Penso que o trabalho em torno do lobo tem corrido genericamente mal.
Nas minhas caminhadas pelo Gerês vi gado dentro de cercas baixas que podem ser facilmente puladas pelo lobo, sem nada nem ninguém por perto. Assim é normal que haja ataques. Os proprietários deveriam ser sensibilizados e instruídos, para terem melhores cães de guarda, para colocarem melhores cercas, uma vedação alta em segunda mão é barata e fácil de instalar. Existem projectos interessantes na Galiza, os burros, por exemplo, podem ser utilizados como sistema de aviso para a presença do lobo. Há muita negligência.
Outro problema passa pela organização do território, coisa que existe noutros países europeus mais a Norte. Seria fundamental definir áreas de reserva integral e áreas de floresta nativa, que seriam públicas e geridas pelas municípios em articulação com o ICN. Com áreas de floresta nativa onde haja presas em abundância, veado, corço, javali, garrano, a probabilidade do lobo causar ataques é menor. Investir na floresta nativa trará benefícios nas décadas vindouras, menores prejuízos com cheias, maior tempo de vida para as barragens, empregos resultantes da exploração sustentável dos recursos florestais.
Infelizmente não há dinheiro nem vontade política para refazer o Parque Nacional. Criar floresta nativa pública implica negociar com proprietários para adquirir as terras. Além do mais neste momento é prioritário erradicar as invasoras e nada está a ser feito.
EDIT: essa floresta pública deveria estar nas mãos dos municípios ou de instituições sem fins lucrativos como associações ambientais, Igreja ou comunidades locais. Não de um Estado Central distante.
Nas minhas caminhadas pelo Gerês vi gado dentro de cercas baixas que podem ser facilmente puladas pelo lobo, sem nada nem ninguém por perto. Assim é normal que haja ataques. Os proprietários deveriam ser sensibilizados e instruídos, para terem melhores cães de guarda, para colocarem melhores cercas, uma vedação alta em segunda mão é barata e fácil de instalar. Existem projectos interessantes na Galiza, os burros, por exemplo, podem ser utilizados como sistema de aviso para a presença do lobo. Há muita negligência.
Outro problema passa pela organização do território, coisa que existe noutros países europeus mais a Norte. Seria fundamental definir áreas de reserva integral e áreas de floresta nativa, que seriam públicas e geridas pelas municípios em articulação com o ICN. Com áreas de floresta nativa onde haja presas em abundância, veado, corço, javali, garrano, a probabilidade do lobo causar ataques é menor. Investir na floresta nativa trará benefícios nas décadas vindouras, menores prejuízos com cheias, maior tempo de vida para as barragens, empregos resultantes da exploração sustentável dos recursos florestais.
Infelizmente não há dinheiro nem vontade política para refazer o Parque Nacional. Criar floresta nativa pública implica negociar com proprietários para adquirir as terras. Além do mais neste momento é prioritário erradicar as invasoras e nada está a ser feito.
EDIT: essa floresta pública deveria estar nas mãos dos municípios ou de instituições sem fins lucrativos como associações ambientais, Igreja ou comunidades locais. Não de um Estado Central distante.