Bioluminescência em Portugal

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Em Agosto de 2021, foi observado um fenómeno semelhante na Vila do Conde:

Mar-Azul_Foto-Bruno-Costa.jpg

 
Os primeiros pirilampos adultos deste ano, foram avistados no dia 13 de Abril em Santa Maria de Belém: um macho e uma fêmea de Lucíola lusitanica e uma fêmea de Lamprohiza paulinoi.
No dia 15 de Abril foi observado um macho de Lucíola em Carcavelos (poisado na vegetação durante uma intensa nortada).
 
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Foto tirada com o tlm ontem.

Descobri uma pequena população de pirilampos junto à praia e mesmo encostada à estrada da marginal. Incrível como ainda persistem ali, mas os arbustos e a inclinação do terreno, devem protegê-los do vento, do sol, do pisoteio, da luz forte dos candeeiros e dos veículos. Na noite passada observei neste pequeno oásis 6 fēmeas adultas de Lamprohiza paulinoi, sendo algumas de grandes dimensões (talvez as maiores que já vi). Seriam cerca de 22:30 quando algumas começaram a recolher-se.
 
Ver anexo 1495

Foto tirada com o tlm ontem.

Descobri uma pequena população de pirilampos junto à praia e mesmo encostada à estrada da marginal. Incrível como ainda persistem ali, mas os arbustos e a inclinação do terreno, devem protegê-los do vento, do sol, do pisoteio, da luz forte dos candeeiros e dos veículos. Na noite passada observei neste pequeno oásis 6 fēmeas adultas de Lamprohiza paulinoi, sendo algumas de grandes dimensões (talvez as maiores que já vi). Seriam cerca de 22:30 quando algumas começaram a recolher-se.
Também reparei que várias tamargueiras estavam pejadas de orvalho, o que também pode ajudar a aumentar a humidade na superfície dos solos, mesmo em noites sem chuva. Para tal ocorrer também ajuda se o vento se mantiver fraco e a humidade do ar elevada.
Perto, na zona da Mata da Quinta dos Ingleses também existem zonas de maior humidade e num vale com um ribeiro temporário, ocorrem grandes orvalhadas, nevoeiro (como ontem) e inversões térmicas. Aqui é um dos poucos locais em toda a região onde se podem observar larvas a brilhar espontâneamente, porque é suficientemente escuro, húmido e coberto de vegetação.
 
Também reparei que várias tamargueiras estavam pejadas de orvalho, o que também pode ajudar a aumentar a humidade na superfície dos solos, mesmo em noites sem chuva. Para tal ocorrer também ajuda se o vento se mantiver fraco e a humidade do ar elevada.
Perto, na zona da Mata da Quinta dos Ingleses também existem zonas de maior humidade e num vale com um ribeiro temporário, ocorrem grandes orvalhadas, nevoeiro (como ontem) e inversões térmicas. Aqui é um dos poucos locais em toda a região onde se podem observar larvas a brilhar espontâneamente, porque é suficientemente escuro, húmido e coberto de vegetação.

Infelizmente é um local que vai ser profundamente alterado e urbanizado em grande parte:



Lê-se em https://casadasaranhas.com/2020/07/...atrimonio-natural-historico-e-cultural-unico/
"Mas a grande perda será a nível da densa massa arbórea e vegetação endémica da mata, onde atualmente nidificam milhares de aves migratórias e que terá um forte impacto ambiental a muitos níveis."

Eu próprio vivi na zona, no Bairro da Torre, e registei muitas imagens desta última parcela de habitat semi-natural junto à costa da marginal Oeiras-Cascais.
Não tenho dúvidas de que com o avançar deste projecto urbanístico se vai perder mais um nicho de biodiversidade.
 
Acho que li algures que esse projeto foi reprovado, mas como estou no telemóvel e já é um bocado tarde para mim, só depois é que terei tempo para confirmar e vir aqui postar algo sobre isso.
Ainda não encontrei o link, mas falei com uma pessoa ligada à Câmara Municipal de Cascais e foi-me dito que esse projeto foi realmente reprovado.
Uma das razões apresentadas, é que iria provocar um congestionamento ainda maior do que já existe e tal seria incomportável.
 



Interessante este vídeo que encontrei no youtube.
Aqui dá para ver claramente como certos machos de Luciola alternam o uso de ambas as lanternas, além de as sincronizarem.
Já tinha visto este tipo de comportamento antes, mas foi bom ver tal filmado..
Por vezes também mantêm ambas as lanternas acesas de forma permanente, quando se sentem ameaçados, mas tal também já foi observado em vôo, sem qualquer perturbação aparente.
E também já vi este tipo de flashes em machos de Luciola que permaneciam imóveis do chão (provavelmente na fase final da sua vida):
 
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