Vou apenas efectuar um pequeno relato dos acontecimentos, não disponho de fotos, já que os fotógrafos de serviço foram o Dan, o AnDré, o Gilmet e o Zoelae. Entre os quatro devem ter tirado seguramente cerca de 1.500 fotografias
Depois de um trabalho de selecção, concerteza que vão poder acompanhar o trajecto quase como se também tivessem participado
Em relação à caminhada, gostava de referir o seguinte:
O trajecto está marcado por paus enterrados no solo, com a extremidade pintada de azul. Distam uns dos outros uma distância de algumas centenas de metros, o que provocou que, mesmo existindo um trilho razoável, tivessemos cometido dois desvios importantes da rota correcta.
O primeiro aconteceu na descida para o vale do rio Tera, efectuado na vertical por uma encosta de relevo acentuado, em vez de termos seguido o trilho que serpenteava mais á direita (de referir que nessa altura ainda nos confrontavamos com algum nevoeiro).
Mas o engano mais grave e que podia ter comprometido o sucesso da expedição, aconteceu quando chegamos, já cansados depois de percorrer o vale do rio Tera, ao sopé do Peña Trevinca. Para atingirmos o seu cume, faltavam cerca de 600 metros na vertical! O trajecto "oficial" contorna o monte pela encosta nordeste, mais suave, permitindo um acesso relativamente fácil.
O facto é quando olhamos para cima e vimos o nosso objectivo aparentemente tão próximo, nem raciocinamos e atacamos "à bruta" pela encosta sul. Escusado será dizer que a inclinação era terrível, já todos iamos de t-shirt, menos o Zoelae, que avançava de tronco nu!
O suor escorria mesmo assim pelo nosso corpo e cara. A cerca de 50 metros do cume, a dificuldade aumentou: foram percorridos em estilo de escalada, agarrados às saliências das rochas, com algum risco de queda
Mas valeu bem a pena: a paisagem é magnífica, o sol radioso permitia atingir um horizonte longínquo. Nem mesmo quando nos apercebemos do engano da parte final do percurso nos tirou a boa disposição.
No regresso seguimos o trilho certo e se bem que o cansaço fosse enorme, lá chegamos ao ponto de partida, a Laguna del Peces.
Para terminar, queria realçar o espírito de camaradagem, de convívio e de entreajuda nos membros desta expedição, o que deixa bons argúrios para que a história continue...