Em Cacela Velha há uma reserva botânica da flora algarvia ameaçada
Teresa Patrício está há 18 anos a criar um pequeno reduto de grande valor biológico numa paisagem cada vez mais pressionada. Jardim representativo da flora do Algarve surgiu há 11 anos.
«Aqui há alecrim do monte, conhece? É muito menos exuberante, mais fininho, a flor não é tão azul, é mais cor de rosa, mas sinta o cheiro», desafia Teresa Patrício, residente em Cacela Velha desde 1987 e mentora de um jardim representativo da flora do Algarve, num terreno de quatro hectares, propriedade da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.
Rodeada de sabinas e perpétuas das areias, vegetação da retaguarda do cordão dunar que ali já não existe, recorda ao barlavento as origens deste projeto. «Toda a várzea de Cacela Velha foi ancestralmente agrícola.
Quando a autarquia o adquiriu passou de terreno agrícola a terreno sem interesse, com campismo selvagem, caravanas e entulhos da construção civil. Foi também uma lixeira de verdes. Carecia de uma intervenção, até porque estava em cima da mesa um projeto para um parque de autocaravanas. Era importante começar a fazer aqui qualquer coisa», recorda.
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Um excelente artigo, de como se pode criar um pequeno "paraíso" em prol da biodiversidade e pela sobrevivencia de plantas autóctones locais, que estão cada vez mais em risco de se perderem definitivamente.