Mais umas achas para a fogueira...
A ser verdade, será uma falha grave por parte da Câmara...
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já tinha lido esses rumores dos coletores da ribeira estarem fechados... custa a acreditar que seja mesmo verdade.
A ser verdade está explicada a destruição de Albufeira... porque em Loulé choveu mais e nada de anormal se passou.
se for confirmada a negligência, os seguros não podem ser acionados porque passamos para uma situação criminal... nem a ajuda de fundos públicos na situação de calamidade. Vai tudo parar a tribunal.
O que aconteceu em Albufeira tem contornos estranhos, é que a precipitação não foi excepcionalmente concentrada no tempo.
Analisando os registos da estação WU de Albufeira, conclui-se o seguinte.
Às 8h havia 23,1 mm acumulados com valores horários à volta dos 6mm.
A partir dessa hora, os acumulados horários foram aproximadamente:
13,0
8,4
21,5 (o acumulado em 60 minutos mais elevado de todo o dia)
13,0
19,8
10,7 (terminando às 14h a precipitação com um acumulado total de 109,5 mm)
Para ter havido aquelas inundações, é porque o sistema de drenagem da cidade não está, nem de perto, dimensionado para precipitações sustentadas na ordem dos 20mm/hora. Foi concebido tendo em conta espaços de acumulação que seriam preenchidos até um certo nível seguro e esperando que quando esse nível fosse atingido, a precipitação parasse, sucedendo-se o esvaziamento desses espaços. Simplesmente, a precipitação prolongou-se mais do que o tempo que fora previsto na concepção do sistema. Os prejuízos estão à vista. E resta saber se não havia entupimentos que foram negligenciados, apesar dos avisos. Terão andado equipas durante o fim-de-semana a limpar todos os sistemas de escoamento?
Eu não disse logo que era estranho tal inundação e questionei se teria havido manutenção de algum tipo na sequência do aviso vermelho do IPMA? Procurar justificações na quantidade de precipitação caída? Pedir situação de calamidade? Dinheiro dos nossos impostos para pagar a incompetência e negligência criminosa? Aposto que não vai haver uma demissão sequer! Nem processo algum e é o nosso dinheiro que vai avançar, como de costume. Este país simplesmente não funciona.
e até podia ter corrido tudo bem com as comportas todas abertas... se cabia lá dentro um camião, é um volume considerável de água.
a câmara municipal responderá por isto, independentemente de ser o zé ou o manel a lá ir abrir as comportas.
Não é possível desocupar o barranco até à praia, não temos dinheiro para as demolições.
OBRA DA RIBEIRA DE ALBUFEIRA JÁ ESTÁ LEGALIZADA PELA ARH
As soluções encontradas pela Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve e pela Câmara de Albufeira para licenciar a intervenção na ribeira, junto a uma das entradas principais da cidade a EN 395, são baixar a cota final da linha de água, criar bacias de retenção, mudar a vegetação das margens e implantar comportas automáticas.
A obra, que prevê a colocação de manilhas para conduzir a água por túneis, enterrados no solo, tinha sido embargada em Fevereiro, tal como revelou o «barlavento».
Entretanto, o processo foi legalizado, após a ARH ter avaliado o projecto que foi alterado pela Câmara, conformeas indicações daquela entidade algarvia.
Contactado pelo «barlavento», Desidério Silva, presidente da Câmara de Albufeira, explicou que «o processo está desbloqueado há quase um mês. Tivemos que baixar a cota final [dos túneis], colocar um sistema automatizado de comportas e fazer três bacias de retenção» a montante na ribeira, acrescentou. Por outro lado, fonte da ARH revelou que «será necessário naturalizar as margens, através da plantação de outra vegetação».
Mas a questão que gerou mais dúvidas foi a probabilidade de inundações naquele local. A ARH garantiu, contudo, que as «cheias, inclusive as centenárias, foram acauteladas. Os técnicos dizem que, tomando estas medidas, não há riscos de inundações».
No local, o «barlavento» viu que as manilhas, numa extensão de 700 metros, já estão colocadas, tendo sido tapada parte da ribeira. As obras de requalificação da estrada e da zona envolvente «devem terminar até ao final deste ano», sublinhou Desidério Silva.