meteorológicos dos diferentes observatórios das ilhas açorianas. Mas até nessa situação persistem dúvidas inclusive nos registos...
Sinceramente creio que a tempestade tenha de alguma forma passado entre S. Miguel e S. Maria, afectando as duas ilhas, fazendo depois um movimento retrógrado , passando entre o Faial e as ilhas ocidentais, gerando chuvas intensas. Mas acredito que tenha sido já um sistema enfraquecido, nunca num Categoria 2...
Quanto às eventuais fatalidades, naquele então as notícias eram sempre escassas e, tendo em conta que a notícia do Times é escrita em Lisboa e duvido que em Lisboa se soubesse quem morria ou deixava de morrer nos Açores... A única forma viável de determinar se houve perdas humanas é através dos registos eclesiásticos dos óbitos das diferentes paróquias das ilhas. Pessoalmente acredito que, mesmo com uma tempestade tropical enfraquecida, o facto da população estar em abrigos provisórios após o sismo terá havido algumas perdas humanas...
Saliento até outro dado: refere-se que o sismo só provocou 9 mortes. Com a destruição que é patente nas fotografias duvido muito que tenha sido esse o número total de mortos... Por analogia, "aligeirar números de fatalidades" é algo que poderá ter acontecido no caso da tempestade. Até porque era uma prática habitual nessas épocas, pois estávamos já no arranque da Ditadura. Basta ver a notícia de ontem acerca da polémica das vítimas de Pedrogão e aquilo que o presidente referiu quanto às catástrofes durante o Estado Novo, nomeadamente as cheias de 1967.