Biodiversidade

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Deixo-vos aqui estas imagens de espécies com as quais me deparei num passeio no Gerês, no dia 28 de outubro.

No caminho entre a barragem de Vilarinho das Furnas, estes animais estavam a deleitar-se com o sol outonal ao fim da tarde.
Dúvidas:
- que espécie de rã é esta? Será uma rela? Tem apenas cerca de 1 cm de comprimento;
- Que espécie de víbora é esta? Será uma víbora (de seoane)? Aparentemente é um juvenil e com cerca de 30 cm de comprimento.

O tritão é juvenil; a mão é do meu filho de 5 anos...;) E sim, ficou bem e "vivinho da silva":D
Este meu filho é especialista em apanhar lagartixas, aranhas, centopeias, gafanhotos, caracóis, rãs (que colecciona, ora numa espécie de aquário ora numa pequena piscina tomando banho com elas - no verão!), formigas, escaravelhos, lagartas, minhocas, etc., etc.. Já o mais novo vai no mesmo caminho:pray::pray::pray:


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Campanha SOS Cagarro já salvou duas mil aves marinhas em apenas 15 dias

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A campanha SOS Cagarro, que decorre todos os anos nos Açores nesta época para ajudar os juvenis que saem dos ninhos pela primeira vez, já permitiu salvar cerca de 2000 aves marinhas desta espécie em apenas 15 dias.
O arquipélago dos Açores acolhe nesta altura do ano cerca de 60 por cento da população mundial de cagarros (Calonectris diomedea borealis), que nidificam nas zonas costeiras, mas muitos indivíduos desta espécie morrem nos primeiros meses de vida vítimas de gatos e ratos, mas também atropelados nas estradas, onde caem depois de serem encadeados pela iluminação pública e pelos faróis das viaturas. O período mais complicado ocorre entre 15 de outubro e 15 de novembro, altura em que as aves mais novas saem pela primeira vez dos ninhos, o que levou o executivo regional a promover todos os anos a campanha SOS Cagarro.
"Se não existisse esta campanha, segundo os cientistas, a população de cagarros nos Açores estaria condenada dentro de 30 a 40 anos", afirmou Frederico Cardigos, diretor regional dos Assuntos do Mar, frisando que o papel desempenhado pelas pessoas envolvidas nesta iniciativa "é absolutamente essencial para a sobrevivência desta espécie". A campanha arrancou há 20 anos na ilha do Corvo, a mais pequena dos Açores, quando a autarquia local, por sugestão do investigador Luís Monteiro, do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, decidiu apagar as luzes da iluminação pública para evitar encadear os jovens cagarros na primeira saída dos ninhos.
Esta decisão acabou por ser replicada nos anos seguintes por dezenas de organismos e instituições públicas e privadas, que decidiram reduzir a iluminação, transformando-se numa das mais emblemáticas atividades ambientais dos Açores e também uma das mais participadas pela população.

António Gil

Fonte: RTP/Antena 1 Açores
 
Deixo-vos aqui estas imagens de espécies com as quais me deparei num passeio no Gerês, no dia 28 de outubro.

- Que espécie de víbora é esta? Será uma víbora (de seoane)? Aparentemente é um juvenil e com cerca de 30 cm de comprimento.

Boas fotos, belo dia :thumbsup:

Penso que não se trata de uma víbora, pois as duas espécies existentes em PT apresentam a pupila em forma de fenda vertical, não sendo este caso.

Não sendo perito no assunto, parece ser uma Cobra-de-água-viperina (Natrix maura).
 
Sai esta noite para 'caçar' Salamandras, visto o tempo estar perfeito para a visualização destes bonitos animais, desloquei-me então até à aldeia do Cortiço, onde durante estas noites se podem ver bastantes destes animais e eis que vi vinte! Aqui ficam algumas fotos:

Salamandras do fogo:







Salamandra de costas salientes ou Salamandra dos Poços, o exemplar mais raro de ver:

 
Rinoceronte negro da África ocidental está oficialmente extinto
11.11.2011


A Lista Vermelha das espécies de 2011 torna oficial a extinção do rinoceronte negro da África ocidental e considera ameaçadas 19.570 animais e plantas, revela a UICN (União Mundial para a Conservação). Em Portugal são 245 as espécies com esse estatuto.

O rinoceronte negro da África ocidental (Diceros bicornis longipes) é declarado extinto e o rinoceronte branco da África central (Ceratotherium simum cottoni) possivelmente extinto na natureza. “A falta de apoio político às medidas de conservação em muitos dos habitats dos rinocerontes, a actuação do crime organizado e a procura cada vez maior de chifres conduziram a esta situação”, disse ontem a UICN em comunicado, aquando da apresentação da nova lista. Nos últimos anos, o tráfico ilegal dos chifres destes animais empurrou para níveis recorde a quantidade de rinocerontes abatidos.

Ao longo da última década, 8524 espécies passaram a estar ameaçadas mundialmente, fazendo a Lista Vermelha crescer das 11.046 em 2000 para as 19.570 de 2011. A Lista Vermelha, que a revista “Science” considerou no ano passado um “barómetro da vida”, reviu o estado de conservação de 61.900 espécies de plantas e animais, num planeta com 1,9 milhões de espécies já identificadas. Estima-se que existam entre dez e 20 milhões de espécies.

Em Portugal existem 245 espécies ameaçadas (164 animais e 81 plantas), 121 das quais com estatuto de Vulnerável. A UICN ainda não divulgou quais as espécies em questão e adiantou que o fará brevemente.

A Lista Vermelha de 2011 traz “boas e más notícias”, resumiu a directora do programa das espécies na UICN, Jane Smart, citada em comunicado.

Actualmente, 25% dos mamíferos estão em risco de extinção, com especial destaque para os rinocerontes. Outros problemas identificados pela UICN estão em Madagáscar, onde 40 por cento das espécies de répteis está ameaçada, e nas ilhas Seychelles, com 77% das espécies de plantas endémicas ameaçadas de extinção.

Este ano, a árvore Taxus contorta - usada para produzir Taxol, um medicamento utilizado na quimioterapia – passou da categoria de Vulnerável para Ameaçada. Esta evolução deve-se à “sobre-exploração para usos medicinais, recolha de madeira e para alimentar o gado”, diz a UICN.

Nos oceanos, cinco das oito espécies de atuns estão ameaçadas.

Os casos de sucesso incluem a recuperação das populações da subespécie de rinoceronte africano Ceratotherium simum simum - que passou de menos de cem animais no final do século XIX para os actuais 20.000 – e do cavalo Prezewalski (Equus ferus), que saiu da categoria de Criticamente em Perigo para a categoria Ameaçado.

“Nós, seres humanos, somos guardiões da Terra e responsáveis pela protecção das espécies que partilham connosco o planeta”, disse o director da comissão para a sobrevivência das espécies da UICN, Simon Stuart.
Público
 
Garranos fechados na escola primária de Ponte de Lima poderão ser abatidos
21.11.2011 - 20:24 Por Lusa

A Junta de Freguesia de Labruja, Ponte de Lima, admite pedir às autoridades de veterinária o abate dos quatro cavalos garranos que desde sábado estão fechados no recreio da antiga escola da aldeia e cujos proprietários são desconhecidos.


“Água têm e a comida tem sido colocada por algumas pessoas, mas isto não é uma situação que possa continuar por muito mais tempo. A GNR diz-nos que não consegue identificar os cavalos e estamos nisto”, apontou hoje à Lusa o presidente da Junta.

Segundo Manuel Amorim, estes quatro cavalos terão sido abandonados naquela freguesia de Ponte de Lima “há cerca de três semanas”.

Depois de destruírem várias culturas, enquanto procuravam alimento, um grupo de populares acabou por levá-los, no sábado, para o recreio da escola primária, encerrada em 2006. “Que vamos agora fazer? Soltá-los, para voltarem a provocar estragos?”, questiona o autarca, admitindo por isso que uma das soluções em cima da mesa é o abate dos animais.

“Eventualmente será esse o cenário. Primeiro publicitar que ainda estão ali e, se ninguém se apresentar para os levar, ao fim de alguns dias as autoridades promoverem o seu abate”, defende.

A GNR já tomou conta desta ocorrência, mas em todo o distrito de Viana do Castelo aquela força recebeu este ano 15 queixas por danos provocados por garranos.

Queixas registadas até 31 de Agosto e referentes aos concelhos de Melgaço (2), Vila Nova de Cerveira (1), Arcos de Valdevez (1), Viana do Castelo (6) e Ponte de Lima (5), segundo números do comando distrital.

Neste último concelho, uma das queixas diz respeito a um acidente de viação, com danos na viatura provocados pelos cavalos. Ainda em Ponte de Lima, um outro acidente, em Setembro, provocou danos noutra viatura.

A GNR admite que “no âmbito do inquérito”, por vezes, “é possível identificar o proprietário do animal”, cabendo depois aos tribunais imputar responsabilidades aos prejuízos causados.

“Contudo, embora os animais estejam identificados, ao pastarem todos juntos torna-se muito complicado identificar qual foi o que realmente provocou o dano, pois pode ter sido qualquer um”, diz a mesma fonte.

A isto, acrescenta-se o facto de muitos dos garranos, normalmente criados em regime de semi-liberdade, não possuírem sequer qualquer identificação.

Em Portugal há cerca de 600 criadores de garranos registados, mas apenas 350 possuem animais, num registo nacional que ronda as 2.000 cabeças, sendo o distrito de Viana do Castelo um dos de maior expansão.
http://www.publico.pt/Local/garrano...de-ponte-de-lima-poderao-ser-abatidos-1521941
 
Encontrei uma espécie nova de mamífero que possivelmente existe em Portugal, mas que não encontro nenhuma informação. Estou a falar do Lirão Cinzento.


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Já encontrei indicações que na Galiza são comuns e a sua distribuição estende-se até Portugal, mas também já li o contrário.
http://www.marm.es/es/biodiversidad/temas/inventarios-nacionales/96_roden_tcm7-22066.pdf
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200px-Dist_Leir%C3%B3n_ril%C3%B3n_GZ.svg.png



Provas que a espécie existe por cá, ainda não as vi, encontrei um estudo feito no Gerês nos anos 90 em que levantam a possibilidade de existir mas não encontraram provas.
http://www.google.pt/url?sa=t&rct=j...1vCfAQ&usg=AFQjCNHbI4XUAU_zR3WLTzH1FuAlneTw-Q

Alguém sabe alguma coisa sobre este animal? Existe por cá ou não? E na Galiza, é comum? Estará em expansão?
 
http://pixdaus.com/pics/1263231436NmQhfPD.jpg

Garrano negro.
Testes genéticos em ossos de cavalos selvagens ibéricos, revelaram que na P. Ibérica, além de terem existido cavalos selvagens baios, também existiram cavalos selvagens negros.

Quanto ao leirão-cinzento, o que é preciso é mais e concertado trabalho de campo, pois quase certamente existe no Gerês.
O último estudo que vi, feito no Gerês, confirmava isso mesmo.


portugalapesoajo003.jpg
 
No estudo que está no link do meu post usaram a análise de excrementos de genetas e outros pequenos carnívoros. Mas já foi feito há quase 20 anos.

Engraçado que nem sequer encontraram amostras de esquilos e já se sabe que há 20 anos essa espécie já havia no Gerês em boa quantidade.

Dito isto, não é por não terem encontrado evidências nessa altura que vamos assumir que não existem lirões cinzentos em Portugal.

Estou mais céptico porque em nenhum outro sitio encontrei qualquer evidência. Felizmente já existem bastantes equipas e investigadores no Gerês e Montesinho que usam armadilhas fotográfica (muitas até tenho mostrado aqui no fórum: vertnatureza.pt, faunaiberica.pt,...) e a verdade é que nunca vi nenhuma indicação que esse animal existisse por aqui.

Mesmo em termos da Galiza, apenas no mapa da wikipedia indicam essa distribuição tão grande e encostada a Portugal, todos os restantes mapas que vi, mostram a distribuição da espécie bem mais a norte, apenas na faixa que vai da cordilheira Cantábrica até aos Pirenéus.

É possível que exista, mas não estou muito convencido.
 
Na minha opinião, não existem, bastantes equipas, nem investigadores no Gerês ou em Montesinho, quem nos dera que assim fosse.

O faunaiberica, por exemplo, é apenas gerido por um investigador.
Sim, apenas um!

A cordilheira cantábrica tem prolongamento até ao Parque Natural de Montesinho e até ao Parque Nacional da Peneda Gerês.
Não há qualquer justificação fitoclimática, para o lirão-cinzento, especificamente, não existir por cá, a ser um facto a sua ausência ( que duvido, assim como os investigadores, que fizeram a investigação de campo no Gerês), deverá ser por outras razões.

Além de que, este tipo de espécies, exigem trabalho de campo muito específico e um certo tipo de armadilhagem. Andar atrás de excrementos de pequenos carnívoros, numa zona de floresta densa, é quase como achar a agulha num palheiro a não ser que já conheçamos os hábitos dos animais residentes, na zona. Mas nem sequer era este o caso.

A minha opinião é a mesma dos investigadores que tiveram no local e atenção que estes mais provavelmente, não se basearam nesse mapa que mostra o lirão, presente até à fronteira.