Biodiversidade

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Sardões com meio metro (cauda incluída) são grandes, mas longe do potencial da espécie.

Esta espécie pode atingir 80/90cm ou possivelmente até mais,
O maior que vi foi na serra da Freita há uns dois ou três anos, a atravessar a estrada à frente do meu carro. Era enorme, tinha certamente mais de 60 cm.
 
Não sei se é o sítio certo de fazer este post, mas cá vai.


Encontrei este vídeo e achei fantástico, não me parece que foi uma árvore a nascer dentro de outra, parece-me mais elas terem crescido demasiado juntas. O mais interessante é ver uma enrolada literalmente na outra, incrível nunca tinha visto nada parecido, a forma como ela se enrolou fantástico:eek:

Para ver a partir do minuto 04:35, a partir do minuto 07:03 vê-se perfeitamente a união das duas

 
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Não sei se é o sítio certo de fazer este post, mas cá vai.


Encontrei este vídeo e achei fantástico, não me parece que foi uma árvore a nascer dentro de outra, parece-me mais elas terem crescido demasiado juntas. O mais interessante é ver uma enrolada literalmente na outra, incrível nunca tinha visto nada parecido, a forma como ela se enrolou fantástico:eek:

Para ver a partir do minuto 04:35, a partir do minuto 07:03 vê-se perfeitamente a união das duas


E se eu te disser que o "abraço" é mortal, ainda acharás assim tão fantástico? :D Pois é, é uma figueira estranguladora, há várias espécies, e a palmeira tem os dias contados, acabará por ser estrangulada até à morte.
 
E se eu te disser que o "abraço" é mortal, ainda acharás assim tão fantástico? :D Pois é, é uma figueira estranguladora, há várias espécies, e a palmeira tem os dias contados, acabará por ser estrangulada até à morte.

Pois, o mesmo acontece com alguns tipos de heras, que usam árvores de grande porte, como carvalhos, e agarram-se ao seu tronco, e vão se entrelaçando até chegar á sua copa, e de certa forma acaba por asfixiar a árvore em questão.
É bonito de ver esta relação entre duas plantas completamente diferentes, mas que habitam no mesmo sistema, isto ocorre normalmente em locais de vales encaixados, onde o sol praticamente não entra.
 
Se acham que só em Portugal é que existe mau planeamento na gestão das florestas, vejam o exemplo de Espanha, mais concretamente do Sul de Espanha, e comparem.
Sabem por que razão os espanhóis não cumprem os acordos sobre a água do Tejo, em alturas de seca? Não é só porque querem. A agricultura espanhola está a sofrer um crescimento excessivo, e milhões de pessoas dependem dos transvases para trabalhar. O clima do Leste de Espanha está a tornar-se desértico, e por isso cada vez mais a água é necessária.
A maior parte dos Portugueses não tem a noção, mas o Alentejo, comparado com os campos de cultivo da Andaluzia, é a ponta do iceberg. Entre Alcalá de Guadaira e Loja são mais de 200 km, e entre estas duas localidades só existem campos de cultivo intensivo, muitos dos quais olivais intensivos. :facepalm:
Se não fosse a Cooperativa do Rocio, Doñana não existiria nos dias de hoje. Se não fosse a pressão dos municípios do Estreito de Gibraltar, o Parque Natural do Estreito teria sido também invadido pela agricultura.

Isto explica também o caso do Julen e do poço. Não estou a dizer que os portugueses são os maiores, mas este caso de sub-regiões serem completamente destruídas já não é novidade, mesmo na Europa. :(

campo-de-dalias-estufas-de-almeria_002.jpg


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Se acham que só em Portugal é que existe mau planeamento na gestão das florestas, vejam o exemplo de Espanha, mais concretamente do Sul de Espanha, e comparem.
Sabem por que razão os espanhóis não cumprem os acordos sobre a água do Tejo, em alturas de seca? Não é só porque querem. A agricultura espanhola está a sofrer um crescimento excessivo, e milhões de pessoas dependem dos transvases para trabalhar. O clima do Leste de Espanha está a tornar-se desértico, e por isso cada vez mais a água é necessária.
A maior parte dos Portugueses não tem a noção, mas o Alentejo, comparado com os campos de cultivo da Andaluzia, é a ponta do iceberg. Entre Alcalá de Guadaira e Loja são mais de 200 km, e entre estas duas localidades só existem campos de cultivo intensivo, muitos dos quais olivais intensivos. :facepalm:
Se não fosse a Cooperativa do Rocio, Doñana não existiria nos dias de hoje. Se não fosse a pressão dos municípios do Estreito de Gibraltar, o Parque Natural do Estreito teria sido também invadido pela agricultura.

Isto explica também o caso do Julen e do poço. Não estou a dizer que os portugueses são os maiores, mas este caso de sub-regiões serem completamente destruídas já não é novidade, mesmo na Europa. :(

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Pois, toda esta zona em Espanha, teve um enorme desenvolvimento em termos de agricultura intensiva, creio que esta área seja a concentra tantas estufas que até é possivel ve-las dos espaço.
Só que na altura, em que tudo isto foi transformado, ainda não se falava nestas questões da biodiversidade, e nas espécies autóctones, daí se falar tanto no que se passa ultimamente em redor do Alqueva, mas também é preciso saber racionar a sua água, ainda à pouco tempo saiu uma notícia, que dizia que se o panorama climático continuasse, só tinha água até 2070.
 
Dois sardões juvenis, ontem, no Sistelo.
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Qual é o réptil, que não gosta de estar em cima de uma pedra fresca, mas ao mesmo tempo receber algum calor, expondo-se assim dessa forma ao sol.
É de facto um bonito exemplar.
 
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Só que na altura, em que tudo isto foi transformado, ainda não se falava nestas questões da biodiversidade, e nas espécies autóctones, daí se falar tanto no que se passa ultimamente em redor do Alqueva, mas também é preciso saber racionar a sua água, ainda à pouco tempo saiu uma notícia, que dizia que se o panorama climático continuasse, só tinha água até 2070.

O problema é que foi há 30 anos e está a ser agora novamente. Há o dobro das estufas em 2019 que havia em 2010, e há mais olivais intensivos agora na Andaluzia do que havia na Espanha toda em 2000. :( As regiões de Alicante/Múrcia e Cádis/Sevilha/Huelva estão a ter um crescimento explosivo da população, essencialmente por causa do aumento da agricultura e da necessidade de mão-de-obra marroquina e argelina. Até têm programas de imigração, em que são proibidos de deixar o país, sendo que depois são quase escravizados, muitos vivem nas chamadas "cañadas reales" e outros vivem na própria quinta. Daí a população aumentar 4 milhões até 2050.

Se a agricultura fosse somente um problema antigo, não teria dado o exemplo de Espanha. :nono:
 
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O problema é que foi há 30 anos e está a ser agora novamente. Há o dobro das estufas em 2019 que havia em 2010, e há mais olivais intensivos agora na Andaluzia do que havia na Espanha toda em 2000. :( As regiões de Alicante/Múrcia e Cádis/Sevilha/Huelva estão a ter um crescimento explosivo da população, essencialmente por causa do aumento da agricultura e da necessidade de mão-de-obra marroquina e argelina. Até têm programas de imigração, em que são proibidos de deixar o país, sendo que depois são quase escravizados, muitos vivem nas chamadas "cañadas reales" e outros vivem na própria quinta. Daí a população aumentar 4 milhões até 2050.

Se a agricultura fosse somente um problema antigo, não teria dado o exemplo de Espanha. :nono:

Não é um problema antigo, é actual, mas o seu inicio foi como à algumas décadas atrás, o problema da falta de mão de obra é generalizado, um pouco por todo o lado, mesmo com a agricultura cada vez mais evoluída, com o uso de tecnologia, e de maquinaria, mas existe culturas, que exigem sempre a colheita manual, por serem frutos muito sensíveis.
Com o aumento da população mundial, vai crescer ainda mais a desflorestação, pois serão necessários mais hectares para cultivar.
Existe já localidades no nosso país em que a população triplica em meses de colheitas, e em que não existe sequer casas com dignidade para as pessoas habitarem, ficando por vezes em barracões, ou anexos agrícolas sem condições de vida.
Tudo isto depois acaca por gerar muitos problemas, em várias cadeias.

Eu posso dar o meu exemplo, em que tenho cerca de 3 hectares, sobre a minha gestação, e todo traballho é familiar, e existe sempre trabalho ao longo do ano, e em época mais intensas, começa até ficar difícil.
 
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No último dia 20 de Maio, fiz uma viagem relâmpago aos arredores de Montemor-o-Novo e gostaria de deixar aqui umas observações que penso que podem ter algum interesse:
O pára-brisas do carro, ficou cheio de insetos esmagados.
Tive tempo para ainda dar um salto à Ecovia dos Percursos de Monfurado e por curiosidade, escavei debaixo de um sobreiro, e havia uma humidade que não esperava encontrar, logo após uns 10 cms.
Vi pereiras-bravas e neste percurso (mais à frente) existiam núcleos de carvalho-negral, tendo aqui a distribuição mais meridional, conhecida em Portugal.
 
No último dia 20 de Maio, fiz uma viagem relâmpago aos arredores de Montemor-o-Novo e gostaria de deixar aqui umas observações que penso que podem ter algum interesse:
O pára-brisas do carro, ficou cheio de insetos esmagados.
Tive tempo para ainda dar um salto à Ecovia dos Percursos de Monfurado e por curiosidade, escavei debaixo de um sobreiro, e havia uma humidade que não esperava encontrar, logo após uns 10 cms.
Vi pereiras-bravas e neste percurso (mais à frente) existiam núcleos de carvalho-negral, tendo aqui a distribuição mais meridional, conhecida em Portugal.

Pois é cada vez se menos menos insectos esmagados no pára-brisas, eu lembro-me de á cerca de uns 10 ou 15 anos atrás, ver os carrros quase com o vidro todo coberto por insectos, é uma grande diferença em tão pouco tempo.
Eu estive esta semana a colocar palha que já estava amontoada á quase 1 ano, e já tinha quase virado matéria organica, e a humidade era muita, e a pilha não tinha mais do que 50 a 60 cm de altura, muita vida existia lá dentro, até um licranço.
Por isso não me admira, que em locais sombrios dentro da floresta, onde se encontra com facilidade locais com mais de 50 cm de húmus, que retem muita humidade.
Observei um local á pouco tempo, que consegui meter a mão toda até ao cotovelo, só dentro de folhagem e de húmus, isto debaixo de um carrasco.
 
No último dia 20 de Maio, fiz uma viagem relâmpago aos arredores de Montemor-o-Novo e gostaria de deixar aqui umas observações que penso que podem ter algum interesse:
O pára-brisas do carro, ficou cheio de insetos esmagados.
Tive tempo para ainda dar um salto à Ecovia dos Percursos de Monfurado e por curiosidade, escavei debaixo de um sobreiro, e havia uma humidade que não esperava encontrar, logo após uns 10 cms.
Vi pereiras-bravas e neste percurso (mais à frente) existiam núcleos de carvalho-negral, tendo aqui a distribuição mais meridional, conhecida em Portugal.

O Monfurado tem vestígios dos antigos carvalhais marcescentes do Alentejo. É das poucas zonas do Sul onde ainda vês carvalhos-cerquinho, especialmente a Sul de Montemor.