Uma muito provável fêmea de
Lampyris raymondi foi encontrada na Reserva Lightalive «Quintal da Tocha» (Cantanhede) em 2013:
Uma caraterística interessante, que sobressae de imediato, é a presença de uns primitivos élitros vestigiais.
Num passado muito longínquo, as fêmeas deste género (
Lampyris) poderão ter tido élitros bem desenvolvidos.
Este ano foram encontradas 2 fêmeas e 1 macho de
Lampyris noctiluca, nesta reserva (durante 1 hora de investigação no local), elevando o número de espécies conhecidas no local para 2 (ainda que na região existam mais).
Os primeiros registos conhecidos de
Lampyris raymondi, levam-nos até ao séc XIX (as informações então publicadas, parecem sólidas, assim como a distribuição dada para o sudoeste europeu (incluindo a P. Ibérica), dando até a ideia de alguma abundância), mas depois, há um grande vazio, e pelo meio, algumas classificações mal feitas.
Investigações recentes feitas em Portugal, mas sobretudo em Espanha, não têm corroborado os registos mais antigos, questionando mesmo a sua presença na P. Ibérica (ou em último caso, anunciando a sua extinção).
Já as últimas investigações, sugerem uma possível grande raridade para a
Lampyris raymondi, na P. Ibérica.
Mas poderá haver alguma falta de informação e as pesquisas, poderão estar mais restritas em termos geográficos, por exemplo, do que parece.
Eu antecipo a teoria, de que existe uma grande possibilidade, de encontrarmos mais espécies muito raras ou desconhecidas de insetos luminosos, em Portugal (e Espanha).
PS: Em 2017, segundo os relatos que obtive, desde a reserva Lightalive Quintal da Tocha, era possível ver um fogo a dizimar um grande pinhal, a uns 500 metros de distância... Foi por pouco.