Árvores e Florestas de Portugal

  • Thread starter Thread starter Mjhb
  • Data de início Data de início
Boa noite

Será que me podiam ajudar a tentar perceber o que poderá ter acontecido para 2 ginjeiras terem morrido aqui em casa?
Uma delas ainda não está completamente morta, mas pelo aspeto que tem, com os ramos secos e cheios de liquen, está para se ir também.

Já têm bastantes anos cá em casa. Penso que, no ano passado, ou há 2 anos, não consigo precisar bem, a que estava no quintal atrás da casa secou e partiu.
A outra, em frente da casa, no ano passado, depois de ter dado algum fruto, muito menos que o normal, após o Verão, começou a definhar. Reparei nalguns ramos que estavam a secar de forma anormal (mais do que o costume).

Há aqui alguém que perceba de botânica e que consiga ajudar? Se for preciso, posso tirar umas fotografias amanhã para verificarem. Terá sido falta/excesso de água? Falta de nutrientes?

Obrigado pela atenção.

Com os melhores cumprimentos,
Renato Casqueira
 
Boa noite

Será que me podiam ajudar a tentar perceber o que poderá ter acontecido para 2 ginjeiras terem morrido aqui em casa?
Uma delas ainda não está completamente morta, mas pelo aspeto que tem, com os ramos secos e cheios de liquen, está para se ir também.

Já têm bastantes anos cá em casa. Penso que, no ano passado, ou há 2 anos, não consigo precisar bem, a que estava no quintal atrás da casa secou e partiu.
A outra, em frente da casa, no ano passado, depois de ter dado algum fruto, muito menos que o normal, após o Verão, começou a definhar. Reparei nalguns ramos que estavam a secar de forma anormal (mais do que o costume).

Há aqui alguém que perceba de botânica e que consiga ajudar? Se for preciso, posso tirar umas fotografias amanhã para verificarem. Terá sido falta/excesso de água? Falta de nutrientes?

Obrigado pela atenção.

Com os melhores cumprimentos,
Renato Casqueira

As fotos talvez ajudem no «diagnóstico.»

Boa sorte!
 
Última edição:
Boa noite

Será que me podiam ajudar a tentar perceber o que poderá ter acontecido para 2 ginjeiras terem morrido aqui em casa?
Uma delas ainda não está completamente morta, mas pelo aspeto que tem, com os ramos secos e cheios de liquen, está para se ir também.

Já têm bastantes anos cá em casa. Penso que, no ano passado, ou há 2 anos, não consigo precisar bem, a que estava no quintal atrás da casa secou e partiu.
A outra, em frente da casa, no ano passado, depois de ter dado algum fruto, muito menos que o normal, após o Verão, começou a definhar. Reparei nalguns ramos que estavam a secar de forma anormal (mais do que o costume).

Há aqui alguém que perceba de botânica e que consiga ajudar? Se for preciso, posso tirar umas fotografias amanhã para verificarem. Terá sido falta/excesso de água? Falta de nutrientes?

Obrigado pela atenção.

Com os melhores cumprimentos,
Renato Casqueira
Pode ter sido armilária, que causa podridão das raízes. Observaste cogumelos na base?
http://www.mitra-nature.uevora.pt/E...sidiomycota/Physalacriaceae/Armillaria-mellea

https://dica.madeira.gov.pt/index.p...cultura/2845-a-cultura-da-cerejeira-conclusao
 

Por acaso pensei nessa possibilidade, mas penso que as fotos seriam importantes.
No caso de não se ter observado cogumelos (pelo menos, ainda) na base da árvore, poderá procurar-se por manchas claras debaixo da casca da árvore, como esta:

Mycelial-Fans-Underneath-Bark.jpg


Em macieiras, por exemplo, além desta côr e aspeto, também aparecem manchas amarelas e até côr de laranja (que por vezes, até aparecem no lado exterior da casca).

Aqui podem-se ver os rizomorfos escuros do Armillaria:

6.20Rhizomorp20of20Armillaria20mellea20under20the20bark20of20a20dead20sugar20maple..jpg
 
Última edição:
As fotos talvez ajudem no diagnóstico.

Boa sorte!



Muito obrigado pelas vossas respostas.
Amanhã vou tirar as fotografias para colocar aqui.
E vou verificar se encontro lá vestigios de fungos (cogumelos).
 
Procura vestígios dos rizomorfos que o belém mostrou também.

Exato, deverá começar por aí mesmo.
Talvez até nem seja necessário tirar um pouco de casca (na base do tronco) para ver se está lá e que dê para vê-lo exteriormente, como neste caso:

arm_fig3.png
 
Boa noite,

Como prometido, ficam as fotos.

50854033163_29e3cb6c99_o_d.jpg


50854843462_6d55b7a15a_o_d.jpg


50854753726_9be50f0991_o_d.jpg


50854033593_26b2959c6f_o_d.jpg


50854753806_cbc6620275_o_d.jpg


50854753881_376246714c_o_d.jpg


50854033738_66524baa04_o_d.jpg


50854034233_3099e2db32_o_d.jpg


50854034303_4afa8bcaea_o_d.jpg


50854844422_2b794a759f_o_d.jpg


50854844462_d8aaa29ba5_o_d.jpg


50854754616_0aa9f69937_o_d.jpg


50854754651_04e047efaf_o_d.jpg


50854034543_46a87d14ec_o_d.jpg


50854754796_b3e41a2d3f_o_d.jpg


50854754826_8a3ed97dba_o_d.jpg


50854844702_d1332dfc1a_o_d.jpg


50854844737_5e44c55fc8_o_d.jpg




E a outra ginjeira que já morreu há mais tempo. Tem lã de ovelha :lol:

50854754956_c0f14942f6_o_d.jpg


50854844847_0e83cd4764_o_d.jpg


50854755201_4e2c58749f_o_d.jpg


50854755261_3b010011db_o_d.jpg


50854845157_b93317db67_o_d.jpg
Assim à primeira vista não parece ser armilária, mas posso estar enganado...

Neste manual sobre a ginja de Óbidos e Alcobaça que encontrei:
https://repositorio.ipcb.pt/bitstre...ual Técnico da Ginja de Óbidos e Alcobaça.pdf

Na secção relativa às doenças, referem a Cilindrosporiose e a Moniliose originada pelo fungo M. laxa como possíveis causadoras da morte da árvore.

Não sei... porque não tentas falar com alguém na DRAPC?
https://www.drapc.gov.pt/

Ou mesmo na Estação Agrária de Viseu?
https://www.drapc.gov.pt/drapc/estacao_agraria_viseu.htm
 
Assim à primeira vista não parece ser armilária, mas posso estar enganado...

Neste manual sobre a ginja de Óbidos e Alcobaça que encontrei:
https://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/1064/1/2008_Manual Técnico da Ginja de Óbidos e Alcobaça.pdf

Na secção relativa às doenças, referem a Cilindrosporiose e a Moniliose originada pelo fungo M. laxa como possíveis causadoras da morte da árvore.

Não sei... porque não tentas falar com alguém na DRAPC?
https://www.drapc.gov.pt/

Ou mesmo na Estação Agrária de Viseu?
https://www.drapc.gov.pt/drapc/estacao_agraria_viseu.htm

Obrigado. Vou ver essas informações :thumbsup:
 
Como era Tomar há 200 anos

““Dia 15 de Dezembro de 1812 – Seguimos para Tomar, a 12 milhas de distância, subindo e descendo montes quase todo o caminho. A estrada era muito má, de tal maneira que a artilharia não podia subir aos sítios altos.

Como as mulas e os burros são, geralmente, os meios de transporte neste País, as estradas, como se podia esperar, são miseráveis.

A paisagem estava coberta de arvoredo, especialmente abetos, e a estrada era tão intrincada que obrigava a servirmo-nos de guias."

https://tomarnarede.pt/sociedade/co...fY_mekP8KQudA27F2d6NWAC0EuhGBy3QV0Rw50CMyltTM
 
Como era Tomar há 200 anos

““Dia 15 de Dezembro de 1812 – Seguimos para Tomar, a 12 milhas de distância, subindo e descendo montes quase todo o caminho. A estrada era muito má, de tal maneira que a artilharia não podia subir aos sítios altos.

Como as mulas e os burros são, geralmente, os meios de transporte neste País, as estradas, como se podia esperar, são miseráveis.

A paisagem estava coberta de arvoredo, especialmente abetos, e a estrada era tão intrincada que obrigava a servirmo-nos de guias."

https://tomarnarede.pt/sociedade/co...fY_mekP8KQudA27F2d6NWAC0EuhGBy3QV0Rw50CMyltTM
Quem tiver curiosidade de ler o original, pode fazê-lo aqui:
https://purl.pt/17174

A descrição está na pág. 27 do pdf (17 do livro), após um descrição muito pouco abonatória da Abrantes daqueles dias...
A viagem de 12 milhas é desde Constância — então ainda com a sua antiga designação que não vou aqui referir... :hehe::D
E de facto são abetos que refere — firs. Curioso... uma paisagem entre Constância e Tomar cheia de abetos em 1812... nunca imaginaria tal coisa. A não ser que o William Graham não fosse grande coisa a botânica e confundisse abetos com pinheiros :D
 
Quem tiver curiosidade de ler o original, pode fazê-lo aqui:
https://purl.pt/17174

A descrição está na pág. 27 do pdf (17 do livro), após um descrição muito pouco abonatória da Abrantes daqueles dias...
A viagem de 12 milhas é desde Constância — então ainda com a sua antiga designação que não vou aqui referir... :hehe::D
E de facto são abetos que refere — firs. Curioso... uma paisagem entre Constância e Tomar cheia de abetos em 1812... nunca imaginaria tal coisa. A não ser que o William Graham não fosse grande coisa a botânica e confundisse abetos com pinheiros :D

Pois também achei curioso, existir abetos aqui mesmo ao lado, há 200 anos, se fosse há muito mais tempo atrás, agora achei estranho, queria ver se encontrava mais documentos sobre o assunto.